Fui criada junto aos meus tios, palestrinos fanáticos. Eles cismavam que, se eu ainda bebê, fosse colocada ao lado do rádio, durante o jogo em que o Palmeiras estivesse perdendo, o placar virava à favor do time. Segundo eles isso funcionava, principalmente contra o Corinthians.
Portanto, a narração de uma partida de futebol tornou-se comum aos meus ouvidos. Acho que dormia embalada pelas vozes de Edson Leite, Pedro Luiz, Fiore Gigliote, com comentários de Mario Morais. E até hoje, não consigo assistir a um jogo pela tv, ou mesmo no campo, sem o velho radinho de pilhas.
Assim, comecei a gostar de futebol feito um menino, mas era com olhos de menina, que assistia aos jogos. Esse olhar feminino levava-me a escolher os ídolos, muito mais por suas belas pernas ou por um belo palmo de rosto. Se fossem craques, melhor ainda, mas não era o primeiro requisito.
Então, aos 10 anos de idade, por todas as qualidades que meus olhos exigiam, além de ser um excelente jogador, escolhi o Mazzola Altafini como meu ídolo.
Arrumei um caderno de 100 folhas e ali fui colando fotos e escrevendo tudo que era publicado nos jornais sobre ele. O caderno ficou imenso e inchado, por tanta goma-arábica usada para colar as fotos. Eu levava esse caderno para todo lado e não desgrudava dele.
Essa paixão durou até 1958. Fiquei muito triste quando ele foi substituído na seleção, acho que pelo Vavá. Na imprensa, diziam que ele já havia sido vendido para o Milan e a comissão técnica não gostou. Não sei se é verdade. Mas lamentei muito, inclusive sua saída do Palmeiras.
Com o tempo e pela distância, acabei trocando de ídolo, pois novamente meu olhar feminino, encantou-se com o vai e vem dos quadris do Elvis Presley.
Conto isso, pois acho que no nosso tempo, ter um ídolo, não era coisa de adolescente. Existiam muitos astros do rádio e do cinema que eram idolatrados. Minha mãe, por exemplo, não perdia um filme do Glenn Ford, além de ouvir quase diariamente o Chico Alves, meu pai adorava a Joan Crawford e a Doris Day. O meu marido arrepiava-se com a Mylène Demongeot e Brigitte Bardot é claro.
Então eu pergunto à vocês....Quem eram seus ídolos? O meu era o Mazzola
Por Bernadete Pedroso
Portanto, a narração de uma partida de futebol tornou-se comum aos meus ouvidos. Acho que dormia embalada pelas vozes de Edson Leite, Pedro Luiz, Fiore Gigliote, com comentários de Mario Morais. E até hoje, não consigo assistir a um jogo pela tv, ou mesmo no campo, sem o velho radinho de pilhas.
Assim, comecei a gostar de futebol feito um menino, mas era com olhos de menina, que assistia aos jogos. Esse olhar feminino levava-me a escolher os ídolos, muito mais por suas belas pernas ou por um belo palmo de rosto. Se fossem craques, melhor ainda, mas não era o primeiro requisito.
Então, aos 10 anos de idade, por todas as qualidades que meus olhos exigiam, além de ser um excelente jogador, escolhi o Mazzola Altafini como meu ídolo.
Arrumei um caderno de 100 folhas e ali fui colando fotos e escrevendo tudo que era publicado nos jornais sobre ele. O caderno ficou imenso e inchado, por tanta goma-arábica usada para colar as fotos. Eu levava esse caderno para todo lado e não desgrudava dele.
Essa paixão durou até 1958. Fiquei muito triste quando ele foi substituído na seleção, acho que pelo Vavá. Na imprensa, diziam que ele já havia sido vendido para o Milan e a comissão técnica não gostou. Não sei se é verdade. Mas lamentei muito, inclusive sua saída do Palmeiras.
Com o tempo e pela distância, acabei trocando de ídolo, pois novamente meu olhar feminino, encantou-se com o vai e vem dos quadris do Elvis Presley.
Conto isso, pois acho que no nosso tempo, ter um ídolo, não era coisa de adolescente. Existiam muitos astros do rádio e do cinema que eram idolatrados. Minha mãe, por exemplo, não perdia um filme do Glenn Ford, além de ouvir quase diariamente o Chico Alves, meu pai adorava a Joan Crawford e a Doris Day. O meu marido arrepiava-se com a Mylène Demongeot e Brigitte Bardot é claro.
Então eu pergunto à vocês....Quem eram seus ídolos? O meu era o Mazzola
Por Bernadete Pedroso
10 comentários:
Bernadete, eu sempre soube que vc era uma pessoa de gosto apuradissimo, agorta, sabedor de sua afeição pelo querido José Altafini (Mazzola) que tanto admirei,e de saber do seu amor pela magnificva SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, só posso aplaui-la, cada vez mais.
