segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O beijo


imagens da internet: Cine Metro; Praça Ramos (leiteria Paulista); Fonte das Lagostas

(Texto de 1995)
Cenário: A frente de um cortiço, no Bairro de “Desire”, em New Orleans.
Cena final - dramaticidade intensa.
Kowalski chora e grita desesperadamente:
- “Stella”!... “Stella”!... “Stellaaaaaaaaa”!...
A câmera se afasta lentamente para um plano geral.
“Fade” (escurece a tela). Aparece o “The End”…

Ahahahahahahaaaaaaaaaa!!!

Eu caio na risada. Não pelo filme, “Um Bonde Chamado Desejo”, que é trágico e amargo. Ri porque ele reavivou uma lembrança que eu nunca esqueci, esqueço e jamais esquecerei.
Peguei o controle remoto e rebobinei a fita.
Enquanto fazia isso fui garimpando retalhos de memória.
E não duvido que o fato de gostar de tudo que o Tennessee Williams escreveu, gostar da Viven Leigh e do Marlon Brando esteja ligado a esse pedaço do meu passado...
1960 – Eu tinha 12 anos e, acompanhado por adultos já frequentava os cinemas do Centro e, em uma dessas idas aos cinemas centrais, o personagem principal foi a minha amiga Drubrafka, cujo apelido familiar era “Koka”...
Um aparte:
A Koka veio pequenina, diretamente da Jugoslávia para o Brasil. Estudávamos no mesmo Grupo Escolar e continuamos a amizade pela vida a fora. Éramos amigos e vivíamos um na casa do outro. E nossas famílias acabaram por fazer amizade.
Vivíamos para cima e para baixo de mãos dadas, meio que agarradinhos um no outro. E, claro, trocávamos um milhão de beijinhos na face. Tudo muito ingênuo e espontâneo. Diziam os meus familiares e os dela que nós estávamos namorando. Se estávamos namorando, nem eu e nem ela sabíamos. Mas que havia alguma coisa entre nós, isso havia. Junto dela eu sentia algo estranho, gostoso, que não sabia definir. Fosse hoje, eu diria: “Estou apaixonado”!
Continuemos.
Eis que, num sábado, a mãe da Koka – e a Koka – veio à minha casa avisar aos meus pais que, no domingo cedo, me levaria ao cinema. Iríamos à matinê do Cine Metro, que estava apresentando, durante os domingos daquele mês o Festival Walt Disney. Íamos assistir “Cinderella”.
Antes das dez horas da manhã já estávamos na Cidade, passeando pelas ruas e olhando as vitrines (naquele tempo ainda fazíamos isso. Depois de 68, as vitrines foram escondidas atrás de portas de aço corrugado.).
Lá pelas onze horas estávamos fazendo um lanche na Leiteria Paulista, na Xavier de Toledo, quando apareceu um casal, amigos dos pais da Koka. A mulher estava eufórica. Comentou que iam ao Cine Rio Branco rever o filme “Um bonde chamado desejo”, filme que há muito não passava nos cinemas. Eufóricos também ficaram os pais da Koka. Adorariam rever o filme. Mas, o que fazer, pois a película era proibida para menores (18 anos). Pensaram, repensaram, confabularam e resolveram!
Colocaram, eu e a Koka, dentro do Cine Metro, com a recomendação que, quando terminasse a sessão, esperássemos por eles junto à bilheteria do cinema e lá se foram para o Cine Rio Branco.
Dentro do cinema fomos direto à “bombonière” comprar nossos doces preferidos e, em seguida, procuramos um bom lugar na platéia.
Começa a filme... Na penumbra a Koka se aconchega junto a mim e coloca a cabeça no meu ombro. Eu prendo a mão dela na minha e ficamos a ver Cinderella.
De repente, senti algo estranho. Algo além da minha eroticidade de pré-adolescente. Algo que ia de um sentimento puro e indefinido ao desejo. Era algo mais que sexo.
Vez ou outra a Koka levantava a cabeça dos meus ombros e me olhava nos olhos com os seus olhos azuis hipnóticos.
Senti um misto de agonia e ansiedade. E a maciez daquela mão entre as minhas, o perfume que emanava daqueles cabelos louros levaram-me à loucura.
Foi quando aconteceu o meu primeiro beijo dado em uma boca...
Com uma forte taquicardia e fora de controle seguro a cabeça da Koka entre as minhas mãos e dou-lhe um tremendo beijo na boca. Beijo correspondido... Eu tremia dos pés à cabeça.
Tá certo que o meu primeiro não foi bem um beijo. Foi mais uma trombada de lábios, um bater de dentes - doeu. Não foi bem um beijo, concordo... Foi mais um morder. Mas foi o primeiro. E, marcou-me para sempre, nesse beijo mal dado, o gosto da saliva quente - sabor dropes de hortelã e o calor dos lábios macios... Muito mal dado mesmo, esse beijo inesquecível.
Finda a sessão, saímos e ficamos a esperar os pais da Koka. Mas, estávamos nas nuvens. Impossível de se ficar parado. De mãos dadas, fomos olhar a Fonte das Lagostas, na Praça Júlio Mesquita, depois fomos à Praça da República, onde trocamos mais alguns beijinhos (a prática leva à perfeição) e voltamos para frente do Cine Metro. Lá estavam os pais da Koka, apreensivos, loucos da vida. Voltamos para casa ouvindo bronca sobre bronca.
Modo mais triste de se sair do paraíso dos sonhos para o inferno da realidade...
E ai? Alguém mais ainda se lembra do seu primeiro beijo? (risos)

