Ela entrou, este ano, para a faixa dos sexagenários... Quem diria?
Quem é ela?
Ela sempre foi a pacificadora de casais brigados, sempre esteve presente entre filhos e mães nos dias especiais, sempre apareceu como preferida no meio da meninada, não importando o gênero, o sexo, a cor e, até, a religião.
Deixou muita mulher quebrar juras e promessas e muito homem babando como criança.
Volta a pergunta, quem é ela?
Antes de desvendar o mistério dessa 100% paulistana, vamos informar alguns detalhes técnicos e históricos:
Em 1925, vindos da Letônia (ex república da União Soviética) região banhada pelas gélidas aguas do mar Báltico, desembarcaram no porto de Santos o médico David Kopenhagem e sua esposa, a ex pianista Anna Kopenhagem.
O casal, na sequência, veio para São Paulo. Aqui, sem emprego, passaram por muitas provações até que, num repente de muita inspiração, resolveram fazer dinheiro produzindo e vendendo o que já sabiam desde os tempos da Letônia, iniciaram, assim, uma pequena produção de marzipã – doce de amêndoas- muito comum na Europa.
Produziam o doce e David, colocava-os numa bolsa e saía para vende-los no centro da cidade. Em apenas um ano da venda de porta em porta, pode ele inaugurar, em 1929, uma pequena loja, na Ladeira Miguel Couto esquina com a Rua São Bento. Daí em diante, o sucesso foi companheiro constante desse casal.
Em 1950, depois de um projeto que não vingou, com a Igreja, para fabricação de waffers para as hóstias, os biscoitos produzidos passaram a servir a um novo projeto, esse sim vitorioso.
Foi desse projeto que se baseava em substituir a embalagem de um doce, que era feita em papel-manteiga, que nasceu a sexagenária a quem hoje eu homenageio. Nhá Benta passou a ser o doce coqueluche de São Paulo e, posteriormente, do Brasil.
O doce que, na versão original, era feito com marshmallow coberto com chocolate, hoje é encontrado, também, nas versões com morango, maracujá, chocolate, coco e crocante, sempre com cobertura de chocolate. Todas, podem crer, deliciosas.
Nhá Benta, rendo-lhe, nesta data, a minha mais sincera felicitação. Você, pode crer, esteve sempre presente nos meus dias.
No final desta homenagem, resta-me, apenas, recomendar moderação na ingestão dessa delícia, pois cada unidade tem, em média, 128 calorias.
Para quem não se incomoda com o crescimento lateral ou frontal, só me resta dizer ¨coma à vontade¨.
Por Miguel Chammas
Quem é ela?
Ela sempre foi a pacificadora de casais brigados, sempre esteve presente entre filhos e mães nos dias especiais, sempre apareceu como preferida no meio da meninada, não importando o gênero, o sexo, a cor e, até, a religião.
Deixou muita mulher quebrar juras e promessas e muito homem babando como criança.
Volta a pergunta, quem é ela?
Antes de desvendar o mistério dessa 100% paulistana, vamos informar alguns detalhes técnicos e históricos:
Em 1925, vindos da Letônia (ex república da União Soviética) região banhada pelas gélidas aguas do mar Báltico, desembarcaram no porto de Santos o médico David Kopenhagem e sua esposa, a ex pianista Anna Kopenhagem.
O casal, na sequência, veio para São Paulo. Aqui, sem emprego, passaram por muitas provações até que, num repente de muita inspiração, resolveram fazer dinheiro produzindo e vendendo o que já sabiam desde os tempos da Letônia, iniciaram, assim, uma pequena produção de marzipã – doce de amêndoas- muito comum na Europa.
Produziam o doce e David, colocava-os numa bolsa e saía para vende-los no centro da cidade. Em apenas um ano da venda de porta em porta, pode ele inaugurar, em 1929, uma pequena loja, na Ladeira Miguel Couto esquina com a Rua São Bento. Daí em diante, o sucesso foi companheiro constante desse casal.
