Tenho 64 anos e nos anos 40 morava na rua da Consolação perto do Cemitério.
Na esquina da Consolação com Antonia de Queiroz morava minha bisavó com as filhas solteiras. Elas tinham uma loja de armarinhos que ficava bem na esquina. Depois da loja, vinha a residência delas e, depois, uma chácara com todas as árvores frutíferas que a gente podia imaginar (tudo isso voltado para a rua Antonia de Queiroz).
Ali, era o meu mundo! Como era bom colher as frutas no pé!
Depois do almoço, as tias do meu pai se reuniam embaixo de uma árvore, cuja copa formava como que uma cabana, com seus ramos até o chão. Me lembro delas colhendo laranjas, descascando e conversando... E eu comendo as frutas, só olhando, porque criança, naquele tempo, não podia dar palpites.
Outra lembrança que eu tenho é de quando era Pascoela (o dia seguinte ao Domingo de Páscoa); era um costume italiano sairmos para fazer piquenique com as tias. Íamos andando, com nossas cestas de lanche, até o bairro do Pacaembu que, naquele tempo, era bem desabitado e ficávamos andando pelas ruas como se fosse num parque. Depois, sentávamos em algum morrinho e comíamos o nosso lanche, eu, minhas primas e tias.
Por Lourdes Cecília Bove Ciavata
Na esquina da Consolação com Antonia de Queiroz morava minha bisavó com as filhas solteiras. Elas tinham uma loja de armarinhos que ficava bem na esquina. Depois da loja, vinha a residência delas e, depois, uma chácara com todas as árvores frutíferas que a gente podia imaginar (tudo isso voltado para a rua Antonia de Queiroz).
Ali, era o meu mundo! Como era bom colher as frutas no pé!
Depois do almoço, as tias do meu pai se reuniam embaixo de uma árvore, cuja copa formava como que uma cabana, com seus ramos até o chão. Me lembro delas colhendo laranjas, descascando e conversando... E eu comendo as frutas, só olhando, porque criança, naquele tempo, não podia dar palpites.
Outra lembrança que eu tenho é de quando era Pascoela (o dia seguinte ao Domingo de Páscoa); era um costume italiano sairmos para fazer piquenique com as tias. Íamos andando, com nossas cestas de lanche, até o bairro do Pacaembu que, naquele tempo, era bem desabitado e ficávamos andando pelas ruas como se fosse num parque. Depois, sentávamos em algum morrinho e comíamos o nosso lanche, eu, minhas primas e tias.
Por Lourdes Cecília Bove Ciavata
10 comentários:
Recordações da "Pascoela" deixam um sabor de algo bem distante,com se fora um século atraz... no entanto, o evento, como vc diz, Lourdes, costume bem italiano, está presente, em minha memória como se fosse ontem. Gostei muito da sua lembrança, Ciavata, parabéns.
Olá, Lourdes!
Seja bem vinda ao blog.
Adorei seu texto...suas recordações...
Lembrou-me dos piqueniques que também fazíamos quando crianças...meus irmãos e eu, nossas amiguinhas, nossas primas...
Num lugar bem próximo de nossa casa, num campo onde havia árvores frondosas e um gramado lindo, levávamos nossas cestinhas com guloseimas e brincávamos, conversávamos, descansávamos...Era muito legal.
Bateu a saudade, aqui!
Valeu, Lourdes.
Obrigada.
Muita paz!
Oi Lourdes, bevenute ao Blog, acho que todos nós que passamos dos 60 tivemos a felicidade de fazermos piqueniques com nossos país e amigos não é mesmo, me lembro que minha mãe gostava de fazer piqueniques na Penha, na Fazenda Estadual do Pico do Jaraguá, mas você uma privilegiada fazia seu piquenique no Pacaembú, maravilha. parabéns e conta mais por favor.
Muito bonito seu texto, Lourdes. Simples e risonho como o tempo a que se refere. As frutas, no pé...
" Colhe, antes que as estações passem, os frutos prateados da Lua, os frutos dourados do Sol ". (Keats)
Lu, que bom reencontra-la aqui no Blog! Seja bem vinda.
Pascoela, pic-nic e fruta no pé! Você começou muito bem.
ET...gostei muito de sua participação na noite de tangos...Arrasou.
bjos
Lourdes, saudades de você! Não consigo imaginar a Rua Antonia de Queiroz da maneira como você tão bem descreveu aqui. Como o tempo transforma tudo, não é? Grande abraço.
Quem sempre fez pic nic na frante do Pacaembu, foi a torcida do Corinthians. Eles vinha as 10 horas da manhã e ficavam comendo bebendo e sujando a Praça Charles Miller até as 16 horas quando entravam no estádio.
Que bom te ver por aqui Lourdes. Teu texto ficou com gosto de quero mais...
Deliciosas lembranças, hein Lourdes?!
Também lembro com saudades dos pic nics que eu e meus primos faziamos na chácara dos meus avós, no meio do pomar, cheio de frutas de todos os tipos! Só não era no Pacaembú! Parabéns pelo texto.
Abraço.
Lourdes, pascoela!!! meus avós comemoravam esse dia com uma viagem à Santos, seja benvinda ao site, parabéns pelo texto, abraços, Nelinho.
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