terça-feira, 11 de outubro de 2011

A noite de São Paulo também tem seus mistérios


Imagens: Exu Elegbá; homem com varíola; Largo da Misericórdia em 1956;  Igreja N. S. dos Homens Pretos; Igreja Boa Morte; Igreja dos Enforcados

Naquela 'noite madrugada' de segunda-feira, dia de Exu Alegbá, após uma gira no pátio do Vaticano que servia como terreiro do candomblé de Mãe Jurema - afamada e poderosa Yalorixá - ele desapareceu. Algumas pessoas dizem que ele sumiu numa nuvem que, de repente, cobriu todo o cortiço; outros afirmam, de pés juntos, que ele se transformou num bode preto e que desandou a correr, apoiado nas patas traseiras, pela Rua Santo Antonio e se perdeu de vista no Anhangabaú. Outro grupo afirmava que ele se jogou numa grande fogueira que ardia no terreiro e subiu para Olorum num vórtice de fagulhas... Nunca mais foi visto ou nunca mais se deixou ver.
Mãe Jurema dizia que ele tinha se transmudado em uma entidade, que ele deveria ser cultuado e alimentado nas encruzilhadas do centro da cidade, centro que, durante muitos anos, fora seu campo de batalha e seu domínio.
Começava assim a 'lendistória' de Manézinho das Mulheres, malandro do bem, figura querida por todos, amado por todas as mulheres, grande jogador de futebol varzeano, amigo dos amigos, filho dileto dos Orixás.
Manoel Pereira da Silva - existe nome mais brasileiro? - até os acontecimentos daquela segunda feira, era morador do Vaticano onde nasceu, cresceu, morou e viveu seus melhores dias. Funcionário público do município conseguira seu emprego graças aos conhecimentos de Mãe Jurema, mãe postiça e madrinha, que o adotara in pectore, após a morte de sua mãe, a comadre Mariinha que, coitada, morreu dias após lhe dar a luz, vitimada por uma infecção terrível.
Criado por uma Yalorixá, claro que seria dedicado aos Orixás, nem duvidar... Quando, ainda tatibitate, engatinhando e dando os primeiros passos, foram jogados os búzios para saber quem seriam seus pais ancestrais; ao primeiro Odu respondeu Exu Alegbá, ao segundo Odu, a resposta foi de Xangô e, no terceiro, a grande mãe Yemanjá, a Mãe do mundo. Eram esses os pais africanos de Manoel Pereira da Silva, bem mais tarde conhecido em São Paulo como Manézinho das Mulheres.
Desde criança saía com Mãe Jurema para arriar os 'trabalhos' em diversos lugares da cidade: na Rua do Carmo com Tabatinguera, ao lado da Boa Morte, na Vergueiro, ao lado da Igreja dos Enforcados. No Saracura, no Bexiga velho, muita vela e muita comida de santo. Ela não perdia a ocasião prá mostrar o porquê das coisas: - "Mané, aqui é lugar onde muito ‘nêgo’ foi enterrado nesses matos, 'morridos ca bexiga'. Os antigos num tinha vacina qui nem hoje e eles morria ca variola ou ficava marcado 'co corpo' cheio das bereba seca, 'ca cara' toda furada. Os moço ainda sarava, mas as criança e os véio morria tudo... Minha falecida avó era cativa de ganho e contava prá gente que quando começava a 'pidemia' de bexiga, as pessoa num podia chegar perto, só quem já tinha tido e num tinha morrido. Os cadavi tinha de sê enterrado fora da cidade, bem longe porque as bexiga 'pegava'. A marquesa de Santos, D. Domitila, deu um terrenão prum cemitero na subida da Consolação , no rumo do Caaguaçu e de Pinheiros, prá enterrá a brancaiada que morria cas bôlha da varíola. Os nego, qui nem nóis, num podia enterrá no nosso cemitero da Misericórdia. Tinha de enterrá fora da cidade qui nem os branco. Os malungos, então, punha os difunto, 3, 4 duma veis, numa jangada e subia o Saracura Grande até o pé do Caaguaçu, no encontro co Saracura Pequeno e enterrava os irmão lá...Os antigo chamava o luar de 'mata da bexiga e o nome ficou".

