Imagens: hall do cine Paissandu de 1958; cine Rivoli de 1956; cine Olido de 1956
Quando menina meu pai me levava à sessão zig-zag no Cine Dom Pedro, que ficava no Anhangabaú. Meu pai contava a seguinte história:
Uma vez, o porteiro disse que não havia mais lugar; então, eu me encostei na parede e disse: “Não faz mal, o Sr. pode entrar que eu fico esperando”. Meu pai então pensou: "Essa menina tem de entrar nesse cinema de qualquer jeito". Chegou para o porteiro e disse que queria falar com o gerente. O porteiro deixou-nos passar e, claro, em vez de falar com o gerente, nós fomos assistir ao filme. Coisas do Seu Renato, meu pai querido.
Quando mudamos para o Cambuci, eu assisti a todos os filmes do Oscarito e Grande Otelo, sempre no Cine Cambuci, na Rua Clímaco Barbosa, ou no Cine Capitólio, na Rua São Joaquim.
Alguns anos depois, meu pai arranjou um emprego extra, aos sábados e domingos; então, minha mãe passou a nos levar, minha irmã e eu, às matinês do Cine Metro, na Avenida São João, e assistimos a todos aqueles musicais, da Metro, maravilhosos.
Todas as quartas-feiras, íamos com os meus pais à sessão das 19h00 nos Cines Riviera, Lins ou Clímax, e eu comprava uma pipoca que era rançosa, mas eu adorava.
Depois, já mocinha, ia com as minhas amigas e, eventualmente, algum namorado, às matinês do Cine Riviera, onde assisti a todos os filmes do Elvis Presley.
Como vêem, minha família era bem cinéfila.
Foi um tempo bom que já passou e que deixou saudade, não uma saudade triste, mas bem alegre, cheia de música e amor dos filmes de antigamente.
Por Lourdes Cecilia Bove Ciavata
Uma vez, o porteiro disse que não havia mais lugar; então, eu me encostei na parede e disse: “Não faz mal, o Sr. pode entrar que eu fico esperando”. Meu pai então pensou: "Essa menina tem de entrar nesse cinema de qualquer jeito". Chegou para o porteiro e disse que queria falar com o gerente. O porteiro deixou-nos passar e, claro, em vez de falar com o gerente, nós fomos assistir ao filme. Coisas do Seu Renato, meu pai querido.
Quando mudamos para o Cambuci, eu assisti a todos os filmes do Oscarito e Grande Otelo, sempre no Cine Cambuci, na Rua Clímaco Barbosa, ou no Cine Capitólio, na Rua São Joaquim.
Alguns anos depois, meu pai arranjou um emprego extra, aos sábados e domingos; então, minha mãe passou a nos levar, minha irmã e eu, às matinês do Cine Metro, na Avenida São João, e assistimos a todos aqueles musicais, da Metro, maravilhosos.
Todas as quartas-feiras, íamos com os meus pais à sessão das 19h00 nos Cines Riviera, Lins ou Clímax, e eu comprava uma pipoca que era rançosa, mas eu adorava.
Depois, já mocinha, ia com as minhas amigas e, eventualmente, algum namorado, às matinês do Cine Riviera, onde assisti a todos os filmes do Elvis Presley.
Como vêem, minha família era bem cinéfila.
Foi um tempo bom que já passou e que deixou saudade, não uma saudade triste, mas bem alegre, cheia de música e amor dos filmes de antigamente.
Por Lourdes Cecilia Bove Ciavata
7 comentários:
Belas lembranças, Lourdes. Os cines do Centro- e tb os de bairro de anos atrás -marcaram quase todos que conhecemos nestes sites de memórias. A mim tb, e fora do Centro, notadamente o Sta. Cecilia, nas Perdizes. Quase todos eles se foram, mas sou um cinéfilo fanático até hoje, e não perco bom filme. Abraços.
Boas lembranças Lourdes, lembranças agradaveis que nos levam de volta a um passado ainda bem recente em nossas mentes, não é mesmo? parabéns, Acho que nessa época todos nos eramos cinéfilos fanatico, e eu mantenho o vício até hoje
Lourdes, eu tambem fui um cinéfilo de carteirinha.
Agora, como diz a Sonia, sou um dorminhoco que nem precisa de carteirinha.
Assistir a filmes nos cinemas ou na TV é, para mim, soniforo eficaz, "garro" no sono nos primeiros 15 minutos e, acredite, chego "inté" a roncar.
Acho que é por causa da minha idade avançada....fazem só 40 anos que isso começou a acontecer rsrsrsrs
Mesmo assim, quero lhe parabenizar por este texto que me despertou lindas recordações, principalmente do Cine Dom Pedro.
Olá, Lourdes!
Que bacana seu texto!
O cinema faz parte de nossa cultura, felizmente.
Claro que, hoje, diante da própria evolução tecnológica, as salas são diferentes e a infraestrutura é melhor.
Mas, antigamente era bem legal.
Lembrei de idas aos cinemas, na infância, acompanhados pelo nosso amado pai...depois, na adolescência, com os irmãos e amigas...adulta, com amigas ou com namorados. Sempre fui e vou...hoje, menos, não por vontade própria.
Adorei! Principalmente quando fui pesquisar as imagens...tem um blog bem legal sobre salas de cinemas de São Paulo, com artigos e algumas fotos sobre salas antigas e atuais.
Obrigada.
Muita paz!
Lu querida,o cinema era a maior diversão dos jovens daquele tempo. Só no meu bairro(Penha)haviam 5 cinemas. Mesmo assim, dependendo do filme a ser exibido,tínhamos que comprar os ingressos bem antes, pois as filas eram intermináveis.De alguns filmes nem me lembro, pois as vezes ia ao cinema só para namorar.rsrsrs...Coisas daquela época.
Espero ve-la na Paella em novembro.
Um abraço
Olá, Lourdes!
Que gostoso poder relembrar das épocas em que uma ida ao cinema era um programa esperado a semana inteira! Eu também, como parece que todos nós, tive minha infância e minha adolescência marcadas pelo cinema, do qual continuo grande fã até hoje! Mesmo em tempos de dvds e filmes baixados diretamente da internet, ainda prefiro a magia que se apodera de nós no escurinho do cinema! Se bem que, na adolescência, as idas ao cinema eram mais uma oportunidade de ficar a sós (no meio da multidão) com a namorada e poder trocar algumas carícias "mais ousadas" (ficar de mãos dadas, ou abraçadinhos) e trocar uns beijinhos! Risos.
Obrigado por mais esta deliciosa lembrança!
Abração.
Eu alcancei o antigo Marabá e Ipiranga já nos anos 1990.
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