sábado, 30 de outubro de 2010

Nossos amigos da Santa Ifigênia

Os dados históricos foram recolhidos do portal Santa Ifigênia e fotolog.terra.com

Assim como a Rua 25 de Março, com seu comércio intenso e variado e com um volume de pessoas circulando por ela, chegando a ficar intransitável, também a Rua Santa Ifigênia tem seu importante valor no que diz respeito ao comércio no ramo da elétrica, eletrônica e afins.
Comprar ou mesmo passear por estas ruas, em horários comerciais, além de ser uma aventura é, também, um passeio cultural.
Ambas a ruas citadas mereceriam inúmeras laudas para contar um pouquinho de suas peculiaridades; mesmo assim, neste
pequeno trecho reporto-me à Santa Ifigência, pois nela temos amigos muito queridos, que são comerciantes por lá, o Jair e a Alaine, da KLV Informática.
A Rua Santa Ifigênia tem sua história que remonta aos idos de 1758 quando foi criada a Irmandade de Santa Ifigênia e Santo Elesbão, instalada inicialmente na igreja do Rosário dos Homens Pretos que existia na atual Praça Antônio Prado. No local onde hoje encontra-se a Igreja de Santa Ifigênia, já deveria existir, desde 1720, uma pequena capela. Em 1795, as imagens de Santa Ifigênia e Santo Elesbão foram transferidas para esta capela que, a partir de então, passou a ser conhecida como igreja de Santa Ifigênia. Com o crescimento do número de devotos, fez-se necessário aumentar a capela. Reformas foram realizadas nos anos de 1798, 1817 e 1899. Em 1911, a antiga igreja foi demolida e iniciou-se a construção da atual, que foi inaugurada em 1912. Com forte vocação comercial, a Rua Santa Ifigênia abrigou, no início do século XX, várias das melhores lojas de tecidos, peles e chapéus femininos. A sua clientela era formada, principalmente, pelas ricas famílias que moravam no então elegante bairro dos Campos Elíseos. A partir das décadas de 1940 e 1950, surgem as primeiras lojas especializadas em material elétrico e eletrônico e foram, gradualmente, tomando o espaço das famosas lojas de tecidos, em função do surgimento da televisão e dos eletrodomésticos.

As lojas de materiais elétricos e eletrônicos, por sua vez, começam a predominar neste logradouro e, nas décadas de 70 e 80, já eram a maioria.
Nossos amigos estão estabelecidos na região há mais de 30 anos, na Av. Rio Branco, 300, loja 31 a 34, esquina da Rua Aurora. Saem, diariamente, lá de Santana, região norte de Sampa, e vão para a região da Santa Ifigênia para trabalhar.
Incansáveis que são, Alaine e Jair, ainda tem disposição para, todo final de semana, descerem à praia para descansarem um pouco da correria da loja, ao som de belas músicas, nos bailes do Ocian Praia Clube onde, além de dançar e interagir com diletos amigos, fotografam os eventos e postam as fotos em seu blog http://oceam1.spaces.live.com/

Por Sonia Astrauskas

9 comentários:

Wilson Natale disse...

Sonia,
Adoro "sapear" pela Rua de Santa Efigênia!
Depois da 25 de Março ela é a rainha das multidões.
Tudo e muito barato, pode ser comprado lá. Em cinco décadas vi as transformações da rua, suas tendências comerciais.
E o que mais me encanta é a paciência e dedicação dos vendedores e donos de lojas... Há que se ter muita calma para atender a multidão que invade as lojas. Há que se ter um refúgio para recarregar as energias. Parabéns aos seus amigos!
Abração,
Natale

Miguel S. G. Chammas disse...

Amor, falar bem do Jair e da Alaine é tarefa mito fácil.
São amgos e demonstram a devoção a essa amizade com carinho impar.
A nossa amizade é como muitas outras que temos alimentado, simples e desinteressadas. Só mesmo muita dedicação e respeito.
Valeu mesmo esta sua homenagem.