Os despachos para o Alegbá eram feitos na chegança da Hora Grande, no maior silêncio e respeito e sempre no Largo da Misericórdia. Velas, alguidares, farofa amarela, quiabo, galinha assada, pinga, pipoca... Os atrasados que iam para a Sé ou para a Xavier de Toledo para tomar os últimos bondes, os 'negreiros', alguns ao passar pela Misericórdia apertavam os passos após uma olhada de esguelha para aquela senhora e a criança que acendiam velas e jogavam pipocas por todo o Largo da Misericórdia; alguns outros paravam um pouco na esquina da Quintino com a Direita, olhavam a cena, espantados, faziam o sinal da cruz e seguiam em frente resmungando: - ...essa negrada... Onde já se viu!... Desrespeito!...
O Largo da Misericórdia, para os paulistanos iniciados no Candomblé e na Umbanda, era, talvez, o lugar de maior respeito; sob os paralelepípedos, sabiam, havia um cemitério, o único que podia receber os corpos dos malungos; ali era o local onde se erguera a primeira igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e o campo santo. Então, todas as oferendas que devessem ser feitas na Kalunga, eram feitas na Misericórdia, rituais impossíveis nos Enforcados e suas mortes com muito sofrimento e nem na Boa Morte, prenúncio da morte na forca, a antecipação do sofrimento físico! O campo santo da Misericórdia era o único lugar da cidade de São Paulo onde os antigos m
alungos mortos repousavam em paz!
Aos 14 anos, no cumprimento de sua segunda 'obrigação', começou a sentir uma presença, algumas presenças, dizendo melhor. Assustado, só se acalmou quando Mãe Jurema explicou que, a partir de então, viveria num mundo diferente do mundo dos demais viventes, que se acostumasse. Na Igreja dos Enforcados ouvia o choro de centenas de vozes e sombras que flutuavam na noite. Na Igreja da Boa Morte, ouvia soluços, imprecações e o ruído (?) de centenas de vozes rezando... Na Misericórdia ele via, nitidamente, um homem bem vestido, sentado no calçamento ou no meio fio, fumando e acompanhando os trabalhos:
- Mãe Jurema, a senhora 'tá' vendo aquele homem sentado ali?...
- Não, não tô vendo, mas deve ser o senhor Exu Elegbá, seu pai protetor. Não se preocupe, é assim mesmo...
Você represa ou desvia o curso de um rio, é uma possibilidade; mas você não consegue parar ou desviar a marcha do tempo. Carapinha branca, Manoel Pereira da Silva se deu conta que o tempo passara voando e ele sentia que estava chegando a sua hora; os búzios foram atirados ao Taramessô e disseram que ele passaria aos 70 anos, nem mais nem menos; que se preparasse pois não haveria Axexé. Os donos de sua cabeça viriam arrebatá-lo.
Mãe Jurema já passara dos 100 anos, lúcida, cada vez mais sábia e com uma dificuldade muito grande de locomover-se. Manézinho? Pensativo, se acabrunhando sempre que ouvia no rádio um samba cantado pelo Sílvio Caldas, sentia-se retratado nos versos da canção:

"Nos olhos das mulheres,
no espelho do meu quarto
é que eu vejo minha idade.
O retrato na sala
faz lembrar com saudade
a minha mocidade..."

