Um dia desses, lí em um jornal (no Estadão, se não me engano) que a Rua Paim, na Bela Vista (Bixiga, para os mais antigos), está em processo de transformação, devido aos prédios que estão sendo e vão ser lançados neste ano de 2011 e nos próximos, em substituição aos antigos cortiços e ao famoso treme-treme, que imperou durante todo este tempo, sem nenhum concorrente!
Aí, me vieram algumas lembranças dessa rua: algumas boas e outras nem tanto!
Lá pelos idos de 1957, 1960 (quanto tempo!), eu morava no Bixiga. Mais precisamente no primeiro quarteirão da Rua 13 de Maio (entre a Rua Santo Antonio e a Rua Manoel Dutra) e estudava no Colégio Estadual Professora Marina Cintra, que ficava na esquina da Rua da Consolação com a Rua Antonia de Queiroz (ficava não, porque ele ainda está lá, apenas mudou de nome).
Eu estudava à noite e fazia este percurso todos os dias, a pé, passando por toda a extensão da Paim, cruzando a Praça 14 Bis e subindo a Manoel Dutra; A caminhada era longa, mas não tinha outro jeito!
Um dos colegas de classe, o Zico, morava na Paim e ficamos muito amigos. Estávamos sempre juntos e eu passei a frequentar a casa dele. O pai era o seu Vicente, alfaiate (coisa rara nos dias de hoje), e a mãe dele chamava-se dona Filó; Frequentei tanto tempo a casa dele que ela já me tratava como filho (se preocupava se eu tinha me alimentado, se eu estava bem, etc).
Também nos finais de semana eu ia pra lá, e acabei fazendo outras amizades naquela rua. Era uma turma muito unida: eu, o Zico, o Toninho, o Ameriquinho, o Tico, o Nenê, o Gilberto, o Gasolina, o Aroldo (que casou com nossa professora de português, a Adir) e outros.
Ficávamos reunidos ao lado da casa do Tico, sentados em frente a uma casa antiga, que ficava num nível rebaixado em relação à rua, contando piadas e relembrando as aventuras da semana.
Um pouco mais abaixo, ficava o bar do Seu Zé e da Dona Maria, portugueses, onde também nos reuníamos. Nesse bar, tinha um empregado nordestino chamado Reinaldo e, apesar de sermos menores de idade, de vez em quando eles nos serviam uma bebida chamada Samba, que nada mais era que pinga com coca-cola. Mas, tínhamos que insistir muito e ele servia uma vez só, escondido atrás do balcão, pra não correr risco. Ou, então, íamos pra casa do Tico escutar música, pois ele tinha uma vitrola bonita (um móvel grande) e uma grande coleção de discos. Eram LPs do Johny Mathis, Frank Sinatra, Elvis Presley, etc.
Nos finais de semana, à noite, íamos passear na Rua Agusta, assistir a um filme no Cine Majestic, ou íamos comer pizza na Zi Teresa, que ficava na Consolação, ao lado do Teatro Record; Aliás, onde assistíamos os famosos e memoráveis festivais de música brasileira, que revelaram grandes nomes como Geraldo Vandré, Chico Buarque, Caetano Veloso, Jair Rodrigues, Ronnie Von, Edu Lobo, Elis Regina, etc, com músicas que foram grandes sucessos, como Disparada, A Banda, Upa Neguinho, Ponteio, Roda Vida, e muitas outras.
Bem, mas voltemos à Rua Paim. Ali existiam 3 lugares que se tornaram famosos em São Paulo: a Cantina Possilipo (famosa pelos cabritos assados), o Teatro Maria Della Costa e o “Treme-Treme”.
O treme-treme na verdade eram 3 prédios: o 14 Bis, o Demoisele e o Caravele, todos com apartamentos minúsculos: no caso do 14 Bis, os apartamentos não deviam ter mais que 30 m2 (ou até menos). As paredes externas eram muito frágeis, pareciam de papelão. Se alguém fosse empurrado contra elas, corria o risco de despencar lá de cima! Por serem apartamentos pequenos e de baixo custo, passaram a ser habitados por prostitutas, homossexuais, lésbicas, malandros e famílias de baixo poder aquisitivo. Em função disso, as confusões eram constantes: brigas, tráfico de drogas (naquela época, só maconha, já que a cocaína era muito cara e só os bacanas que usavam).
Jogavam muita coisa dos apartamentos para a rua, até botijão de gás chegou a cair lá de cima.
Uma figura que frequentava muito o treme-treme era o Germano Matias, que depois ficou famoso, pois era sambista dos bons. Ele não saía de lá, porque tinha umas meninas no treme-treme. Era o verdadeiro malandro da época: usava chapéu, sapatos e ternos brancos, com calça folgada e de boca estreita, e camiseta colorida. Aliás, naquela época existiam muitos malandros e pouquíssimos bandidos. Você podia andar pela cidade toda, a pé e a qualquer hora da noite, sem se arriscar. Quando muito, podia se envolver numa briga. Mas eram brigas mesmo, de socos, pontapés, cabeçadas e rasteiras, e... sem armas!
