segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

São Paulo faz aniversário - 25 de Janeiro, 1554—2011



A cidade de São Paulo me conheceu em 05\02\1932 e só tomei conhecimento dela em 1938. Amor a primeira vista. Só saí de seus limites pra viajar, férias, passeio. Nasci a poucos metros do local de sua fundação, sempre amando loucamente esta cidade. E ela sempre, correspondendo. Do local de minha formação (bairro do Braz), testemunhei seu crescimento e espantosa explosão como megalópoles que é hoje. Desculpem, não estou aqui pra falar de mim.
Minha paixão pela cidade de São Paulo faz de mim um bairrista inveterado, tenho ciúme de tudo, das outras cidades. Desde bem jovem, faço comparações e, quando os números são desfavoráveis, torço pra São Paulo alcançar seu rival. E ela sempre alcança.
Lembro quando sua população, em números, era inferior a do Rio. Em poucos anos alcançou e ultrapassou, não só o Rio como Nova Yorque, Londres, Chicago e chega a ser a terceira do mundo. Primeira a ter TV no Brasil, primazia no Metro, edifícios que brotam do chão como plantações numa extensão territorial sem fim. Bairros antigos desaparecem pra dar lugar a novos centros residenciais modernos. O Centro velho fica nas lembranças dos sau
dosistas, e novos e modernos edifícios erguem-se pra formarem avançados núcleos financeiros.
Quanto progresso, quanta beleza construída pelas mãos dos paulistanos. Recebe e agradece seus migrantes e imigrantes de toda parte que, na busca de uma oportunidade de progresso pessoal, colaboram no espantoso crescimento dessa tentacular cidade. Avenidas largas, modernas, viadutos e estradas umbilicais concebidas com as mais avançadas técnicas de construção, que levam e trazem produções de outros municípios e estados. Veja a beleza do Viaduto das Águas Espraiadas, do Anel Viário, túneis perfurando obstáculos, facilitando o escoamento do trânsito, o maior produtor industrial enfim, São Paulo enche de orgulho não só paulistas e paulistanos como todos os brasileiros e todos os estrangeiros que aqui vivem, trabalham, formam famílias e crescem com a cidade.
Não podemos nos esquecer de mencionar suas escolas, colégios, universidades, sendo a USP uma das mais famosas da América do Sul, a beleza tradicional da arquitetura da
Catedral da Sé, seus cinemas, teatros, shoppings, clubes, restaurantes, centros de abastecimentos, hospitais, sendo o das Clínicas, o mais avançado da América do Sul e que recebe pacientes do Brasil inteiro, centros cardiológicos, clínicas de doenças altamente contagiosas, laboratórios de desenvolvimento científicos equipados com instrumentos de última geração.
Tudo isso e mais algumas coisas, devemos a quem? A todos nós que aqui vivemos, moramos, formamos nossas famílias graças a essa espantosa cidade que completa 457 anos no dia 25 de janeiro. PARABENS, SÃO PAULO, QUE VENHA OUTROS 500 ANOS QUE NÓS, AQUI TE ESPERAMOS.

Por Modesto Laruccia

9 comentários:

Wilson Natale disse...

Laruccia: Adorei!
São Paulo é um assunto inesgotável que nunca me desagrada.
Aqui, nesse amálgama do mundo, vamos vivendo, seguindo em frente. Sabemos que, mesmo vivendo aos trancos e barrancos é melhor estar aqui que em outro lugar.
E, como você - já disse isso em outro texto - Amo esta Cidade! Cidade que é meu berço e que é repositório e motivo das minhas memórias.
E, como você, sei que esta é a minha Cidade e, eu, sou todinho dela. Alma e coração!
Abração,
Natale

Arthur Miranda disse...

Grande Modesto, que beleza de texto falando da grandeza e das belezas de Nossa Cidade.
Quanto a mim, só existe uma coisa, que São Paulo me deixa triste.
E a de amar muito São Paulo
e morar tão longe dela.
Parabéns Modesto, Parabéns.

