Talvez seja muita pretensão de minha parte. Mas, se for pecado, pecado por pecado, pequemos por excesso.
Nesta minha presença, aqui no blog, falar de uma figura ímpar, singular, única.
Eu o descobri meio por acaso, mas, como nada nesta vida é por acaso, creio que estava escrito que, a partir daquele momento, eu iria crescer um pouco mais.
Dezesseis anos, na flor de uma adolescência ouvi uma voz grave, forte, interrompendo uma canção e indagando: Sabe quem ? Sabe quem?
De imediato, fez-se a química. Claro que muito menos por mim, mas muito mais, ou exclusivamente pela voz, fundiram-se num só, o transmissor e o receptor. E a alquimia daquele momento ficou para sempre.
Então, pergunto. Quem não se emocionou com Helio Ribeiro?
O poder criativo, o poder envolvente, a magia total que emanava daquela voz. A mensagem sutil das palavras entrecortando músicas; a mensagem vigorosa dos textos emoldurando notícias; a mensagem otimista revigorando angustias; a mensagem final perpetuando vidas.
Quem não se emocionou com Helio Ribeiro, nas rádios de São Paulo?
A revolução nas rádios em que passou, os profissionais que criou, lançou, sustentou, reverenciou. O trovão daquela voz, era, paradoxalmente, menor que o impacto sonoro das suas tiradas filosóficas, das suas frases espiritualizadas, em seu programa “O Poder da Mensagem”, veiculado e retransmitido pelas seguintes emissoras: Rádio Gazeta, Jovem Pan, Tupi, Bandeirantes, Globo, de São Paulo, além de outras pelo interior e litoral de São Paulo e, também, em outros estados.
Foi feita uma alquimia, naquele momento, que ficou para sempre.
Tanto é verdade que, rastreando a Internet, sem nenhuma outra intenção, deparei-me agora há pouco, no Google, com a palavra "mensagem" que, num instante, me levou ao site do Memorial Helio Ribeiro, onde há convite para uma missa em respeito ao seu falecimento ocorrido num 6 de outubro de um ano qualquer há pouco tempo atrás.
É muita pretensão minha, voltar aqui, falando de Helio Ribeiro, mas pecado por pecado, pequemos por excesso.
Por José Carlos Munhoz Navarro
Nesta minha presença, aqui no blog, falar de uma figura ímpar, singular, única.
Eu o descobri meio por acaso, mas, como nada nesta vida é por acaso, creio que estava escrito que, a partir daquele momento, eu iria crescer um pouco mais.
Dezesseis anos, na flor de uma adolescência ouvi uma voz grave, forte, interrompendo uma canção e indagando: Sabe quem ? Sabe quem?
De imediato, fez-se a química. Claro que muito menos por mim, mas muito mais, ou exclusivamente pela voz, fundiram-se num só, o transmissor e o receptor. E a alquimia daquele momento ficou para sempre.
Então, pergunto. Quem não se emocionou com Helio Ribeiro?
O poder criativo, o poder envolvente, a magia total que emanava daquela voz. A mensagem sutil das palavras entrecortando músicas; a mensagem vigorosa dos textos emoldurando notícias; a mensagem otimista revigorando angustias; a mensagem final perpetuando vidas.
Quem não se emocionou com Helio Ribeiro, nas rádios de São Paulo?
A revolução nas rádios em que passou, os profissionais que criou, lançou, sustentou, reverenciou. O trovão daquela voz, era, paradoxalmente, menor que o impacto sonoro das suas tiradas filosóficas, das suas frases espiritualizadas, em seu programa “O Poder da Mensagem”, veiculado e retransmitido pelas seguintes emissoras: Rádio Gazeta, Jovem Pan, Tupi, Bandeirantes, Globo, de São Paulo, além de outras pelo interior e litoral de São Paulo e, também, em outros estados.
Foi feita uma alquimia, naquele momento, que ficou para sempre.
Tanto é verdade que, rastreando a Internet, sem nenhuma outra intenção, deparei-me agora há pouco, no Google, com a palavra "mensagem" que, num instante, me levou ao site do Memorial Helio Ribeiro, onde há convite para uma missa em respeito ao seu falecimento ocorrido num 6 de outubro de um ano qualquer há pouco tempo atrás.
É muita pretensão minha, voltar aqui, falando de Helio Ribeiro, mas pecado por pecado, pequemos por excesso.
Por José Carlos Munhoz Navarro
10 comentários:
Prezado Navarro, fui sócio minoritário da Editora o Recado, juntamente com os outros três sócios: Manoel Rouxinol, Antoninho Tatto e Neimar de Barros, acompanhei o processo de seleção dos maravilhosos textos de Helio Ribeiro, que seriam depois publicados. Alem de fã desde os tempos da TV.Excelsior como também ouvinte, tive a oportunidade de conviver alguns dias com o Helio em Campos do Jordão a procura de uma casa de campo que o mesmo desejava comprar, no inicio da década de 80.
