sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Praça Patriarca e arredores

imagens: Rua Riachuelo (1956) e antiga loja Casa Fretin
Revirando uma velha caixa de madeira, onde costumo guardar diversos papéis, deparei-me, com surpresa, com um caderno no qual fiz algumas anotações na década de 50. Nessa época, eu trabalhava em uma loja de material elétrico, que ficava em frente à Repartição de Águas e Esgotos, na Rua do Riachuelo.

A casa chamava-se Excelsior Elétrica Importadora, cujo proprietário era o Senhor Salvador Cutolo Caetano. Na hora do almoço, eu costumava passear pelas redondezas, levando um caderno para memorizar alguns endereços de firmas que adquiriam produtos da loja.
Hoje, revendo aqueles rabiscos, ali estão os nomes da Casa São Nicolau, Perfumaria Fachada, Casa Fretin, Cia. Oscar Rudge de Papéis, Casa Hélios, Casa Vermelha de Calçados, Casa Sotero, Botica ao Veado D’Ouro, Cine Teatro Recreio, Casa A Fidalga de Calçados, Leiteria Pereira e Calçados Venizelos.

A maioria desses estabelecimentos já não existe mais, mas permanecem vivos em minha memória e, como dizia Fiore Gigliotti, ficarão para sempre encrustados no meu cantinho de saudades.

Por Leonelo Tesser (Nelinho
)

24 comentários:

Miguel S. G. Chammas disse...

Nelinho, descobri mais uma coisa entre nossas vidas, acredito que comprei alguns materiais elericos nas suas mãos na antiga casa Excelsior, eu trabalhava na decada de 50 numa empresa na FRua Senador Feijó, 58 - a empresa era a Comissária de Despachos Mafritimos Condemar e eu era seu ilustríssimo "office-boy".
Eita que nossas vidas se cruzaram muito, na vida noturna e agora no comércio tambem.
Legal né?

MLopomo disse...

Nelinho. Me lembro tambem ali pelas redondezas, da papelaria Erracy&Cia. Não me lembro do endereço real, caso saiba coloque ai, Ta bem? Da casa Scaff que vendia tecidos, meu primo trabalhava lá. Na Rua direita tinha também o Cine Alhambra, o Fazanello, casa lotérica.

Luiz Saidenberg disse...

Nelinho, lembrei de outras lojas do pedaço. O Empório Toscano, onde comprei um belo terno espinha de peixe, a Relojoaria Bim Bam, a Casa California, outra leiteria- não era a Pereira,- defronte à California, além, claro, das Lojas A Exposição, Americanas, Brasileiras Tecelagem Francesa e o lendário Bar Viaducto.
Um abraço.

Luiz Saidenberg disse...

E, evidentemente, a Camisaria Casa Kosmos!

Laruccia disse...

Nelinho, esse baú de velhas recordações, me dá muita dor de cabeça. Começo a lembrar os estabelecimentos que vc menciona e que eu conhecia todos, (trabalhei no Matarazzo 15 anos)e as lembranças me vem cmo ondas de calor. Só vou contar...não, não, não... esse espaço é do Nelinho e quero respeita-lo. Já ia contar o porre de batida de maracujá na São Bento, encostada "A Exposição" que... está vendo só? desculpe Nelinho, seu texto tem a sua cara: lindo. Parabéns.
Laruccia

Arthur Miranda disse...

Nelinho, eu na decada de 50 trabalhava de vendedor na Chapelaria Paulista na Quintino Bocaiuva e por incrivel que parece a loja esta no mesmo local até hoje. Me lembro muito bem da Excelcior Eletrica, como também do Foto Léo (o amigo dos amadores). Valeu, recordar essa época.

Zeca disse...

Nelinho,
minhas experiências com a Praça do Patriarca começou um pouco mais tarde, mas ainda me lembro muito bem de algumas das casas comentadas por você, como por exemplo, a São Nicolau, a Sotero, a Fidalga e a Botica ao Veado de Ouro. E tinha também a Casa Kosmos, a Exposição, as Lojas Brasileiras e Americanas, entre tantas outras.
Agradeço por ter-me levado por esta gostosa viagem ao passado.
Abraço.

Wilson Natale disse...

Nello: Que bom que você fala de TRADIÇÃO, coisa que quase não existe mais. Hoje, salvo raras excessões, o comercio tem a duração de uma chuva de Verão. Lojas se sucedem umas às outras e não permanecem na memória de ninguém.
Antes não, como o caso da Chapelaria Paulista (citada pelo Arthur) - hoje centenária - as lojas permaneciam por décadas, atendendo avós, pais e filhos. Enfim, gerações conheciam-lhes os endereços.
O Lopomo cita a E.Racy & Cia., onde a geração dos anos 60 comprava barato seus materiais escolar. Dela, eu lembro até o comercial veiculado nas rádios: "Papelão, papel, papelaria, só em E.Racy & Cia.!"
Funcionou por uns tempos na Praça da Sé, lado esquerdo de quem sobe, quase esquina da João Mendes. Tinha uma na José Bonifácio.
Ah! Os velhos endereços onde realizavamos os nossos pequenos sonhos de consumo!...
Valeu, Nello!
Abração,
Natale

Luiz Saidenberg disse...

