domingo, 6 de novembro de 2011

Memórias saborosas


imagens extraidas do site da Cantina Veneta (www.cantinaveneta.com.br)

Recentemente, durante uma reunião de autores ao redor de várias pizzas, foi definido o local onde será realizada a nossa Festa de Confraternização Anual. Por minha sugestão foi escolhida uma tradicional Cantina de São Paulo, no bairro de M’Boi Mirim, a CANTINA VENETA.
Depois, já em casa, buscando detalhes para transmitir informações, minha mente foi tomada por um turbilhão de lembranças que vou tentar ordená-las e registrá-las neste texto.
A Cantina Veneta, conforme informações colhidas, foi inaugurada em 1957, eu, os demais DUQUES DE PIU-PIU, mais um grande amigo, o Pascoal, começamos a frequentá-la a partir de l958. 
Éramos assíduos frequentadores do Recreio das Carpas (Salão de Baile instalado na Cidade Ademar) e todos os sábados para lá nos dirigíamos em busca de horas agradáveis de dança e descontração. No principio, a reunião para irmos ao baile ocorria por volta das 20 horas, na Cantina do Natalino, na Rua Manoel Dutra. Ali, saboreávamos algumas pizzas e depois, devidamente alimentados, nos dirigíamos a Praça das Bandeiras para embarcar no ônibus da Breda, fretado para levar os bailarinos sem condução própria até o Salão.  Só não usávamos o ônibus quando o Pascoal, mecânico da EquipeTubularte, conseguia um carro emprestado.
Aí, então, nosso programa era alterado, nos encontrávamos por volta das 17 horas e íamos, no carro emprestado, até a Cantina Veneta. Chegávamos por volta das 18 horas, e, devidamente servidos de gigantescas caipirinhas, tomávamos de assalto a quadra de boccia, jogando diversas partidas até que um dos proprietários da Cantina viesse nos informar que a comilança poderia começar.
Famintos, devorávamos várias lasanhas, que eram e ainda são, servidas em cumbucas de barro e preparadas em forno de lenha, completamente polvilhadas de queijo ralado. Como acompanhamento, tínhamos um delicioso frango assado, servido ao molho de salsa (sensacional) e muita polenta frita, tudo regiamente regado com cervejas geladíssimas e, às vezes, de um vinho tinto.
Depois fartos, embarcávamos novamente no carro emprestado e partíamos em busca da música, da dança e de boas companhias femininas.
Bem, os Duques de Piu-Piu, foram namorando e casando e até mudando para o andar de cima, os bailes foram sendo abandonados, mas o que eu nunca abandonei, desde aquele longínquo ano de 1958 até este momento, foram minhas visitas à Cantina Veneta.
Ali levei minha namorada (depois esposa e hoje exposa), meus filhos, meus netos, minha atual e grande companheira e, agora, deverei levar meus pares de escritas.
O cardápio de nossa Festa de Confraternização deverá ser igual ao que eu sempre consumi na minha vida, assim como será igual o atendimento que sempre tive nessa Cantina.
Não tenho medo de que a sugestão dada foi a melhor escolha.
Agora, só nos resta aguardar o grande dia e depois comer, comer e beber, beber...

Por Miguel Chammas

8 comentários:

margarida disse...

Miguel, que memoria saborosa e saudável não só pela comida, mas pelos momentos felizes de sua vida. Depois de ler seu texto tenho certeza que foi o melhor lugar para nossa confraternização. Não esqueça que preciso saber de como chegar na cantina, afinal eu moro no sertão da zona leste.Beijos pra vocês.

Arthur Miranda disse...

Miguel, já estou fazendo regime para poder comer bem nessa Cantina Veneta, estarei lá sem duvida. Deixo aqui meu votos de bos vindas a todo nosso Pessoal. Tutu

Zeca disse...

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Miguel!

E bota sabor nessas memórias! Lembro que estive uma vez, talvez duas, na Cantina Vêneto, há muito, muito tempo atrás e, como lembrança, trago o sabor delicioso das lazanhas, do frango e da polenta frita, sequinha e deliciosa! Mas como isso foi há tanto, tanto tempo, e certamente fui de carona com alguém, não tenho mais a mínima idéia de como chegar lá, só que é muito, muito longe! De qualquer forma, já me expliquei antes e, para minha tristeza, não poderei ir, pois na data estarei recém chegado de Sampa! É que, vai que...
De qualquer forma, tenho a mais absoluta certeza de que nossos amigos autores se encantarão com o lugar!
Abração.

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Zeca disse...

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Miguel!

E bota sabor nessas memórias! Lembro que estive uma vez, talvez duas, na Cantina Vêneto, há muito, muito tempo atrás e, como lembrança, trago o sabor delicioso das lazanhas, do frango e da polenta frita, sequinha e deliciosa! Mas como isso foi há tanto, tanto tempo, e certamente fui de carona com alguém, não tenho mais a mínima idéia de como chegar lá, só que é muito, muito longe! De qualquer forma, já me expliquei antes e, para minha tristeza, não poderei ir, pois na data estarei recém chegado de Sampa! É que, vai que...
De qualquer forma, tenho a mais absoluta certeza de que nossos amigos autores se encantarão com o lugar!
Abração.

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Soninha disse...

Oieeeeee...

O lugar é muito bonito, a comida é saborosíssima...
Embora longe, nada de infinito...Um bairro bem populoso, distante do centro de Sampa, mas, fácil de ir pois é um retão sem fim...
Sampa tem lugares acolhedores e temos de tirar nosso pezinho de nossa zona de conforto e desfrutar destes locais, principalmente quando temos a oportunidade de reunir todos estes queridos amigos autores e seus familiares.
O que eu sugiro é montarmos um esquema de caronas, para facilitar a ida e vinda dos que não tem condução.
Me comprometo a levar 3 pessoas, encontrando-os numa estação de Metro, por exemplo...
Que tal?
Valeu!
Muita paz!

Modesto disse...

Vamos aguardar o dia do ágape mais esperado do ano, Miguel.
Modesto

Wilson Natale disse...

Beleza, Miguel! Lembranças cantineiras são sempre cheirosas e saborosas! Tempos em que a felicidade acabava em pasta ou pizze. Era o fecho de um dia feliz. Nada a haver com o "acabar em pizza de hoje"!
Minhas memórias remontam às cantinas do Brás e às da Mooca. Momentos felizes, com o coração cheio e a barriga cheia de pasta!
Não é que "bateu" uma saudade do Romanato, na Mooca e do Lucchese no centro...
Como não sou dono do meu tempo, vou rezando para aparecer uma brecha nos roteiros turísticos para degustar as delícias da "sua" boa e velha cantina.
Que eu, como os sortudos "Piu-piu" não veja um gatinho que estrague a festa! (risos)
Abração,
Natale

Luiz Saidenberg disse...

Deve ser ótimo lugar mesmo, Miguel, para ter, em suas memórias afetivas, lugar de tal destaque.
No mínimo, muito pitoresco.
Não garantimos nossa presença, em vista de acontecimentos familiares que se darão neste fim de Nov.
e começo de Dez. Mas, quem sabe, poderemos comparecer. Magari!
Abraços.