Para não dizer que considero o Helio o mais completo radialista do Brasil e correr o risco de cometer alguma injustiça, direi que entre os 10 nomes mais importantes do Radio Brasileiro, o nome de Helio Ribeiro esta entre eles. Parabéns pela escolha desse tema de tão saudosa memória.
Boa homenagem ao grande Helio, provávelmente o maior e mais famoso radialista, mesmo, que o Brasil já conheceu. Chico Anysio, que tb aparece na foto, prestou-lhe seus cumprimentos, a seu modo, com o personagem Roberval Taylor, imitando a bela voz: - Como homem de rrrádio que sou...
Parabéns, Xará, pela merecida homenagem a Hélio Ribeiro, um dos grandes radialistas brasileiros que, além de suas mensagens que inspiraram tantas vidas, sua profunda voz de barítono foi a responsável pela criação de "Roberval Taylor", inesquecível personagem criado pelo também grande artista Chico Anysio.
Abraço.
Para quem conheceu Helio Ribeiro como eu, e vivenciou com outros colegas suas virtudes e manias, ficava indagando: O que é Helio Ribeiro, Gênio ou Demonio? Á verdade é que não dava para se ter a dimensão exata do que ele poderia ser. Pessoalmente uma jóia rara, de educação e atenção com aquele que ficava a sua frente. Como radialista ele era mais executivo do que “artista de radio” como se dizia antigamente. Helio não era um profissional de muito tempo numa radio, e quando ele ingressava numa emissora alem de radialista era também o diretor artístico. Como diretor e radialista ele tinha suas preferências. Alguns colegas inseparáveis ele levava para onde ia. E colocava no lugar de quem já estava a algum tempo na nova emissora que ele entrava. Quando vinha a noticia de que ele seria contratado beiços deitavam. E tinha quem pensava na certa serei demitido. Quem estava no horário do meio dia perderia o horário, e assim era. Das 12 as 14, o horário era dele. Quando ele foi contratado pela radio bandeirantes em 1972, eu estava lá e vivenciei a coisa. Um ano antes, ele já estava em negociação e não deu certo. Por algum motivo, palavrões foi dito entre ele e dirigente. Mas em 1972, ele foi novamente chamado e, ai a coisa ficou brava nos bastidores do Morumbi. Um ícone da radio bandeirantes, Morais Sarmento tinha o programa as 12 horas, “Almoço a Brasileira”, e a pergunta estava na boca de todos. Será que ele tira o Moraes do horário? Tirou. A bandeirantes perdeu Sarmento que foi para a Tupi. E, ele fez coisas do arco da velha como diretor artístico (coisas boas) Apesar de tudo era um visionário, estava a frente do seu tempo, Quem ficou entre Deus e o Diabo, nunca fica esquecido, por isso Helio Ribeiro é sempre lembrado. Sua fisionomia feia, cheias de rugas e marcas, fica incrustadas na mente de todos que o conheceram. Paro por aqui, senão a coisa vai longe.
Olá, José Carlos!
Fico feliz por ter suas lembranças retratadas aqui, enriquecendo ainda mais este espaço de recordações.
São estas citações, estes fatos, curiosidades, histórias, lembranças, que fazem do blog, um rico manancial de informações sobre Sampa.
Valeu, amigo!
Obrigada.
Muita paz!
Zé, comentar teu texto e dele falar bem, como diria minha mãe; "é chover no molhado".
Quiserá ter um pouco dessa habiliade com as letras.
Garanto,m faria um tremendo sucesso por aí.
Márcia Saidenberg disse:
Belo resgate de páginas esquecidas de muitas histórias pessoais.
Para mim "naquêle tempo florido", era Frank Sinatra na música e Helio Ribeiro na radio Bandeirantes alegrando, instruindo e emocionando um brotinho sonhador...
Navarro,
Falar o quê, se tudo já foi dito?
Posso apenas acrescentar que o Hélio fez parte - e uma parte boa da minha vida. Ele marcou uma geração.
Eu, até hoje, quando ouço alguém falar com voz grave e boa dicção, ainda penso: "Este é um Hélio Ribeiro.
Ótimo texto!
Abração,
Natale.
Tudo o que se fala desse personagem, é pouco diante da grandeza de alma que ele possuia e transmitia naqueles anos que nunca mais o rádio vai apresentar. Sua narrativa enriquece por demais, Munhoz, sua escrita leve e saborosa de se ler, encanta aos mais exigentes dos leitores dessa nossa página. Parabéns, Navarro.
Mô
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