Thomaz Mazzoni, destacado jornalista esportivo do Jornal A Gazeta Esportiva, nasceu em Poilgnano a Mare, Itália, no ano de 1900; chegou ao Brasil, ainda criança, junto de seus pais, numa leva de imigrantes que deixaram a Itália.
Em São Paulo, todos foram para o abrigo dos imigrantes, no bairro do Brás e, depois, cada qual para uma cidade do interior onde, a maioria, foi trabalhar na agricultura, porém seus pais resolveram ficar por aqui mesmo.
Em 1920, Tomaz Mazzoni já trabalhava no São Paulo Esportivo, um jornal paulistano bissemanal.
Depois de uma passagem como redator e diretor do jornal “Estampa Esportiva”, em junho de 1928 já estava em “A Gazeta Esportiva” como redator, tendo publicado, naquele mesmo ano, a primeira edição de seu “Almanaque Esportivo”, livro que reunia registros detalhados dos principais acontecimentos esportivos do ano.
A partir de 1930, quando assumiu o comando da redação, começou uma renovação da linguagem do futebol, criando termos que sobrevivem até hoje, como os apelidos que deu aos principais clássicos paulistas, tentando dar maior brilho aos jogos que eram realizados.
Sendo assim, ele achou por bem denominar São Paulo x Palmeiras de Choque Rei. Palmeiras x Corinthians, de Derby. Corinthians x São Paulo, Majestoso e São Paulo x Santos, Clássico São-Sansão.
Já os clubes ele achou por bem apelidar o São Paulo, de Clube da fé, Corinthians de Mosqueteiro, para o Palmeiras colocou como Campeoníssimo, o Juventus que sempre aprontava alguma peça nos grandes, ele colocou como Moleque travesso, e o XV de Novembro de Piracicaba de Nhô Quim.
Foi ele, também, que instituiu a taça dos invictos e, atendendo a uma reivindicação do Palmeiras, quando ainda era Palestra Itália, em 1933, que acumulou 22 partidas invictas, ele entregou a posse transitória. Em Agosto de 1945, o São Paulo conseguiu 23 partidas, ficando com a taça que foi para as mãos do Santos por conseguir somar 24 jogos sem perder, para depois o Corinthians ficar com ela ao chegar as 26 vitórias até 6 de Dezembro de 1957.
Mazzoni passou a criar no jornal um "diálogo com o leitor", algo inédito na imprensa esportiva paulista, e a combater o que chamava de "degeneração completa, desordem e desmoralização" do futebol brasileiro, além dos jornalistas que, para ele, praticavam o "clubismo". Ele também decretou que os jogadores passassem a ser chamados no jornal como eram conhecidos, fosse por nomes, apelidos ou diminutivos. Sua luta por impor uma maior intervenção do Estado no esporte rendeu frutos em 1941, quando foi criado o Conselho Nacional de desportos (CND), que passou a regular todas as atividades esportivas.
Ao todo, publicou vinte livros sobre esportes, e suas obras sobre futebol tiveram destaque, sendo uma delas coletânea de textos sobre os problemas do futebol brasileiro em que culpava a imprensa pelos confrontos entre paulistas e cariocas. Ele escreveu que a imprensa criava "rivalidades e, às vezes, ódios" desnecessários.
Na redação de A Gazeta esportiva ele, além de bastante respeitado, tinha sempre gente a seu lado, olhando sua forma de trabalhar.
Era um tempo em que pouca gente dominava a máquina de escrever (datilografia) como se dizia, coisa que ele adorava porque sabia que os jovens queriam aprender. Lá mesmo, no Edifício Casper Líbero, ele foi chamado de “Olimpicus”, pois não só o futebol que ele dominava, mas todos os esportes. A Gazeta Esportiva era considerado o maior jornal de esportes do Brasil. Tratava de todos os esportes, indistintamente. Tinha, também, a página de futebol amador, dedicado ao futebol de várzea, sob a responsabilidade de Alfredo Lazzerini, o Tita.
Tomaz Mazzoni, faleceu em 14 de Janeiro de 1970.
Por Mário Lopomo
Em São Paulo, todos foram para o abrigo dos imigrantes, no bairro do Brás e, depois, cada qual para uma cidade do interior onde, a maioria, foi trabalhar na agricultura, porém seus pais resolveram ficar por aqui mesmo.
Em 1920, Tomaz Mazzoni já trabalhava no São Paulo Esportivo, um jornal paulistano bissemanal.