Bernadete, vc. tem razão, eu também, como seu marido, tinha minha favorita, achava ela tão linda que dei o nome a minha filha mais nova, Mylene. Recordações cinematograficas, enriquecida pela imagem do Mazzola, até hoje na Itália e bem sucedido, financeiramente. Bela narrativa, Bernadete, parabéns.
Olá, Bernadete!
Que legal esta sua paixão pelo futebol, ouvindo pelo rádio.
Lembrei-me de meu amado paizinho, que só acompanhava aos jogos pelo radinho, mesmo quando assitia à televisão. Aqueles gingles da radio Bandeirantes, as vozes destes ícones radialistas, as propagandas...sons obrigatórios nas tardes de sábado e domingo, no radinho de meu pai.
Também tive meus ídolos, claro. Mas, ficarão para ser comentados em outra oportunidade.
Adorei, Bernadete.
Parabéns!
Agradeço pela participação.
Mande-me mais textos, ok?!
Excelente semana. Bom trabalho.
Muita paz! beijosssssss
Mana, que legal você lembrar daquele tempo. Eu não era muito de futebol, mas não dá pra esquecer do tio Arlindo lá em casa, assistindo a partida do nosso querido Palmeiras com a mamãe que também como você não perdia nenhuma delas.Depois você sabe, me casei com um belo palmeirense e que logo se familiarizou com todos. Meus ídolos foram o Elvis e depois o Roberto Carlos. Beijos, adorei seu texto.
Bernadete.Mazzola iniciou sua carreira no Palmeiras em 1956, vindo de Piracicaba. Em 1957 foi que ele teve mais visibilidade no futebol por ser um rompedor das defesas adversárias embora tecnicamente deixasse muito a desejar. Naquele mesmo ano de 1957 ele foi convocado para a seleção brasileira junto de Pelé. Ambos estrearam na seleção contra a Argentina naquelas taças que a seleção disputava contra pais sul americano. Contra a Argentina acho que era a taça Roca. No segundo jogo contra a Argentina Mazzola e PELÉ marcaram os dois gols do Brasil na vitoria de 2x1. Antes de ir para a seleção de 1958, os dois Mazzola e Pelé, jogaram contra no torneio Rio São Paulo num jogo que o Santos estava ganhando de 5 x 2 no primeiro tempo , e no segundo Mazzola deu inicio a virada de 6 x 5 a favor, e só perdeu nos minutos finais de 7 a 6. Na seleção da Suécia, Mazzola não era muito bem visto por ser muito brincalhão, e tido como indisciplinado. Quando o Psicólogo João Carvalhais perguntou qual o melhor estado para jogar , ele, Mazzola disse: - Estado de São Paulo, com risos de todos. Foi afastado porque durante a disputa do campeonato mundial, ele estava negociando seu passe para a Itália e chegou ao conhecimento de Paulo Machado de Carvalho.
Bernadete, parabéns pelo texto, realmente o Mazzola foi um grande centro-avante, no "time" feminino a grande atriz Maria Felix foi a minha favorita (recordações do cine Alhambra), abraços, Leonello Tesser (Nelinho).
Bernadete, em futebol, vou mais pelo óbvio: meu ídolo era Pelé.
Em cinema? Tanta gente, Brigitte, Pascale Petit,a maravilhosa Grace Kelly. Parabéns pelo texto, e um abraço.
Meu maior idolo no Futebol foi Luizinho (pequeno polegar) e o Rivelino Na Musica Cauby e Angela Maria. No Cinema Oscarito, Eliana Macedo, Sofia Loren, Lolobrigida, e atualmente meryl streep, Al paccino. No humor meu amigo Zé Vasconcelos,e os saudosos ex colegas, Golias, Murilo de Amorim Corrêa, Maria Tereza, Rony Rios ( a velha surda). Obrigado, pela sua narrativa
Primeira vez que acesso este blog e estou encantada com os textos e a apresentação deles. Fantástico.
A imagem de você bebê ao lado do rádio é impagável. Se soubessem colocariam você no lugar do "polvo" adivinho da copa rsrsrs.
Uma das coisas que minha mãe mais lembra de você é de sua paixão pelo Mazzola. Quantos tios palmeirenses nas nossas vidas com filhos e netos herdando as cores do Palestra, menos eu e meu pai que escolhemos nosso querido Tricolor SPFC. Parabéns pelo excelente texto. Vera
Bernadete,
lembro bem do Mazzola, que admirava muito, embora meu ídolo futebolístico tenha sido o Pelé, grande companheiro do seu. Mas Ídolo mesmo, com "I" maiúsculo, sempre foi a Sofia Loren!
Eita mulherão do outro mundo! Acho que até hoje nenhuma conseguiu suplantar todos os encantos reunidos na minha Ídala!
Abraço.
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