segunda-feira, 22 de agosto de 2011

E por falar em saudade


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É com muita alegria que trazemos o texto de nossa querida amiga, Márcia Saidenberg, engrossando nossas fileiras e comprovando a veia artística da família Saidenberg.
Entrego-lhes, com meu carinho de sempre.
Muita paz!

Lendo o texto do Zé Carlos Navarro, também nós ficamos no mesmo labirinto de emoções.
Mas, um conselho meu amigo: NUNCA, NUNCA mesmo retorne aos lugares que lhe foram felizes, dona Saudade tem um prazer brutal em derreter as cores e formas das nossas belas lembranças! "Volver a los diecisiete, despues de cumprir um siglo..." assim canta Mercedes Soza, e é assim que parece que nos sentimos ao retornar aos lugares da infância ou da juventude...
A saudade da fé, das esperanças nos sonhos e desejos realizados, todas as ilusões como nuvens brancas bailando pelo cérebro, lembranças que não se apagam. Voltar, como se fosse possível inverter a ordem natural do “Vamos em frente que atrás vem gente!” Nunca um rio percorre o mesmo caminho, diz um dito popular e assim somos nós.
Crescemos. Física e espiritualmente. Nunca ficamos no mesmo lugar, mesmo que pareça loucura para alguns. Pode-se ficar até no velho endereço e lugar do mundo, só que nunca somos os mesmos, a cada dia, vamos burilando-nos, banhando-nos nas substâncias dos sentimentos e ações de cada dia e é ai que a mágica acontece.
Vamos encarando nossos desafios, amparando os que nos são caros , aprendendo a difícil tarefa do perdão. Perdoar a nós mesmos. Perdoarmo-nos por não sermos aquele super-herói/heroína que sonhamos na juventude. Desculpar aquele super humano que tropeça em si mesmo, caindo como uma criança, necessitado de carinho e atenção.
Afinal somos crianças ainda? Somos ainda adolescentes rebeldes? Somos madurões completamente imaturos? O que somos? No que nos transformamos com o tempo passando? Que estranha crisálida esta que é a vida! Ainda sairemos borboletas algum dia...
A vida vai nos levando pelos caminhos, enredando-nos no nosso script, destino. Deus vela por nós. Somos suas crianças crescendo na escola da vida. Somos ovelhinhas perdidas do Bom Pastor. Somos o filho pródigo.
E Ele nos ampara sempre, de braços abertos . Generoso nos oferecendo a vida, em desafios e experiências; os amores; os filhos; os amigos; as flores; animais; a natureza que nos nutre o corpo físico e espiritual.
Somos teus filhos, Bom Pai da Vida, retornaremos a Ti.
Oxalá melhores, oxalá melhores...

Por Márcia Saidenberg


9 comentários:

Zeca disse...

Belíssimo texto, Márcia!

Nada como vivermos o hoje, preparando-nos para o amanhã e deixando, do ontem, todas as boas coisas e lições que é o que conta nesta vida.

Aguardando um novo texto, deixo o meu

abraço.

Miguel S. G. Chammas disse...

Marcia querida, li teu texto e me sobrou a dúvida.
O genes da literatura é transmissível?
Em caso afirmativo, no casal Saidenberg quem o passou para quem?
Querida, posso garantir que sua estréia neste blog está sensacional.
Teu texto não é de amadora, é de uma profissional acostumada a domar palavras e temas.
Parabéns!

Soninha disse...

Olá,Márcia!

Seja bem vinda entre nós!
Fique surpresaao receber seu texto,pela beleza, pelo conteúdo,pelo tema e por seu modo de escrever...parece que estou vendo você falar...
Um dia sairems borboletas,com certeza... Borboletas radiantes,perfeitas,e dispostas a voar rumo ao infinito,à perfeição!
As vezes, a saudade é algo bom de sentir,quando sabemos fazer dela um canal feliz para lembrarmos de nossos entes queridos e das coisas boas que ajudaram a construir nossa vida.
Valeu,Márcia!
Obrigada.
Muita paz!

Luiz Saidenberg disse...

Parabéns, querida.
Belo texto movido por seu bom coração, que, ao contrário do dramático texto do Navaro, espero que nunca se desligue, esteja sempre ligado a mim.
Beijos.

Márcia Saidenberg disse...

Queridos amigos
Agradeço o carinho que me recebem!
Abração à todos,
Márcia

marcia ovando disse...

Parabéns pelo texto
Bem vinda!
abraço

Laruccia disse...

Muito bem, Márcia enfocando um acontacimento na vida, aparentemente banal, vc analisa profundamente as nuances que a vida de um indivíduo apresenta, no decorrer de sua existência. Sem se aperceber as alterações que ocorrem com ele. Num piscar de olhos, já somos diferentes, imperceptíveis mas, somos outros. Parabéns por esse início de atividades e estamos aguardando mais.

Laruccia

Modesto disse...

Desculpe, Márcia é "focando" e não "enfocando". Ou não?... agora estou na dúvida, me ajude...
Modesto

Wilson Natale disse...

Márcia,
Texto primoroso!
O passado só é prazeiroso quando o levamos conosco qual bagagem. E triste quando o carregamos como fosse um fardo.
E você tem razão: a vida não para. Segue em frente, levando a nós e todas as nossas idades junto com ela,até chegarmos ao nosso destino que, com certeza é a Luz.
Bem-vinda, cara amiga!
Abração,
Natale