Ela era muito bonita, meiga,dona de um rostinho fino, olhos fundos, cabelos compridos. Ainda a vejo em minha memória, vestindo o uniforme da escola que frequentava em São Paulo, ou, junto com a nossa turma, ao lado do Lalli, seu namorado e que seria, em breve, seu marido. Saíamos em turma para acampamentos e fazíamos estudos bíblicos em grupo. Quantas lembranças tenho dela, seu jeito suave de falar, sua inocência.
Recentemente, eu a vi numa foto de revista , uma mulher madura, com dois filhos ao lado. Ainda conserva o mesmo olhar. Senti saudade, tristeza, um não sei que. Seu rosto parece sofrido e mal posso imaginar a dor por que passou, perdendo o marido num desastre de moto e ,logo mais, o irmão famoso e querido, num dia que enlutou o Brasil.
Falo da irmã de Ayrton Senna,Vivianne.
Mas, vamos aos velhos bons tempos.
Uma festa em casa de Ayrton e Vivianne, para a qual fui convidada. Lembro da noite de verão, do terraço, das árvores em flor, dos jovens bem vestidos; Vivianne passando entre os amigos, vestida de branco, como um anjo ou uma fada. Ela possuia esta característica etérea em seus movimentos e sua graciosidade, dona de uma qualidade incomum de doçura.
Lembro das mesas arranjadas em torno do jardim, onde vidros enormes foram colocados, dezenas deles, cheios até a boca de coisas gostosas: saladas, azeitonas, conservas, doces de frutas., queijos. Eu jamais vira coisa igual. Era festa de menina rica, porém, tão simples, tão amiga, tão sem pretensão. Uma menina que estudava a Bíblia . Assim também era Airton, um rapaz simples, que amava a Deus.
Vivianne passou por tempestades, mas, creio que seu coração continua intacto. Conheço-a bem para dizer tal. Mãe de Bruno, que segue nos passos do tio Ayrton. Vivianne, aqui vai o abraço da amiga de outrora.
Ayrton, este está com Deus.
Por Lygia Souza
Recentemente, eu a vi numa foto de revista , uma mulher madura, com dois filhos ao lado. Ainda conserva o mesmo olhar. Senti saudade, tristeza, um não sei que. Seu rosto parece sofrido e mal posso imaginar a dor por que passou, perdendo o marido num desastre de moto e ,logo mais, o irmão famoso e querido, num dia que enlutou o Brasil.
Falo da irmã de Ayrton Senna,Vivianne.
Mas, vamos aos velhos bons tempos.
Uma festa em casa de Ayrton e Vivianne, para a qual fui convidada. Lembro da noite de verão, do terraço, das árvores em flor, dos jovens bem vestidos; Vivianne passando entre os amigos, vestida de branco, como um anjo ou uma fada. Ela possuia esta característica etérea em seus movimentos e sua graciosidade, dona de uma qualidade incomum de doçura.
Lembro das mesas arranjadas em torno do jardim, onde vidros enormes foram colocados, dezenas deles, cheios até a boca de coisas gostosas: saladas, azeitonas, conservas, doces de frutas., queijos. Eu jamais vira coisa igual. Era festa de menina rica, porém, tão simples, tão amiga, tão sem pretensão. Uma menina que estudava a Bíblia . Assim também era Airton, um rapaz simples, que amava a Deus.
Vivianne passou por tempestades, mas, creio que seu coração continua intacto. Conheço-a bem para dizer tal. Mãe de Bruno, que segue nos passos do tio Ayrton. Vivianne, aqui vai o abraço da amiga de outrora.
Ayrton, este está com Deus.
Por Lygia Souza
7 comentários:
Olá, Lygia!
Muito bacana sua amizade com a Viviane e a família Senna.
Realmente, ela passa para o público a imagem de simplicidade, discrição e, ao mesmo tempo, uma mulher ativa, trabalhadora e participativa no trabalho assistencial.
Adorei saber desta sua história.
Valeu!
Muita paz!
Lygia,
gostaria de parabenizá-la pela homenagem que faz, não ao "nosso" grande ídolo, eternamente homenageado por todos, mas à sua irmã que, com graciosidade, simplicidade e doçura, sabe manter com decisão e firmeza, as obras assistenciais que ajudam a manter vivo o nome do saudoso irmão.
E parabéns a ela por manter intactas todas as suas qualidades e utilizar sua força e determinação em benefício do seu próximo.
Abraço.
É muito triste perder alguém querido na vida, em acidente então é mais doloroso ainda. Em 1995 perdi um filho em um acidente automobilístico na estrada que liga Taubaté a Campos do Jordão, confesso que até hoje a dor não passou. É por isso que gosto de estar sempre alegre escrevendo com humor, acho que é para não deixar transparecer tristeza que as vezes me invade a alma, como essa que você notou no olhar triste da Vivianne. Parabéns Lygia pelo texto e por lembrar desse gigante imbatível da Formula 1. Aceleraaaa
Ayrtoooooonnnnnnnnn.
Lygia, que gostoso saber que na juventude vocês foram amigas.
Ela estava outro dia no programa da Ana Maria, e vi que continua doando parte de sua vida aos trabalhos sociais.Esse, acredito ser o melhor remédio para as dores da alma, principalmente quando perdemos um ente querido.
Que a luz dos sentimentos mais elevados possa iluminar sempre o coração da Viviane e que Deus a proteja. Adorei seu texto. Um grande beijo
Ligya, lindo texto e linda lembrança.
valeu apena te ler.
Oi, Lygia, esta intimidade com Vivianne, irmã do Ayrton Senna, muito bem focada nesse texto rico em informações, garante a imagem que se faz de uma pessoa bem conceituada e, nem por isso, arrogante ou cheia de proza. Com um texto enxuto como o seu, o resultado não poderia ser outro: ÓTIMO.
Lygia, parabéns pelo seu relato, é comovente sua prova de amizade à sua amiga Vivianne, abraços, Leonello Tesser (Nelinho).
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