Modesto disse...

Um adendo ao meu texto.
São Paulo sempre esteve a frente dos movimentos políticos, lutando por liberdades de expreções, pela modernisação, fugindo sempre da arcáica e demagoga elite herdada do tempo do império, açoitada por políticos de outros estados a imposição de perpetuar um estilo de democracia retrógrada.
Modesto

Luiz Saidenberg disse...

Caro Modesto, bela homenagem à cidade de nossa vidas. Que, como costumo dizer, não é só uma(a cidade), mas muitíssimas, algumas totalmente diversas umas das outras, e de características próprias e contraditórias. Algumas nos agradam; outras não. Um bairro às vezes difere de outro com se fosse outro planeta, com habitantes, costumes, sotaques tão diferentes que para entendê-los é necessário que passemos muito tempo aqui. E, como num outro astro alienígena, está cada vez mais difícil interagir por esse universo. Mas, de modo básico e geral, é uma cidade voltada para o trabalho, e sem este, uma pessoa bem pode sentir-se perdida e sem sentido no caos absoluto da Megalópolis. Abraços.

MLopomo disse...

Modesto, como você também sou paulistano nascido em Pinheiros, a Rua Pedroso de Moraes 821. São Paulo ultrapassou a população do Rio de Janeiro quando a cidade maravilhosa deixou de ser a capital do Brasil em 1960. Se São Paulo é tudo isso em termos de grandes obras que muito nos orgulha devemos a Francisco Prestes Maia, nas duas vezes que foi prefeito. Para nossa sorte depois dele em 1965 Faria Lima deu seqüência as obras que Prestes maia deixou na prancheta.

Miguel S. G. Chammas disse...

Mô, é muito bom scrver e ler sobre nossa Sampa.
É ela a cidade que me apaixonou de verdade, foi nela que vi a luz pela primeira vez e pretendo, nela cerrar de vez meus olhos.

Não quero em suas terras ser enterrado, mas desejo que depois de me tornar cinzas, sejam elas espalhadas pela minha cidade.
O vento bondoso haverá de espalhar minhas cinzas por todos os rincões da cidade que eu tanto amo.
Parabéns São Paulo.

Zeca disse...

PARABÉNS, SÃO PAULO!!!

PARABÉNS, LARUCCIA!!!


À primeira, parabéns pelo aniversário e por ser, não apenas a maior metrópole da América do Sul e uma das maiores do planeta, como também por ser uma das mais acolhedoras e que oferece maiores oportunidades para todos os que a procuram para viver. Tem problemas sérios, como a maioria das metróples também tem; pobreza, enormes diferenças sociais, escolas e atendimento médico de má qualidade, violência e marginalidade; mas tudo isso, se comparado às demais, se dilui diante do seu povo, em geral, cordato, honesto, trabalhador e pronto para estender as mãos ao próximo. Em outras cidades de porte semelhante, as pessoas se trancam em suas casas e não assumem a ajuda necessária para diminuir os problemas alheios. É como o caso da jovem austríaca (primeiro mundo!), sequestrada e presa por oito anos que, quando conseguiu fugir do seu cárcere e pediu socorro numa casa da vizinhança, ouviu da senhora que nem ao menos abriu a porta para atendê-la: "por quê você veio justamente à minha casa? E, não pise na grama!" Não acredito que uma coisa dessas pudesse acontecer em São Paulo!!!

E, parabéns a você, caro Laruccia, pelo belíssimo texto, que é uma enorme declaração do seu amor por esta cidade que todos nós amamos tanto!

Abraço.

Luiz Saidenberg disse...

Eu, e minha digitação ! De nossaS vidas, nossaS !!!

Soninha disse...

Olá,Modesto!

Com tudo o que Sampa tem, de bom ou de ruim,sempre haveremos de amá-la.
Algma coisa acontece em meu coração e no de todos os que passam por Sampa.
Sampa é tudo!
Adorei seu texto!
Obrigada.
Parabéns São Paulo!
Valeu, Modesto!
Muita paz!