Em 1950, depois de um projeto que não vingou, com a Igreja, para fabricação de waffers para as hóstias, os biscoitos produzidos passaram a servir a um novo projeto, esse sim vitorioso.
Foi desse projeto que se baseava em substituir a embalagem de um doce, que era feita em papel-manteiga, que nasceu a sexagenária a quem hoje eu homenageio. Nhá Benta passou a ser o doce coqueluche de São Paulo e, posteriormente, do Brasil.
O doce que, na versão original, era feito com marshmallow coberto com chocolate, hoje é encontrado, também, nas versões com morango, maracujá, chocolate, coco e crocante, sempre com cobertura de chocolate. Todas, podem crer, deliciosas.
Nhá Benta, rendo-lhe, nesta data, a minha mais sincera felicitação. Você, pode crer, esteve sempre presente nos meus dias.
No final desta homenagem, resta-me, apenas, recomendar moderação na ingestão dessa delícia, pois cada unidade tem, em média, 128 calorias.
Para quem não se incomoda com o crescimento lateral ou frontal, só me resta dizer ¨coma à vontade¨.
Por Miguel Chammas
10 comentários:
Olá, amor!
Putz...que cruel!
Me deu água na boca, ao ler seu texto...ainda estou babando aqui (rss).
Antigamente este doce era bem mais gostoso. Hoje tem os similares de diversas marcas, mas não se igualam ao da pioneira.
Eu queroooooooo uma Nhá Benta...snifff
Valeu!
Muita paz! Beijossssssss
Minha irmã, trabalhou na Kopenhagen por 30 anos, era uma delicia comer os bombons que ela trazia de lá. Uma pergunta. As fotos são do meu Blog?
Oi, Miguel!
Você foi tão fundo nessa história, que acabou me deixando morto de vontade de comer uma deliciosa Nhá Benta! Mas das originais, que das genéricas eu não gosto tanto, não!
Eu não tinha a menor idéia do início da Kopenhagen em São Paulo, minha mais antiga referência em termos de chocolates.
Obrigado pela informação e pelo desejo que vou ter que segurar até minha próxima ida a Sumpaulo!
Abração.
Miguel, pare com isso, estou meio de regime, com colesterol meio alto, e você quer me matar.
Gostei de ler a historia, e ficar sabendo algo sobre a famosa Kopenhagen, da qual sempre que lembro dela agua na boca me vem, e se eu continuar pensando nos gostosos chocolates que a danada fabrica, ou vou morrer afogado. ou ter na boca uma bica. Parabéns pela saborosa narrativa.
Miguel, chocolate é demais, mesmo.
Agora tenho saboreado, com moderação, a versão Noir, 72% de cacau puro, amargo, que é uma delícia e só faz bem, até ao coração. Mas os mexicanos, inventores do do produto tem até ótimas versões...com pimenta.
Muito bom.
Abraços.
A Kopenhagen está em minha vida como um 'scotch wyskie' de doze anos. Muito gostoso, caro e usado com muita moderação - rsrsrsss
Abraços
Habib.
O comentário postado como 'anônimo' é
meu e assino agora.
Abraços
Nelson
Mário, nada como uma pequena barra de chocolate, de preferência meio amargo para não aumentar as calorias, parabéns pelo texto, abraços, Nelinho.
Miguel!!! ´VEJA SÓ, TROQUEI AS BOLAS, TE CHAMEI DE MÁRIO!!!ME PERDOE, ABRAÇOS, NELINHO.
De fato, como sou doido por chocolate, pra mim Kopenhagem não é nome de nenhuma cidade, é sinônimo de chocolate de altíssima qualidade. Quando vc tem vontade de comer uma barrinha é como vc decidir comprar uma camisa, um par de sapato, etc. É muito mas, muito caro... caro pacas... Parabéns, Miguel.
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