Depois de uma passagem como redator e diretor do jornal “Estampa Esportiva”, em junho de 1928 já estava em “A Gazeta Esportiva” como redator, tendo publicado, naquele mesmo ano, a primeira edição de seu “Almanaque Esportivo”, livro que reunia registros detalhados dos principais acontecimentos esportivos do ano.
A partir de 1930, quando assumiu o comando da redação, começou uma renovação da linguagem do futebol, criando termos que sobrevivem até hoje, como os apelidos que deu aos principais clássicos paulistas, tentando dar maior brilho aos jogos que eram realizados.
Sendo assim, ele achou por bem denominar São Paulo x Palmeiras de Choque Rei. Palmeiras x Corinthians, de Derby. Corinthians x São Paulo, Majestoso e São Paulo x Santos, Clássico São-Sansão.
Já os clubes ele achou por bem apelidar o São Paulo, de Clube da fé, Corinthians de Mosqueteiro, para o Palmeiras colocou como Campeoníssimo, o Juventus que sempre aprontava alguma peça nos grandes, ele colocou como Moleque travesso, e o XV de Novembro de Piracicaba de Nhô Quim.
Foi ele, também, que instituiu a taça dos invictos e, atendendo a uma reivindicação do Palmeiras, quando ainda era Palestra Itália, em 1933, que acumulou 22 partidas invictas, ele entregou a posse transitória. Em Agosto de 1945, o São Paulo conseguiu 23 partidas, ficando com a taça que foi para as mãos do Santos por conseguir somar 24 jogos sem perder, para depois o Corinthians ficar com ela ao chegar as 26 vitórias até 6 de Dezembro de 1957.
Mazzoni passou a criar no jornal um "diálogo com o leitor", algo inédito na imprensa esportiva paulista, e a combater o que chamava de "degeneração completa, desordem e desmoralização" do futebol brasileiro, além dos jornalistas que, para ele, praticavam o "clubismo". Ele também decretou que os jogadores passassem a ser chamados no jornal como eram conhecidos, fosse por nomes, apelidos ou diminutivos. Sua luta por impor uma maior intervenção do Estado no esporte rendeu frutos em 1941, quando foi criado o Conselho Nacional de desportos (CND), que passou a regular todas as atividades esportivas.
Ao todo, publicou vinte livros sobre esportes, e suas obras sobre futebol tiveram destaque, sendo uma delas coletânea de textos sobre os problemas do futebol brasileiro em que culpava a imprensa pelos confrontos entre paulistas e cariocas. Ele escreveu que a imprensa criava "rivalidades e, às vezes, ódios" desnecessários.
Na redação de A Gazeta esportiva ele, além de bastante respeitado, tinha sempre gente a seu lado, olhando sua forma de trabalhar.
Era um tempo em que pouca gente dominava a máquina de escrever (datilografia) como se dizia, coisa que ele adorava porque sabia que os jovens queriam aprender. Lá mesmo, no Edifício Casper Líbero, ele foi chamado de “Olimpicus”, pois não só o futebol que ele dominava, mas todos os esportes. A Gazeta Esportiva era considerado o maior jornal de esportes do Brasil. Tratava de todos os esportes, indistintamente. Tinha, também, a página de futebol amador, dedicado ao futebol de várzea, sob a responsabilidade de Alfredo Lazzerini, o Tita.
Tomaz Mazzoni, faleceu em 14 de Janeiro de 1970.
Por Mário Lopomo
6 comentários:
O Tomaz Mazzoni era, realmente de Polignano a Mare, (Bari-Itália), apelidado de "Olimpicus" em virtude de seu vasto conhecimento em matéria de esportes, em qualquer modalidade. No Braz, tinhamos amizade com seus parentes que moravam e tinham comércio de cereais na Santa Rosa. Bela pequena biografia, Mario, parabéns.
Olá, Mário.
Mais uma informação interessante sobre a história do esporte.
Valeu!
Obrigada.
Muita paz!
Olá, Mário!
Bela homenagem a esse homem que, a seu modo, revolucionou a forma de difundir o esporte em nosso país! Homem valoroso, que batalhou para se tornar um dos mais importantes jornalistas esportivos que já tivemos.
Parabéns!
Abraço.
Boa Mário é muito bom saber algo sobre alguém que soube como ninguém falar do esporte em geral, Parabéns.
Mário, boa lembrança de um grande jornalista do esporte, tenho saudades dos comentários do Thomaz e das suas participações nas mesas redondas da TV Gazeta, abraços, Nelinho.
Mário, boa lembrança de um grande jornalista do esporte, tenho saudades dos comentários do Thomaz e das suas participações nas mesas redondas da TV Gazeta, abraços, Nelinho.
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