Pensativo, pensou. Pensou e pesou tudo o que havia feito, não feito, sentido e não sentido. Nunca magoou ninguém, era uma pessoa simpática, divertida, piadista. Era também o rei da mulherada. Deixou filhos e filhas, carradas deles, no Brás, Bexiga e Barra Funda. As mães desses filhos e filhas, negros, mulatos, sararás, filhos de diversos sangues, o adoravam, fariam tudo por ele. Na festa dos Ibejis, de Cosme e Damião, levavam as crianças para serem abençoadas por Mãe Jurema e por ele, o Manézinho das Mulheres, o pai que povoou o Vaticano e arredores e, essas crianças, crescidas, levavam seus filhos para conhecerem a bisavó e o avô e serem, também, abençoados...
Sonhou.
Exu Alegbá bafora a fumaça de seu charuto em seu rosto adormecido.
Xangô encosta seu machado de duas lâminas em seu corpo adormecido e sorri.
Yemanjá, mãe negra de fartos seios, acomoda sua cabeça em seu colo e suas mãos acariciam a carapinha branca. Manézinho das Mulheres está adormecido, mas atento em seu sono.
Diz Yemanjá: - “Meu filho, meu filho, te espero no Niger e no Zambeze...Vais conhecer todos os seus Egunguns.”
Diz Xangô: - “Você, meu filho, foi um homem justo. Foi feliz e fez a felicidade de muitos e muitas...”
Diz Exu Alegbá: - “Amanhã venho te buscar. Você foi um bom filho, sempre me respeitou... Amanhã, amanhã, amanhã...”
Uma nuvem baixa e cobre todo o cortiço enquanto milhares de fagulhas sobem de uma fogueira... Alguns dos adeptos assistem assustados como que uma sombra se materializar e correr em direção à Rua Santo Antonio. Manézinho que estava no centro de tudo, com todos os olhares postos sobre ele, simplesmente desaparece...
E nunca mais foi visto ou se deixou ver.
O barulho do bonde 5, Bela Vista, corta o silêncio da cidade que está quase toda dormindo. Luzes do Martinelli, do Banco do Estado e dos hotéis da Praça da Bandeira, o neon das Sardinhas Coqueiro na Rua Formosa, Dom Peixoto acendendo e apagando...
O Vaticano, o Geladeira, o Pombal e o Navio Ancorado, os cortiços maiores do Bexiga, em dois anos irão desaparecer...
Os despachos na Misericórdia continuarão até a morte de Mãe Jurema um ano depois...
Um dia após o desaparecimento de Manézinho, os jornais:
"A Hora": "Inexplicável: Largo da Misericórdia amanhece coberto de pipocas".
O Dia: "Centro da cidade cheirando a perfume! Largo da Misericórdia coberto por um lençol de pipocas”.
O Correio Paulistano: "Autoridades da Central de Polícia do Largo do Tesouro afirmam que irão investigar o insólito acontecimento..."
O Estado de São Paulo: Manobras diversionistas do P.C. assustam a população de São Paulo...
Ah, minha São Paulo, quais mais mistérios escondes?


Por Joaquim Ignacio de Souza Netto

17 comentários:

Wilson Natale disse...

JOCA: São Paulo é uma cidade multifacetada e tem todos os mistérios já descoberto e por descobrir.
Você mesmo nos trouxe com o seu texto uma Cidade que falava Iorubá e transitava pelos mistérios do Candomblé, da Umbanda e Quimbanda. Gente que nunca abriu mão ou perdeu suas raízes.
E um dos mistérios da cidade e que poucos conhecem está junto a Igreja do Rosário dos homens Pretos, no Largo do Paissandú: É a estátua da Mãe Preta. Nela, mais que a escrava nutriz, está a personificação de Yemanjá.
Linda narrativa, Joca! E emocionante.
Abração,
Natale

Miguel S. G. Chammas disse...

Saravá mizi fio!
Adoia minha mãe, Kaô cabeciele. Ignácio vc nos levou com este texto aos profundos do sincretismo.
Falou de minha mãe, de meu pai, e me fez lembrar em saudá-los mais uma vez!
Obrigado amigo.

Laruccia disse...

Magnífica descrição de uma crença enraizada no espirito brasileiro. Confesso que desconheço totalmente os segredos destes mistérios e agradeço a vc por me pôr ao par certos exemplos de ocorrências relativas ao camdonblé. Gostei da reprodução da fala da mãe de criação do desaparecido. Parecia que estava ouvindo uma velha negra que conheci a muitos anos. Sua narrativa bem estruturada tem a magia de reter o leitor até o fim do texto. Parabéns, Joaquim.
Laruccia

Luiz Saidenberg disse...

