Esta época do ano parece realmente mágica. O Natal, principalmente, é como se agitasse uma varinha mágica sobre todas as pessoas do mundo e todos ficam mais serenos, mais pacificadores, mais generosos e tudo fica mais bonito.
Entendo que o Natal é mais que uma simples data; ele pode e deve ser comemorado por todos aqueles que entendem seu significado e que possam fazer deste evento aquela oportunidade de reflexão, de renascimento e de tomada de atitudes positivas. Afinal, nosso estado de espírito se modifica com a chegada do Natal. Mas, por que esperar pelo natal para agirmos assim, mais solidários e mais propensos a “amar uns aos outros”?
Como seria bom se todos pudessem ser mais tolerantes e fraternos em todo o ano!
Tenho pensado em tantas coisas... E o que está em nossas mãos fazer para que sejamos mais felizes e para que o mundo se transforme? Isto é ainda um grande desafio.
Sinto tanta saudade dos meus tempos de menina, lá na Vila Prudente, em nossa Rua Umuarama... No natal e principalmente no ano novo... Quando a criançada saía pelas ruas da vizinhança e ia desejar boas festas para as famílias... Batiam à porta das casas e diziam a frase decorada: Boas festas e feliz ano bom! Era comum o anfitrião retribuir com um pequeno óbolo... Uns trocados em dinheiro ou uma guloseima (rsss)...Quanta saudade! Não pelo dinheirinho que juntávamos e nos sentíamos muito felizes, mas, pelo gesto de generosidade e de boa convivência que as pessoas mantinham e primavam por manter a tradição, recebendo as crianças, não as maltratando nem as enxotando. Ficavam alegres e se sentiam abençoadas por receber as crianças em seus lares; entendiam que elas eram um símbolo, que representavam o Menino Jesus e não as rejeitavam. Só os mais rabugentos é que batiam a porta em seus rostos. Mas, elas nem ligavam e iam correndo tocar em outra casa.
Meu pai reservava uns trocadinhos e já nos dava, logo pela manhã do dia 1º de Janeiro... Meu avô também, nos dava um bom dinheirinho.
Hoje em dia nada disso acontece. No da 1º de Janeiro as crianças dormem até mais tarde, acompanhando seus pais que também foram dormir tarde (ou cedo, sei lá).
Os tempos mudaram e a tradição foi se perdendo... Os costumes são outros. Ficou a saudade daqueles tempos e as doces lembranças da Infância querida.
Tomara ainda possamos ver as crianças como algo bom e ensinar a elas o que de melhor pudermos para que possam ser adultos justos, corretos e felizes.
Feliz Ano Novo! Boas Festas!
Entendo que o Natal é mais que uma simples data; ele pode e deve ser comemorado por todos aqueles que entendem seu significado e que possam fazer deste evento aquela oportunidade de reflexão, de renascimento e de tomada de atitudes positivas. Afinal, nosso estado de espírito se modifica com a chegada do Natal. Mas, por que esperar pelo natal para agirmos assim, mais solidários e mais propensos a “amar uns aos outros”?
Como seria bom se todos pudessem ser mais tolerantes e fraternos em todo o ano!
Tenho pensado em tantas coisas... E o que está em nossas mãos fazer para que sejamos mais felizes e para que o mundo se transforme? Isto é ainda um grande desafio.
Sinto tanta saudade dos meus tempos de menina, lá na Vila Prudente, em nossa Rua Umuarama... No natal e principalmente no ano novo... Quando a criançada saía pelas ruas da vizinhança e ia desejar boas festas para as famílias... Batiam à porta das casas e diziam a frase decorada: Boas festas e feliz ano bom! Era comum o anfitrião retribuir com um pequeno óbolo... Uns trocados em dinheiro ou uma guloseima (rsss)...Quanta saudade! Não pelo dinheirinho que juntávamos e nos sentíamos muito felizes, mas, pelo gesto de generosidade e de boa convivência que as pessoas mantinham e primavam por manter a tradição, recebendo as crianças, não as maltratando nem as enxotando. Ficavam alegres e se sentiam abençoadas por receber as crianças em seus lares; entendiam que elas eram um símbolo, que representavam o Menino Jesus e não as rejeitavam. Só os mais rabugentos é que batiam a porta em seus rostos. Mas, elas nem ligavam e iam correndo tocar em outra casa.
Meu pai reservava uns trocadinhos e já nos dava, logo pela manhã do dia 1º de Janeiro... Meu avô também, nos dava um bom dinheirinho.
Hoje em dia nada disso acontece. No da 1º de Janeiro as crianças dormem até mais tarde, acompanhando seus pais que também foram dormir tarde (ou cedo, sei lá).
Os tempos mudaram e a tradição foi se perdendo... Os costumes são outros. Ficou a saudade daqueles tempos e as doces lembranças da Infância querida.
Tomara ainda possamos ver as crianças como algo bom e ensinar a elas o que de melhor pudermos para que possam ser adultos justos, corretos e felizes.
Feliz Ano Novo! Boas Festas!
2011 repleto de paz!
Por Sonia Astrauskas
8 comentários:
Amor,
tradições boas e construtivas já não fazem parte do nosso cotidiano.
É uma pena!
O bom é que ainda povoam as nossas lembranças e quem sabe, um dia, voltem a ser praticadas.
Eu gostaria muito poder receber em nossa porta os voos de um Feliz Ano Novo das crianças e, na falta delenão me dou por vencido e desejo a você FELIZ ANO NOVO mesmo que ao lado de um VELHO CHATO. mas que te ama muito.
