quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Terminal de Trem CPTM - Estação da Luz - São Paulo/Jundiaí Trem de Turismo

imagens cedidas pelo autor: Estação da Luz e Ferrovia CPTM - Santos/Jundiaí
Todo dia, naquela maldita hora
que martírio, que agonia
retornar, ir embora...
Desce a noite,
trazendo garoa e neblina

É gente que chega, é gente que vai...
Mas que importa tudo isso?
Importa ficar, permanecer e eternizar...

As horas não param, mas deveriam.
Relembrar momentos...
Bem bom viver,
E não ter receios,
Seus seios são belos

Quem sabe "lê" nas entrelinhas...
porém nada diz, nada fala, mas observa
Talvez nas estrelinhas... Talvez esteja escrito nas estrelas

O trem parte... Levando
e devolvendo pessoas e destinos
Esse trem também parte muitos corações,
sem perguntar, sem consentimento
O trem separa pessoas
e nunca para, mesmo que se peça

Trem que leva gente pra longe
Traga esse povo de volta...
Há corações a espera.

 

Por Luigy - Luiz Carlos Marques

10 comentários:

margarida disse...

Luigy,na estação é um vai e vem e o trem que leva é o mesmo que traz; ele separa mas também une;é tristeza para quem fica e alegria para quem chega. Que ele traga logo quem se espera e acalme os corações aflitos.Meus parabéns e um grande abraço.

Miguel S. G. Chammas disse...

Luigy, seu poema me lembrou de uma antiga musica do nosso cancioneiro que dizia assim: O trem de ferro/ chegou na estação parou/ bebe ágia quando quer/ bebe ágia quando quer...
Parabéns por atiçar nossa memória com uim poema tão bonito.

Soninha disse...

Olá Luigy!

Seja bem vindo entre nós!
Este poema me levou de volta à infância querida,quando sempre viájamos de trem para o interior de São Paulo,para a casa de minha bisavó,nas férias escolares...era bem legal!
Também lembrei da canção do Milton Nascimento"Encontros e Despedidas".
Segue um techinho:
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida...

A hora do encontro
É também, despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...

la la la la la la la la ...

Wilson Natale disse...

Luigy, benvenuto!!!
O que seria da partida se não hovesse saudade? O que seria da saudade se não houvesse partida?
O que seria de nós? Sem esperança e sem a a alegria das chegadas que nós fazem esquecer as partidas...
Lindos versos! Gostei!
Abração,
Natale

Arthur Miranda disse...

Luigy, benvenuto! Um poeta entre nós! o trem bom sô (como fala o minero), Como é gostoso recordar as viagens de trem, seu texto me levou de volta ao passado a viajar sossegado pela Santos a Jundiaí, Parabéns

Modesto disse...

Uma poesia ferroviária com lampejos de saudosa memória do tempo da "Maria Fumaça". Versos que, sê possível, devem ser declamados ao som da música de Villa Lobos, "O Trenzinho do Caipira". As partidas e chegadas, sempre tem sabores de alegia e tristeza. Parabéns, Luigi.
Modesto

Anônimo disse...

Sem palavras...

Zeca disse...

.

Luigy!

Seja bem vindo ao grupo! E com uma bela poesia na estréia, é de se esperar por outras... e que estas outras inspirem outros poetas...
Parabéns!

Abraço

.

Unknown disse...

Olá Miguel S. G. Chammas.
Minha esposa lembrou hoje desta música. Ela gostaria de saber o nome da música e a letra toda se você souber.
Abraços
Jaime Augusto

Luigy Marks Yang disse...

Será que a música que o Jaime quer é essa? "São,São Paulo" - Música de Tom Zé que ganhou um premio no festival.

São, São Paulo
Tom Zé

São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de rouge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Santo Antonio foi demitido
Dos Ministros de cupido
Armados da eletrônica
Casam pela TV
Crescem flores de concreto
Céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo

A outra música é:
"Descendo a Serra" - Guilherme Arantes.
http://www.youtube.com/watch?v=ELsDJHeLvZ0&list=TL2LEM1fy7zvA

"Tirei um dia de Sorocabana
bebi cada quilometro medicinal
ali, na beira matagal da linha
eu sempre iria embora
Peguei o meu amor e fui descer a serra de convescote, de beija-flor,
de roupa velha , vento e vapor
Grato pelo toque,

Abraços,
Luigy