Belo texto, Ignácio, sobre as religiões afro na cidade de São Paulo. Realmente o mundo, mesmo espiritual, é muito mais complexo e vasto do que normalmente supomos!
Já a história da igreja do Rosãrio no Lgo.do Café era minha velha conhecida.Saravá, Misi Fi! Um abraço.

joaquim ignacio disse...

Saidenberg, nos anos 1700s, foi criada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos para atender aos malungos "convertidos" ao cristianismo católico;com a "conversão" eles adquiriam o direito de ter uma alma e, quando de sua morte poderiam, então, ser enterrados em um cemitério cristão (contanto que fosse só para negros!). A capela e o cemitério ficavam nas proximidades do Colégio, nos fundos da Santa Casa de Misericórdia, daí o nome atual do Largo da Misericórdia. Quanto ao texto, há 90% de ficção e 10% de pesqusa ou conhecimento. Verdadeiramente não sou um expert no assunto.
Obrigado pelo comentário e um abraço
Ignacio

Luiz Saidenberg disse...

Bela ficção, então, Ignacio.
Conseguiu transformar a crença num belo conto, digno dos Mistérios Paulistanos! Abraços.

Wilson Natale disse...

A TODOS:
O Joca trouxe até nós um pouco da história dos africanos nesse texto. Atravéz dele vamos passeando por uma Cidade que não existe mais.
Passeamos pelo Largo da Misericórdia onde, na esquina da Rua Direita com a hoje Rua Álvers Penteado, ficava a Igreja da Misericórdia (demolida em 1888). Invadimos a igreja, onde os irmãos da irmandade sepultavam os pobres, os desvalidos e os escravos, forros ou não. Nela está o embrião da hoje Santa Casa de Misericórdia. Graças ao esforço dessa irmandade surge o Cemitério dos Aflítos, no hoje Bairro da Liberdade.
Ai, nesse largo, um negro forro, apelidado de Thebas, hábil construtor, fez um chafariz e, em torno dele, o pequeno largo tornou-se movimentado. Nele, os negros enchiam as pipas de água; negra vendiam guloseimas, Ali, Mães de Santo eram contratadas para tirar "Ziquiziras", para benzeduras. Alí buscavam amas de leite e as quituteiras.
Alí, na tradição afro, era a "pemba" de Xangô e o templo era de Iansã.Dizem que a demolição do templo descontentou os deuses d'África. Tanto que as contruções feitas naquele solo sagrado, sofriam incendios inexplicáveis. O mais famoso incêndio foi o da Casa Allemã.
(continua)

Wilson Natale disse...

(continuando)
A Igreja da Boa-Morte era o templo da tristeza. Para alí iam os familiares e os supliciados e condenados. Dalí saiam os escravos e os livres condenados à chibata para o Largo do Pelourinho (hoje 7 de Setembro); dali saiam os condenados à forca, rumo ao Morro da Forca (Hoje Praça da Liberdade).
Nessa Igreja rezava-se pelos "eguns" (mortos) e na tradição afro, era território de Oxossi.
(continua)

Wilson Natale disse...

(Continuando)
Em frente à Sé e seu pátio, começava a Rua Manoel Paes de Linhares e, no fim dessa rua surge a Igreja do Rosário (1728). E a rua passa a se chamar Rua do Rosário dos Homens Pretos, depois, do Rosário e, mais tarde irá chamar-se Rua da Imperatriz e se tornará, com a república, em Rua XV de Novembro.
A igreja deu nome ao largo - do Rosário, hoje Praça Antonio Prado, no local onde hoje está a Bolsa de Futuros.Nasce a Igreja, nasce o Largo e nasce o cemitério... E o Rosário nada mais é do que oferendas de rosas à Imaculada Conceição... Yê-manjá, tem seu castelo.Ficaram famosas as procissões dessa irmandade. Suas festas de reis, as congadas, o tambaque, as festas do Espírito Santo que adentraram pelo século XX. No Rosário surge à ñossa visão, a evolução da sociedade afro-brasileira.
O progresso exigiu o alargamento e remodelação do Largo do Rosário. Em 1902,demoliu-se a igreja, removeu-se-lhe o cemitério contíguo e a Senhora do Rosário renasceu no Largo do Paissandú.
Há quem diga que não é bom ficar na Praça Antonio Prado quando anoitece. É que os "eguns" continuam por lá, em busca de suas sepulturas. E os "exús" não gostam que se passeie pelo beco do Rosário, hoje Rua João Briccola...
Abração,
Natale

margarida disse...