Pois é, Sonia, bondade e felicidade com hora marcada fica esquisito mesmo.Mas, já que a vida não ,anda pra trás só nos resta desejar que a humanidade melhore a cada dia, a cada hora.Bom tudo pra você e todos os seus!
Bons momentos mesmo, Soninha.
Mas- e não faz tanto tempo assim- a cidade era meio provinciana. Embora capital, tinha ares e costumes interioranos,onde,em alguns lugares, a pessoas todas se conhecem, e mesmo se não, se cumprimentam, sem medo, nem hostilidade. Infelizmente, em São Paulo tudo é Mega, não é uma cidade, mas um monstruoso complexo urbano onde se encontra de tudo. E as pessoas têm medo...basta ter lido a história da Suely para ver que, muitas vezes, com toda a razão.
Um bom exemplo é minha ruazinha...uma quadra só, num bairro residencial. Lembro como muitos nos olhavam atravessado, embora um sendo um pacato e ainda jovem casal, com emprego e filhos pequenos, bem trajados e motorizados. É que, já velhos em sua maioria, não queriam que nada mudasse no pedaço, e até que tivessemos plena aceitação decorreu bom tempo...como eu já disse, aqui, quem não é amigo, inimigo é. Que fazer, cultivemos nossos amores e boas amizades, poucas mas que ainda existem, mais valorizadas ainda neste contexto de desconfiança.
Um belíssimo Ano Novo a todos bons amigos do site!
Beleza de lembrança, Sonia!
Tradições de outros tempos, um modo de vida mais tranquilo, sem violências. Mais amizades e solidariedade. Tudo passou. Mas ficou nesse seu registro para a posteridade.
Eu mesmo acabei por lembrar uma frase dita pelos italianos no dia primeiro: "Ecco che incominciano a voleggiare le rondinelle"! (Eis que as Andorinhas começam a voar!)
E nós, as andorinhas, recebíamos à porta, mais que dinheiro.
As espanholas nos davam pequenos sacos de celofane que continham meia-dúzia de mantecaos do tamanho de bolachas Maria; as italianas, em saquinhos menores, nos davam 12 amêndoas confeitadas - feitas em casa (E pensar que, hoje, 100gr. de amêndoas confeitadas custam uma fortuna!...). As portuguêsas nos brindavam com pequenos embrulhinhos de pão de mel, ou alfenins.
Tempo bom aqueles! O dinheiro era pouco, mas as guloseimas enriqueciam os nossos olhos, paladar e a barriga.
Abração,
Natale
Gostoso o teu relato, Soninha. Natal e Ano Novo com gostinho de ontem. Lembrei de tempos de ontem no meu inesquecível Ipanema, que eram semelhantes. Na época, o mundo era mais ingênuo solidário e, suspeito, feliz.
Um beijo.
Sonia, ontem, 2 de janeiro, fomos, eu e a Myrtes, comer umas esfihas no novo shopping aqui perto de casa, o Union. Encontramos nossos vizinhos "de parede", Carlito e Lita, nos cumprimentanos com os votos de um feliz ano movo. No Natal, não deu. E se não os tivessemos encontrados...? só no próximo ano... Essa é a vida moderna, Sonia. Parabéns pelo seu texto e feliz ano novo.
Myrtes e Modesto
Sonia estou aqui, em resposta ao seu convite, e iniciado em mensagem que lhe fiz em 26/12/10.
Li seu texto. Esta pratica que mencionastes eram feitas sim por nós garotos e garotas do bairo onde morávamos. No 1º dia do ano, saímos para desejar nas casas um "Bom princípio de Ano Novo" e ganhávamos pedaços e bolo ou alguma moeda. De calças curtas, com toda pureza infantil, queríamos na verdade pedir e partilhar com as pessoas, uma convivência pacífica e fraterna ao estilo dos cristãos que sabem ter um só Pai que nos sustenta e nos ama, e assim porque não sermos iguais, irmãos mesmos, embora morando em casas diferentes?
Qualquer tipo de desigualdade uns com os outros, querem ser superiores ou melhores do que os outros, isso com certeza fere esse princípio que é divino.
É por isso, talvez que pessoas bacanas se isolam e ficam solitárias. Ganghi, disse certa vez. Se os cristãos vivessem lá fora o que pregam e ensinam nas igrejas eu também seria um cristão.
Precisa dizer mais?
Tocante a tua reminiscência de infância de felizes natais, caríssima (e saudosa) Soninha - apesar do alto índice de ofertas monetárias a crianças pequenas (mesmo tua tradição inocente já trazia algo de dorrompido, hein, rs!)! Mas concordo plenamente com você quando fala das mudanças com as crianças: nossos pais nos EDUCARAM; hoje vejo os filhos dos vizinhos crescerem soltos pelos 'playgrounds' do condomínio, como bichos para pastar, sem princípios ou responsabilidades além da "proteção" dos muros altos que os pais podem pagar... Nada de um "bom dia" ou "Posso ajudar o senhor com suas compras?"... O que dizer de um "feliz Natal" ou "ano bom": nem em sonho!
Mas sigamos com esperança, caríssima: é o que o fim do ano maisfaz conosco, não é mesmo?! Ensina-nos a ter fé quando tudo o mais (e o ano também) já parece acabado...
Feliz 2011, para você e o caríssimo Miguel! Um grande abraço fraterno!
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