Dezembro... Época que nos faz reportar aos idos de nossa infância, quando aguardávamos, ansiosos, a chegada de Papai Noel, mal compreendido por nós, crianças mas, sem deixar de ser uma verdadeira festa a espera por ele. Sim, com a espera nos divertíamos mais.
Desconfiados do velho Noel, espreitávamos os adultos, argutos em esconder os presentes da garotada.
Lembro-me que eu esperava meu amado pai voltar do trabalho e verificar se carregava algum pacote.
Morávamos na Rua Umuarama, na Vila Prudente, no penúltimo quarteirão antes de chegar à Rua Oratório. Da calçada, vigiávamos os ônibus que passavam pela Rua Oratório e, pela cor, sabíamos se era a linha que papai costumava usar. Ficávamos ali, por horas, aguardando a chegada de meu querido pai. Claro que ele vinha sem nada nas mãos, para nossa decepção. Tinha um esquema de guardar os presentes na casa de minha avó que morava na Rua Angelina Téchio Cidro, uma travessa da Rua Umuarama. Não sei como faziam, mas, era lá que os mimos eram escondidos e guardados, até o grande dia. Dia de Natal ou véspera, quando minha mãe e pai, após termos ido para a cama e já adormecidos, exaustos pela comilança e pelas brincadeiras, ajeitavam tudo sob a árvore enfeitada com as bolas vermelhas e algodão, imitando neve, acrescida do pisca-pisca colorido. Nós já havíamos colocado capim e água fresca para as renas, além de petiscos para Papai Noel. Pela manhã, bem cedinho, meus irmãos e eu acordávamos e íamos direto para a sala e era aquela alegria e exaltação ao vermos nossos presentes, cuidadosamente colocados e, também, com os doces e balas que nem havíamos pedido. Eu até chorava de emoção.
Hoje sei que Papai Noel não era injusto. Apenas fazia aquilo que ele podia para que pudéssemos ter nossos presentes de Natal.
Meu querido Papai Noel, meu pai amado, onde você estiver, aí no céu, que Jesus o abençoe. Obrigada por tudo.
Por Sonia Astrauskas
Desconfiados do velho Noel, espreitávamos os adultos, argutos em esconder os presentes da garotada.
Lembro-me que eu esperava meu amado pai voltar do trabalho e verificar se carregava algum pacote.
Morávamos na Rua Umuarama, na Vila Prudente, no penúltimo quarteirão antes de chegar à Rua Oratório. Da calçada, vigiávamos os ônibus que passavam pela Rua Oratório e, pela cor, sabíamos se era a linha que papai costumava usar. Ficávamos ali, por horas, aguardando a chegada de meu querido pai. Claro que ele vinha sem nada nas mãos, para nossa decepção. Tinha um esquema de guardar os presentes na casa de minha avó que morava na Rua Angelina Téchio Cidro, uma travessa da Rua Umuarama. Não sei como faziam, mas, era lá que os mimos eram escondidos e guardados, até o grande dia. Dia de Natal ou véspera, quando minha mãe e pai, após termos ido para a cama e já adormecidos, exaustos pela comilança e pelas brincadeiras, ajeitavam tudo sob a árvore enfeitada com as bolas vermelhas e algodão, imitando neve, acrescida do pisca-pisca colorido. Nós já havíamos colocado capim e água fresca para as renas, além de petiscos para Papai Noel. Pela manhã, bem cedinho, meus irmãos e eu acordávamos e íamos direto para a sala e era aquela alegria e exaltação ao vermos nossos presentes, cuidadosamente colocados e, também, com os doces e balas que nem havíamos pedido. Eu até chorava de emoção.
Hoje sei que Papai Noel não era injusto. Apenas fazia aquilo que ele podia para que pudéssemos ter nossos presentes de Natal.
Meu querido Papai Noel, meu pai amado, onde você estiver, aí no céu, que Jesus o abençoe. Obrigada por tudo.
Por Sonia Astrauskas
9 comentários:
Lindas lembranças!
Lá em casa, na Rua Augusta, era tambem assim, só que como eramos baixinhos e os guarda-roupas altíssimos, era sobre eles que os presentes ficavam aguardando a hora de serem depositados ao pé da da árvore de Natal montada na sala de jantar.
As manhãs do dia 25 eram muito festivas com cada um desembrulhando seu presente.
Quanta saudades!
Que bela espera, Sonia, hábilmente despistada por seu arguto pai. E assim a surpresa dos presentes era sempre maior ! Você teve tb lindos Natais, como todo mundo deveria ter. Que este seja mais um deles!
Boas festas!
Oi Sonia, como perdi meu pai muito cedo o meu Papai Noel, deveria ser Mamãe Noel ou Irmãs Noel, kkk. Mas fiquei comovido com as lembranças de seus Natais cheios de alegrias,que o mesmo possa continuar acontecendo, não só nos dias 25 de dezembro, mas durante todo os dias do ano.
Beleza, Soninha! Como você eu também "ficava cercando" meus pais e avós! E eu sofria muito. Além de ansioso eu era muito curioso. E morria de raiva por não poder "frugar" nos lugares amis altos. Boa Lembrança!
Então, você morava na Umuarama! Hoje eu moro mais ou menos próximo dela e da José Zappi e a poucos passos da Oratório.
Abração,
Natale
Imagens bonitas. Obrigada por compartilhar conosco! Abraços
Wilson, querido amigo!
Poxa! Que legal você morar neste local...
Ai, que saudade de meu bairro...das ruas...das pessoas...de minha infância, adolescência, mocidade....
Nasci e mei criei na Rua Umuarama. Minha avó morava na Rua Angelina Techio Cidro, que é uma travessa da Umuarama...tinha tias na Rua Fernão de Aguirra, na Falchi Gianini....amigas na Torquato Tasso, Dante Aliguiere, Camacá, Américo Vespucci, Marquês de Praia Grande, Cesar Cantú, Manoel Onha, Silva Coutinho, Orfanato, Oratório...na José Zappi....
Ai, meu Deus! Quanta saudade!
Valeu, Natale!
Muita paz!
Pois é Soninha. Eu estou na Rua Padre Carlos da Silva, ainda Mooca. Da José Zappi em diante já é Subdistrito da Vila Prudente.
Minha rua fica entre o Colégio Nossa Senhora Menina e a Telefonica - na Oratório,esq. da José Zappi.
E as ruas citadas por você são todas minhas conhecidas. E o lugar continua sendo um oásis em meio a esta cidade atribulada. Aqui, parece ainda que todos os dias são de domingo. Bom, né?
Abração,
Natale
Olá, Wilson!
Nossaaaaaaa.....nesta rua também tinha amigas...
Na esquina dela com a Oratório tem a farmácia do Sr. Antonio, ícone da região (nem sei se ele ainda está na farmácia)...
Em frente à farmácia tem a casa do Sr. João, outro farmacêutico famoso da Rua Oratório e que a farmácia dele fica lá em frente ao ponto final da linha Oratório (famosa 27)...
Tenho amigas na Luiz Gregnani tb...Na Chamantá, na Av.Paes de Barros, na José Higino, Pirassununga, do Acre, Clemente Bonifácio, Prf. Raul Briquet, Pde. Leonel Franca....vixi...e por aí vai.
Quanta saudade.
Valeu, mais uma vez! Obrigada.
Feliz 2011!
Muita paz!
Soninha querida, uma emocionante expectativa, com todos os requisitos da boa filha que vc demonstra ser, além do respeito dos que já se foram. Parabéns e um Feliz Ano Novo a todos.
Myrtes e Modesto
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