Por Wilson Natale


32 comentários:

joaquim ignacio disse...

Natale, claro que eu me lembro do primeiro beijo. Ainda posso vivenciar aquele arfar do peito, a respiração acelerada, o suor das palmas das mãos, o medo de alguém estar vendo e ir contar lá em casa...
Êta tempinho bom...
No domingo, a confissão envergonhada ao padre da igreja, "será que esta comunhão está valendo? Eu não quero ir pro inferno..."
Ah!, essas as boas recordações que remexem aqueles arquivos secretos em nossas mentes...
Ignacio

Miguel S. G. Chammas disse...

Natale, meu primeiro beijo de verdade aconteceu no elevador do predio da Rua Senador Feijo, 58. A minha comparsa nessa aventura foi minha primeira namorada. Seu nome? Nilza Chacom Pèreira.
Garanto foi muito bom e esquecivel....

Soninha disse...

Olá, Wilson!

Que bacana...estas recordações, todos as temos, né?!
O beijo, no escurinho do cinema...putz...tudo de bom ponto com!
Mas, o meu primeiro beijo foi na rua mesmo... Voltando do "bailinho" o garoto que me acompanhava parou bruscamente e me tomou pela cintura, já tocando em meus lábios, pedindo silêncio e beijando suave... depois outro, em seguida, mais longo e úmido. Foi bom demais!
Toda a emoção ficou guardada só para mim e a lembro até hoje.
Bacana, né?!
Valeu, Natale!
Obrigada.
Muita paz!

Luiz Saidenberg disse...

Bela história, Wilson, ainda mais que ligada ao mítico Centro paulistano de então. Se fosse hoje, ao passar pela Pça. Julio de Mesquita la´se ia o encantamento, vendo os miseráveis e a bela fonte que teve suas lagostas devoradas por eles...primeiro beijo é como a história do Primeiro Sutiã, da WBrasil. Como esquecer. O meu, bem menos casto, foi dado em idade bem menos precoce, no tb mítico Marinelli, onde tinhamos um studio de desenho. Abraços.

Luiz Saidenberg disse...

Scusate la mia digitazione! É MarTinelli. Sim, o fabuloso edifício rosado.

Arthur Miranda disse...

Meu primeiro beijo, aconteceu aos 18 anos e foi no portão da casa dela, minha namorada, ela que hoje é mãe dos meus filhos, com a qual vivi casado 45 anos.
Bem romântico, essa sua narrativa, parabéns.

Wilson Natale disse...