Lembrei- a famosa leiteiria quase na esquina da Patriarca era a Campo Belo, onde tomei minha primeira Coca Cola- e detestei !
Na mesma esquina, na Direita, havia uma Lojas Marisa- está numa foto que vi, dos anos 50!

Leonello Tesser (Nelinho) disse...

Tutu, o amigo trabalhou na Chapelaria Paulista, eu tive um amigo de nome Hugo que trabalhou nessa loja por muitos anos, será que é do seu tempo? infelizmente ele já faleceu e era um grande amigo nosso e residia aquí no Ipiranga.-

Soninha disse...

Olá, Nelinho

Lembro-me das lojas Americanas, Brasileiras,casa Fretin, daquela região...
Na minha época, tinha a Peter, loja de roupas que eu gostava de ir...
Bacana sua lembraça, Nelinho.
Valeu
Obrigaa.
Muita paz!

suely schraner disse...

E eu me lembrei que já comprei na loja Peter o o Mappin era muito congestionado, principalemnte para subir nos andares superiores. Êta nóis!Abraço!

joao josé disse...

Ninguem falou da loja de roupas masculinas, "A triunfal" que ficava na rua sao bento, ao lado da "Botica ao Veado de Ouro". Será que ninguem aqui conheceu ou entrou nesta loja?

Unknown disse...

A Casa São Nicolau era do meu avô, Erwin Hofstetter!

Unknown disse...

Fui morar com uma tia dona Terezinha, que era zeladora do 7 cartório na rua Quintino Bocaiúva,183 nos meados de 1968, estudei o primário no Externato São Francisco, foi aí que eu conheci essa linda região do centro de São Paulo e todos esses lugares eu tive o prazer de conhecer. Lojas Marisa, Mapim, Casa São Nicolau, Americanas, Casas Beviláqua, Lojas Cliper, Restaurante Juca Pato, Padaria Santa Teresa, Bilhar Taco de Ouro, Cine Saci, Casa Bruno Blois, Restaurante do Papai, e assim vai e fica alguns lugares que com o tempo cai no esquecimento, mais foi um tempo maravilhoso pra mim, sim me lembrei de uma façanha kkkk eu descia nos finais de semana a rua Quintino Bocaiuva de carrinho de rolimã era uma loucura e os vendedores que gritavam o tempo todo na rua Direita assim "calça Lee, calça Lee quem vai querer"era uma loucura, aí meu Deus, que saudades.

Unknown disse...

Vamos ver quem lembra da Escola Risonha e Franca. Era na Rádio Record esquina da Quintino Bocaiúva com a Direita. O comando do programa era do Randal Juliano auxiliado pelo Comendador Siqueira. Essa é do fundo do Baú.

Unknown disse...

Esqueceram da Casa j.silva, rua São Bento, próximo ao lgo São Francisco

Anônimo disse...

Uma casa centenária era a Casa Genin de Lans e linhas

Felipe bing disse...

Na rua direita todos comentam das lojas americanas e das lojas brasileiras sendo que havia também as Lojas Reunidas. As três eram galerias com saída para a rua José Bonifácio.

Anônimo disse...

eu e minha mãe iamos todas as sextas feiras de bonde ate o centro de Sao Paulo para compras e tomar aquele lanchinho na doceria Paulista. nossas lojas preferidas eram Sloper Tecelagem Francesa Casa 2 irmaos Marisa lojas Brasileiras e finalmente A Fidala onde eu gostava de ver os jacares na vitrine!!!! kkk

Anônimo disse...

Trabalhei nas lojas Garbo pegado ao Cine Alhambra em 1947. Conheço todo centro. Sou de 1934, nasci na Conde de Sarzedas. O colega deixou de mencionar as lojas da China e Ceilão. Irineu Santos Singer.

Anônimo disse...

Conheci bem o Bar Viaduto, com seu mezanino, onde ficavam os músicos, dentre os quais, depois de uns 65 anos, gravou uma composição minha. Seu nome Carlinhos Mafazoli - “ Days of December”

Anônimo disse...

Meu nome Irineu Santos Singer YouTube

Anônimo disse...

Que preciosidade... Quantos teriam essa presença de espírito de criar um blog e compartilhar essas memórias que são um deleite.. obrigado irmão! Saúde para vc!