Natural da Freguesia do Ó, ela cresceu odiando o próprio nome, jamais aceitou o carinhoso nome escolhido pelos próprios pais, nome este que ela iria carregar como um enorme fardo pela vida toda.
Até hoje não sei a razão que leva certos pais a escolherem determinados nomes que criarão, em seus pobres filhos, um complexo de inferioridade que eles, além de carregar isso pela vida toda, ainda serão motivos de chacotas e piadas dos “amigos”.
Gregilvina Odete dos Santos, nome odiado por esta minha grande amiga e colega de infância, por muitos e muitos anos no bairro da Freguesia do Ó.
Estudamos juntos no Grupo Escolar Padre Manoel da Nóbrega (escola que funciona até hoje na Rua da Bica, esquina com Avenida Itaberaba) depois, fomos colegas no antigo Gitema Ginásio Teresa Francisca Martin (Santa Teresinha). Mais tarde, participamos também em algumas comédias em Teatro Amador, que ela também adorava participar, onde fizemos amizade e fomos colegas de uma futura e famosa garota propaganda e atriz da Televisão de São Paulo, Vininha de Moraes.
Seu objetivo, na época, era poder tornar-se atriz e, com isso, adotar um pseudônimo, que viesse livrá-la daquele odioso nome que sempre foi motivos de piadas e muitos constrangimentos, na hora de preenchimento de cadastros e congêneres.
E assim, sempre odiando o próprio nome Gregilvina Odete dos Santos, terminou o Ginásio e iniciou o ensino médio no Colégio Álvares Penteado no Largo São Francisco, onde se formou contadora e, em seguida, enfrentou o curso de Direito na Faculdade de Direito São Francisco, com o objetivo de tornar-se Bacharel em Direito e tratar de mudar seu odiado nome.
Durante uns bons anos acompanhei pessoalmente esse seu sofrimento, lutando muito interiormente contra a irresistível tentação em fazer, também eu, brincadeiras com seu nome (uma vez eu brinquei e quase perdi sua amizade).
Gregilvina sempre foi alegre, amiga companheira, gostava de participar em festas, de atividades sociais, cantar em corais nas festas da Igreja de Nossa Senhora do Ò, trabalhar em barracas das grandes quermesses, naquela época muito comuns no bairro.
Casei-me, fui morar no Bairro de Itaberaba. Mais tarde fiquei sabendo que ela tornou-se advogada e também se casou com um colega da Faculdade de Direito. E eu nunca mais soube da minha amiga Gregilvina Odete dos Santos.
Apenas fiquei sabendo que sua luta contra seu odioso nome chegou ao fim no início de Setembro p.p. quando a mesma conseguiu na Justiça autorização para a mudança do seu nome.
De setembro para cá Gregilvina passou a chamar-se:
GREGILVINA MARIA DOS SANTOS.
Enfim Gregilvina conseguiu tirar a Odete do seu nome.
PARABENNNNNNNNNNNNNNNNNNNS , GREGILVINA.
Por Arthur Miranda (tutu)
Até hoje não sei a razão que leva certos pais a escolherem determinados nomes que criarão, em seus pobres filhos, um complexo de inferioridade que eles, além de carregar isso pela vida toda, ainda serão motivos de chacotas e piadas dos “amigos”.
Gregilvina Odete dos Santos, nome odiado por esta minha grande amiga e colega de infância, por muitos e muitos anos no bairro da Freguesia do Ó.
Estudamos juntos no Grupo Escolar Padre Manoel da Nóbrega (escola que funciona até hoje na Rua da Bica, esquina com Avenida Itaberaba) depois, fomos colegas no antigo Gitema Ginásio Teresa Francisca Martin (Santa Teresinha). Mais tarde, participamos também em algumas comédias em Teatro Amador, que ela também adorava participar, onde fizemos amizade e fomos colegas de uma futura e famosa garota propaganda e atriz da Televisão de São Paulo, Vininha de Moraes.
Seu objetivo, na época, era poder tornar-se atriz e, com isso, adotar um pseudônimo, que viesse livrá-la daquele odioso nome que sempre foi motivos de piadas e muitos constrangimentos, na hora de preenchimento de cadastros e congêneres.
E assim, sempre odiando o próprio nome Gregilvina Odete dos Santos, terminou o Ginásio e iniciou o ensino médio no Colégio Álvares Penteado no Largo São Francisco, onde se formou contadora e, em seguida, enfrentou o curso de Direito na Faculdade de Direito São Francisco, com o objetivo de tornar-se Bacharel em Direito e tratar de mudar seu odiado nome.