JOCA: Eita que o o Joaquim foi queimado pelo fogo das paixões. Foi flexado por Cupido...
Para que torturar o pobre padre contando-lhe o seu primeiro beijo?
O coitado deve ter se perdido na própria lembrança do primeiro beijo.
Agora, confessar-se para quê?... Eu pensei que, como eu, você rezasse pela "cartilha do padre Ignacio"!... Ahahahahaaaaaa!
Valeu Joca!

Abração,
Natale

Wilson Natale disse...

MIGUEL: Putz!...Só faltou você passar o RG e o CPF da donzela osculada! Ahahahaaaaaaa!
Bom lembrar o primeiro beijo, né?
A gente "pensa" que esqueceu, mas ele está lá, bem escondidinho no fundão da memória.
Valeu!
Abração,
Natale

Zeca disse...

.

Natale!

Erotismo durante a apresentação do filme "Cinderela"?! Putz! Garanto que os psicólogos teriam teses e mais teses a desenvolver em cima disso!
Mas valeu! E muito! Acabou tornando-se um belíssimo conto de amor, muito bem construido por você! E tenho certeza de que, bem lá no fundo, ainda sente aquele sabor único desse beijo quase virginal...
Eu, como era um namorador muito sapeca, desde os dez anos já andava atrás das menininhas da escola e foi uma delas, a Sandrinha, quem me proporcionou essa divina experiência. Não tão pura, nem tão casta quanto a sua, mas ainda assim, uma experiência inesquecível.
Lembro que senti um comichão inexplicável na parte sul do meu corpinho de menino quando ela, um pouco mais atrevida que eu, me empurrou para um canto do grupo escolar onde fazíamos o quarto ano primário e colou seus lábios aos meus e assim ficamos por infinitos segundos, até que nos separamos - eu com as pernas bambas e uma ereção também inexplicável; ela eu não sei, pois saiu dali correndo, se trancou no banheiro das meninas e de lá só saiu na hora de voltar para a sala de aula, sem olhar para o meu rosto. E eu todo bobo, querendo mais... o que consegui na hora em que voltávamos para casa, ao passarmos por uma trilha no meio de um matinho baixo, que havia na beira do campo de futebol que atravessávamos todos os dias de mãos dadas. Daí para a frente, era beijo todos os dias - na ida para a escola e na volta. Até sermos descobertos por alguns colegas de classe que andavam desconfiados há algum tempo. E foi aquela gozação toda: "Tão namorandooo! Tão namorandooo" - que nos matava de vergonha e, a mim, confesso, de orgulho... risos.
Como vê, caro amigo, você me despertou tão deliciosas lembranças que, se não me policiar, vou continuar escrevendo aqui até este comentário virar um conto também... risos.

Abração

.

Wilson Natale disse...

SONINHA: Uááuuu! O seu foi o melhor dos beijos: UM BEIJO ROUBADO!
Eita coisa boa de se lembrar!
Abração,
Natale

Wilson Natale disse...

SAIDENBERG: Liga não! Martinelli e O edifício e Marinelli, O artista.
Fosse hoje a cena e o primeiro beijo, eu não ia me importar se a Julio Mesquita fosse a Cracolândia e se a fonte fosse das lacraias... Ahahahahahahaaaaaaaa!
Ps:- Espero que a beijada não tenha sido a fantasma loura que circula pelo 15º andar.(risos)
Abração,
Natale

Wilson Natale disse...

ARTHUR: Ô coisa boa! Um beijo único perpetuando outros beijos únicos.
Abração,
Natale

Wilson Natale disse...

ZECA: Que Cinderella? Ahahahahaaaa!
A verdade é que o filme não me importava. Importava sim, estar junto a Koka.
E o beijo foi tão expontâneo e consensual que não havia como rsistir.
"Coisdeloco"! Cupido estava a todo o vapor naquele dia.
Abração,
Natale

joaquim ignacio disse...