Luiz Saidenberg disse...

Belo relato sobre a movimentada Sta. Efigenia, bem ilustrada pelo casal de bons amigos. Abraços.

Zeca disse...

Sonia,
bem lembrada a famosa Rua Santa Ifigênia! Quem não a conhece? Eu mesmo acompanhei as mudanças ali ocorridas nos últimos cinquenta anos. Curiosamente, no entanto, não conheço, por dentro, a Igreja cuja história você tão bem incluiu neste belo texto.
Parbéns!

Arthur Miranda disse...

Conheço a Ifigênia, quando a mesma não era muito santa ainda, ou seja um dia me bateram a carteira naqueles bondes abertos que passava pela hoje Rua Santa Ifigênia, mas não me lembro mais o Bonde que passava nessa rua ou em frente a igreja. mas a sua historia fez eu me lembrar do ocorrido. Minha sorte é que na carteira só tinha uma fotografia do Corinthians um passe de 0,50 centavos da CMTC e uma ficha para telefone. Eu passei muito tempo rezando para que o Ladrão fosse um sãopaulino ou palmeirense pois naqueles anos antes do Pelé, o Santos ainda não era Baleia e sim guarúzinho. Gostei de saber sobre a Origem da famosa Rua Santa Ifigênia. Fiz um Filme do Olivier Perroy chamado Ifigênia DÀ Tudo O QUE TEM. Com a Cynira Arruda e Etty Fraser, Nádia Lippi e outros. Parabens pela historia.

Laruccia disse...

Oi, Sonia, muito me alegra seu retorno, com saúde e disposição. Sobre a Sta. Efigênia, tanto a rua como a igreja, conheço-as há séculos, (XX E XXI), e realmente são de utilidades públicas, tanto material quanto espiritual. Seu texto é sempre carregado de ótimas informaões, muito obrigado, querida. Parabéns, Sonia.
Modesto

MLopomo disse...

Sônia. A Rua Santa Ifigênia me é muito familiar. Na minha juventude de 1958 a 1961, quando eu fazia parte da Congregação Mariana. Tínhamos como escopo ir todo final do mês permanecer dentro da Igreja de Santa Ifigênia, para o rodízio do sacrário, que segundo a igreja católica não podia ficar deserto. Minha hora e de outros colegas para aquela tarefa, era da uma as duas horas da madrugada. Enquanto não chegava o momento e o sono também, ficávamos na janela contemplando a Rua, a passagens dos bondes,fazendo apostas com os colegas de quanto demorava passar um bonde depois do outro. E cada vez que passo por lá para comprar algum eletrônico, essas lembranças vem a memória. Sua historia é tambem uma passagem por aqueles felizes anos de uma São Paulo menos violenta, que dava para dormir de janela aberta.

MLopomo disse...

Sônia. A Rua Santa Ifigênia me é muito familiar. Na minha juventude de 1958 a 1961, quando eu fazia parte da Congregação Mariana. Tínhamos como escopo ir todo final do mês permanecer dentro da Igreja de Santa Ifigênia, para o rodízio do sacrário, que segundo a igreja católica não podia ficar deserto. Minha hora e de outros colegas para aquela tarefa, era da uma as duas horas da madrugada. Enquanto não chegava o momento e o sono também, ficávamos na janela contemplando a Rua, a passagens dos bondes,fazendo apostas com os colegas de quanto demorava passar um bonde depois do outro. E cada vez que passo por lá para comprar algum eletrônico, essas lembranças vem a memória. Sua historia é tambem uma passagem por aqueles felizes anos de uma São Paulo menos violenta, que dava para dormir de janela aberta.

Luiz Saidenberg disse...

Aliás, Soninha, foi ali mesmo por Sta. Efigenia, numa loja de esquina- eu me lembro- que minha mãe comprou um belo casaco de pele. Era chic na época, mas hoje nada ecológico. Durou muitos anos, e não sei que fim levou. Abraços.