Acredito que São paulo tem suas crenças diferenciadas, é só olhar para trás e ver a nossa historia. As marcas ficaram em alguns pontos da cidade e com certeza temos a explicação para cada uma. Parabéns pelo texto.

joaquim ignacio disse...

Natale, obrigado.
Um abraço do malungo Ignacio

Arthur Miranda disse...

E eu pobre mortal que ignorava toda essa historia, agradeço você Ignácio, a você Natale, por esse farto material informativo altamente misterioso vocês são uma versão humana do Google.Parabéns

suely aparecida schraner disse...

Que aula! Eu gostei. Parabéns!

Soninha disse...

Olá,Ignácio!

Perdoe-me a demora...
Sampa com seus mistérios e ecom seus encantos.
Que riqueza de texto, este seu... E ficou ainda mais bonito com a soma dos comentários de nossos amigos.
Valeu!
Obrigada.
Muita paz!

joaquim ignacio disse...

Natale, quero felicitá-lo e agradecer pela grande contribuição que vc fez com sua explanaçao sobre as crenças e rituais dos malungos de São Paulo, o que deixou meu texto mais compreensível para uma boa parte das pessoas que leem o que escrevo. Vc situou muito bem locais e causas de certas atitudes e procedimentos dos antigos malungos, no entanto nada acabou, as coisas continuam e agora há um 'revival' de tudo com a imigração de pessoas da Nigéria e do Benin e sua fixação em nossa cidade.
Agradeço novamente e lhe mando um abraço.
Ignacio

Wilson Natale disse...

JOCA: Não vc não tem que agradecer. Sou eu quem agradece. Por essa oportunidade de falar um pouco sobre os africanos.
O que fiz aqui foi dar resumidas informações históricas e um pouco da tradição oral passada pelos africanos através das gerações.
Resumidamente falei dos africanos, enquanto escravos, forros ou libertos; falei de tradições orais e logradouros hoje desaparecidos ou modificados. Omiti apenas o largo do Piques - de triste memória - onde os africanos eram vendidos aos fazendeiros.
Poderia falar mais sobre o Rosário dos Pretos e seu entorno, assunto que daria vários livros.
Tradições e História dos Africanos. Poderia falar da figura apaixonante é humana que é o Luiz Gama, falar de outros tantos.Poderia também falar dos africanos se afirmando mais e mais como RAÇA e a sua evolução para o estado de igualdade... Tanta coisa...Tanta coisa que o seu texto emocionante trouxe de volta à minha memória! Então, sou eu quem tem que agradecer.
E, veja você que nada acontece por acaso. Mandei à Soninha há alguns dias, um texto sobre o insólito onde o personagem principal é Sinhá Francisca, mulher negra que nos contava historias desta São Paulo Assombrada. Lembrando de Nhá Chica, pensei em escrever sobre os afros de S. Paulo. Ai veio você e nos deu esse excelente texto.
Parabéns, abração e muito obrigado!
Natale

Zeca disse...

Joaquim!

Li de uma só vez este belíssimo texto e confesso que fiquei aflito ao perceber a aproximação do ponto final.
Mas, como todo texto de excelente autoria, provocou e atiçou as memórias e até mesmo as crenças de todos nós. Tanto é que foi brilhantemente complementado pelos acréscimos do Natale.
E eu, que já me tornei fã dos seus escritos, fico à espera de mais, muito mais! Que venham novos textos! Eu, como presenteado, agradeço!

Abraço.