Natale, nem tanto o Osmar e nem tanto o enterro... Eu venho de uma época religiosa bastante repressiva, quando o Catecismo advertia que a gente pecava por pensamentos, palavras e obras, quer dizer, cercado pelos 7 lados, não havia como escapar. Prá começar, estudei no Santo Agostinho e no São Luiz, padres à dar com pau! Os Agostinianos, todos espanhóis, bascos ou catalãos, tinham um esquema meio chegado à Torquemada, a guerra contra o pecado combatida a bordoadas, tapas e "cintadas" (usavam uma espécie de cilício de couro por sobre batina). Os Jesuitas, por sua vez, já eram um pouco mais liberais (eu já era mais velho e mais contestador, claro!)e, só então eu consegui me libertar de meus melindres... mas aí eu caí na gandaia de vez, farra que durou até meu casamento com d. Odete.
Abração do Ignacio

Wilson Natale disse...

JOCA: Eu tinha uma professora de catecismo - que devia ser travadona - que nos acenava "torquemadamente" com a fogueira da Inquisição e o fogaréu do inferno... Mas, medos à parte, fiquei com o pensamento católico dos meus ancestrais napolitanos:
"Far l'amore nun'è nu pecato. E na indulgenza! (Fazer amor não é um pecado. É uma indulgência! Ahahahaaa!
E o meu outro lado calabrês resolve tudo com dinheiro:
"Pret'a quant e cost es pacàd? dit, ipag a vu! (Padre, quanto custa este pecado? Diga, eu pago ao vós!...
Veja você aonde eu fui "amarrar a minha égua"!
Acha que eu ia acreditar na professorinha "travadona?
Ahahahahahaaaaaaaaa!!!
Abração,
Natale

Laru disse...

"Ma che bella situazoni, caro Natale, dopo il baccio, una fregata di altissimo stilo. Il primo baccio no si dimenticare mai piu." Aí Wil, vc é um beijoqueiro já bem curtido. Mostrou as garras logo nos primeiros anos. Afinal, deu alguma coisa, vcs não chegaram nem "ficar"?. Mesmo assim, foi um ótimo início de vida amorosa. Parabéns, Natale.
Laru

joaquim ignacio disse...

Apenas uma correçãozinha relativa à ilustração correspondente à Pça Ramos: a foto é do prédio do Mappin Stores da década dos 30s na Pça do Patriarca, entre a Direita e a Quitanda. Em seus últimos anos abrigou a Rádio Piratininga e escritórios escuros e misteriosos... Do prédio ficaram apenas fotos e o relógio que continua instalado no prédio do antigo Mappin, este sim, na Pça Ramos.
Ignacio

Wilson Natale disse...

`LARÙ, caríssimo!
Stato il mio primo "vasio"! (beijo em napolitano)

Nada como um beijo de verdade na boca. Não ficamos, não. Mas até hoje somos grandes amigos. Mais que amigo, irmãos! Coisa que não vemos muito atualmente.
Até as amizades hoje são descartáveis!

Abração,
"Nu vasio in testa"! (Um bejo na testa!Vasio se pronuncia vássio.
Natale

Wilson Natale disse...

JOCA: Deve ser difícil achar fotos do Mappin -Ramos de Azevedo. Vou procurar nos meus arquivos e enviar para a Soninha.
Você sabia que este Mappin da foto,confunde até hoje muita gente? Antes dele ser Mappin-Praça Patrianca, antes de existir a praça, ele era o Mappin - Rua São Bento.
Abração,
Natale

Luiz Saidenberg disse...

Natale, trabalhei por dois anos no Martinelli, e não soube lá de nenhuma loura fantasma, naquela década de 60...soube, sim, da mítica loura do banheiro escolar, que até hoje, pasmem, assombra todo colégio paulistano, com algodão nos ouvidos.
E a moça era pequena, morena, e garanto, bastante viva. Abraços.

Wilson Natale disse...

SAIDENBERG: Ainda bem!
São as Lendas Urbanas do Martinelli.
A primeira refere-se a uma menina que assombra o lado que pertenceu ao antigo Hotel Glória. Depois veio o fantasma do menino que foi assassinado lá.
A tal Loira aparece assombrando o prédio desde os tempos em que ele virou um cortição.
A mais recente é contada pelo zelador. Diz ele que, a cada andar que sobe pela escada, o elevador o acompanha...
Que tal a gente, por via das dúvidas colocar um fraldão geriátrico e ir lá constatar...
Ahahahaaaaaa!
Abração,
Natale

Memórias de Sampa disse...