Durante uns bons anos acompanhei pessoalmente esse seu sofrimento, lutando muito interiormente contra a irresistível tentação em fazer, também eu, brincadeiras com seu nome (uma vez eu brinquei e quase perdi sua amizade).
Gregilvina sempre foi alegre, amiga companheira, gostava de participar em festas, de atividades sociais, cantar em corais nas festas da Igreja de Nossa Senhora do Ò, trabalhar em barracas das grandes quermesses, naquela época muito comuns no bairro.
Casei-me, fui morar no Bairro de Itaberaba. Mais tarde fiquei sabendo que ela tornou-se advogada e também se casou com um colega da Faculdade de Direito. E eu nunca mais soube da minha amiga Gregilvina Odete dos Santos.
Apenas fiquei sabendo que sua luta contra seu odioso nome chegou ao fim no início de Setembro p.p. quando a mesma conseguiu na Justiça autorização para a mudança do seu nome.
De setembro para cá Gregilvina passou a chamar-se:
GREGILVINA MARIA DOS SANTOS.
Enfim Gregilvina conseguiu tirar a Odete do seu nome.
PARABENNNNNNNNNNNNNNNNNNNS , GREGILVINA.
Por Arthur Miranda (tutu)
10 comentários:
Mais um fato que na sua verve passa para a historia do anedotário.
Tutu, eu cansei de dizer e defender a tese de que todo humorista é, na totalidade dos casos, um grande e triste sofredor.
Então fico a encasquetar aqui no meu canto, quanto sofreu nesta vida o meu amigo Tutu?
Ao que eu saiba foi muito. E com isso você é esse comico de grandeza impar.
Parabéns!
Olá, Arthur!
Nem sempre o que é ruim ou feio para os outros, o é para nós...Serve para o contrário também.
Só nós sabemos o que nos incomoda, não é mesmo?! Ninguém mais.
Assim, Gragilvina nos mostrou...Quando todos consideravam seu primeiro nome meio estranho, para ela era outra coisa que a incomodava.
O importante foi a vitória...ela ter conseguido o que queria.
Final surpreendente, Tutu...Adorei!
Valeu!
Obrigada.
Muita paz!
Sobre gosto, cores, futebol é política. E por quê não dizer sobre os nomes, eu não discuto.
Mas Gregilvina... Dá um lindo nome para remédios (risos).
O Dicionário de Nomes Próprios nos dá exemplos hilários sobre alguns nomes estranhos.
Ainda bem que a legislação permite corrigir os erros dos pais...E AINDA BEM QUE, DEPENDENDO DO NOME ESCOLHIDO, OS CARTÓRIOS SÃO PROIBIDOS DE REGISTRAR A CRIANÇA.
Nesse mesmo livro ví nomes que eram verdadeiras aberrações e outros hilários como os nomes de duas mulheres: Vagizilda (com "Z" mesmo) e Restos Mortais de Catharina.
Uma outra, recebeu um nome singelo que acompanhado do sobrenome tornou-se um perigo, um escândalo: GRACIOSA RODELLA...
Do recente Daiane Teresinha, surge no Rio o atual Shakira de Fátima...
Paro por aqui (risos)!
Abração,
Arthur!
Surpreso com o desfecho da história de sua grande amiga, só me resta parabenizá-lo pela excelente crônica, escrita no tom exato do humor. Você deve ser, mesmo, um grande humorista.
Abraço.
Nome, que é um nome, perguntava Romeu, de Shakespeare. Nomes contam sim, e apesar de vc estar brincando, Gregilvina( é isto mesmo???? ) não seria nada no meio das inumeráveis aberrações de nomenclatura brasileira. Aliás, já nem tão brasileira; estão na moda nomes americanisados. Gleidisson, Jeimeson, Richarlysson, mórmente nas classes menos previlegiadas. Não são nomes, são mais palavrões...abraços.
Como piada, foi muito boa, Arthur, só que eu a conhecia com outro nome, chinês. Impublicável, vcs podem imaginar qual é.
Não esqueço nunca o que o conhecido jornalista do estadão, José Neume Silva, confessou, pela Jovem Pan, a origem de seu nome, Neume. O pai, admirador profundo do famoso cardeal americano, Neuman Spelman. Muito boa, Tutu. Parabéns.
Modesto
Correção: o nome do jornalista é José Neumane Filho e o cardeal americano Spelman Newman. Obrigado
Modesto
Essa é boa! Parabéns!
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Tutu, muito legal meu camarada ! Eu lendo seu texto com toda atencao e ja me entristecendo pela pobre Gregil... Imaginando o mico que Ela efetivamente pagava e voce me vem desfecho ? Parabens de verdade. Voce e' o cara (de pau). Valeu!
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