Queridos amigos!

Já troquei a imagem do Mappin.
Agradeço ao Ignácio que observou e ao Natale que me enviou a foto certa.
A outra imagem eu havia encontrado no Google e lá a descrevia como o Mappin da Praça Ramos. Me perdoem.
Felizmente, foi corrigido.Uma vez mais, obrigada!
Muita paz a todos!
Bjssssssssss

Miguel S. G. Chammas disse...

Amor, diz pra essa valharada que vc só errou por que ainda não era nascida nessa época.

Wilson Natale disse...

SONINHA: Valeu! Não precisava, mas valeu.
Essa foto que mandei, eu garimpei, tem muitos anos na internet.
Aproveito também para dizer a você que, precisando de fotos antigas, mande e-mail com antecedência, ai eu procuro e lhe envio.
Deixa eu ter um tempinho, que tiro cópia dos meus arquivos e mando para você arquivar em CD.
Abração,
Natale.

Wilson Natale disse...

MIGUÉ: Eu não sou velharia. Sou sim uma linda antiguidade.
Ahahahahaaaaaaaaaaaaaa!!!
Entendeu "coroa"! Ahahahaaaaaaaa!
Abração,
Natale

joaquim ignacio disse...

Sonia, tudo bem? O Miguel matou a charada quando nos chamou de "velharada". É forte e eu acho um pouco pesado. Preferimos ser chamados pela sigla que é famosa mundialmente: CSI (Clube dos Senhores de Idade)... Aliás, quero avisar que abriremos processo contra o Bruckenheimmer que tem usado a sigla para dar nome às séries de TV que ele escreve e produz...
Abraço do Ignacio

Luiz Saidenberg disse...

Não preciso de tal fraldão, Wilson.Já fiz tal retorno, 50 anos depois.
Por conta de eu haver escrito sobre o Martinelli, a reportagem da Bandeirantes levou-me lá para uma entrevista.
Percorri boa parte do prédio, velho conhecido. Revi meu andar, o 19o. e minha sala, a 1922, que não mais existe. Tudo lá foi transformado em grandes repartições públicas, assépticos espaços sem paredes, que nem mais comportariam qualquer fantasma. Mas, havia uma loura, aliás, muito bonita, pertencente ao Contran, que foi uma de minhas recepcionistas.
Não houve beijo, y otras cositas más, como no outro caso, mas foi uma visita muito agradável. Pena que ao fim de tudo isto a reportagem não tenha saido...

margarida disse...

Natale, sua historia do beijo traz revelações antigas e prazerosas. Pensei que lembrar do primeiro beijo fosse apenas sensibilidade das meninas, mas percebi que não, que coisa boa! Meu primeiro beijo aconteceu no cinema, ele foi meu primeiro namorado. Depois de muitos anos nos reencontramos e atualmente somos grandes amigos. Um grande abraço.

Wilson Natale disse...

MARGARIDA: A beleza do primeiro beijo sempre fica. Mesmo escondido em nossas lembranças ele está lá, inteiro e intenso. Beijo bem dado, mal dado e primeiríssimo a despertar em nós a paixão.
E todos nós tivemos o nosso primeiro. Pena que quem beijamos, salvo excessões, tende a virar amigo (a).
E todos nós vamos sempre lembrar com assombro e encantameno o beijo
que primeiro que demos ou recebemos.
Abração,
Natale

lourdes cecilia disse...

Claro que me lembro! Foi em Santos na beira da praia, eu tinha 14 anos. Apenas dois lábios que se encostaram, mas, eu não dormi a noite inteira pensando naquilo e nunca me esqueci.

Wilson Natale disse...

LOURDES: É assim mesmo! A algo de mágico. Por quê não dizer divino, no primeiro beijo. O mundo muda, a vida muda e nós, com certez mudamos também.
Valeu o comentário,
Abração,
Natale

Wilson Natale disse...

A TODOS: Nesta foto do Mappin postada acima temos um pouco da História do Brasil. Nela, vemos a grande loja de departamentos toda decorada festejando a inauguração de Brasília. Lá se vão 51 anos...
Abração,
Natale