Mas, tudo isso acabou! O Tico, coitado, morreu ainda jovem: foi comprar leite no bar do seu Zé e um carro, que descia a rua, perdeu a direção, entrou no bar e matou ele, que estava lá dentro.
A dona Filó também morreu. Encontrei o Zico, filho dela e meu amigo, há pouco tempo num encontro de ex-alunos do Marina Cintra e ele disse que ela sempre perguntava por mim, enquanto era viva. Ficou o remorso, porque eu gostava muito dela!
O Nenê (Reinaldo Sanchez), um grande gozador e piadista, também reencontrei nessa época. Ele estava morando no Rio, onde era dentista e também escrevia, como hobby; Veio a São Paulo fazer o lançamento de um livro e conversamos bastante. Mas, logo depois ele morreu de repente, de infarto (fiquei sabendo através do Orkut, vejam só!).
O teatro Maria Della Costa fechou! E o Treme-Treme? Será que vão derrubar? Se ele não cair, pelo menos vai perder a hegemonia. As casas antigas e os cortiços estão começando a sumir e outros prédios estão chegando!
Ou seja, a cara da Paim está mudando e vai deixar saudades!
Por Walfrido de Souza
Aí, me vieram algumas lembranças dessa rua: algumas boas e outras nem tanto!
Lá pelos idos de 1957, 1960 (quanto tempo!), eu morava no Bixiga. Mais precisamente no primeiro quarteirão da Rua 13 de Maio (entre a Rua Santo Antonio e a Rua Manoel Dutra) e estudava no Colégio Estadual Professora Marina Cintra, que ficava na esquina da Rua da Consolação com a Rua Antonia de Queiroz (ficava não, porque ele ainda está lá, apenas mudou de nome).
Eu estudava à noite e fazia este percurso todos os dias, a pé, passando por toda a extensão da Paim, cruzando a Praça 14 Bis e subindo a Manoel Dutra; A caminhada era longa, mas não tinha outro jeito!
Um dos colegas de classe, o Zico, morava na Paim e ficamos muito amigos. Estávamos sempre juntos e eu passei a frequentar a casa dele. O pai era o seu Vicente, alfaiate (coisa rara nos dias de hoje), e a mãe dele chamava-se dona Filó; Frequentei tanto tempo a casa dele que ela já me tratava como filho (se preocupava se eu tinha me alimentado, se eu estava bem, etc).
Também nos finais de semana eu ia pra lá, e acabei fazendo outras amizades naquela rua. Era uma turma muito unida: eu, o Zico, o Toninho, o Ameriquinho, o Tico, o Nenê, o Gilberto, o Gasolina, o Aroldo (que casou com nossa professora de português, a Adir) e outros.
Ficávamos reunidos ao lado da casa do Tico, sentados em frente a uma casa antiga, que ficava num nível rebaixado em relação à rua, contando piadas e relembrando as aventuras da semana.
Um pouco mais abaixo, ficava o bar do Seu Zé e da Dona Maria, portugueses, onde também nos reuníamos. Nesse bar, tinha um empregado nordestino chamado Reinaldo e, apesar de sermos menores de idade, de vez em quando eles nos serviam uma bebida chamada Samba, que nada mais era que pinga com coca-cola. Mas, tínhamos que insistir muito e ele servia uma vez só, escondido atrás do balcão, pra não correr risco. Ou, então, íamos pra casa do Tico escutar música, pois ele tinha uma vitrola bonita (um móvel grande) e uma grande coleção de discos. Eram LPs do Johny Mathis, Frank Sinatra, Elvis Presley, etc.
Nos finais de semana, à noite, íamos passear na Rua Agusta, assistir a um filme no Cine Majestic, ou íamos comer pizza na Zi Teresa, que ficava na Consolação, ao lado do Teatro Record; Aliás, onde assistíamos os famosos e memoráveis festivais de música brasileira, que revelaram grandes nomes como Geraldo Vandré, Chico Buarque, Caetano Veloso, Jair Rodrigues, Ronnie Von, Edu Lobo, Elis Regina, etc, com músicas que foram grandes sucessos, como Disparada, A Banda, Upa Neguinho, Ponteio, Roda Vida, e muitas outras.
Bem, mas voltemos à Rua Paim. Ali existiam 3 lugares que se tornaram famosos em São Paulo: a Cantina Possilipo (famosa pelos cabritos assados), o Teatro Maria Della Costa e o “Treme-Treme”.
O treme-treme na verdade eram 3 prédios: o 14 Bis, o Demoisele e o Caravele, todos com apartamentos minúsculos: no caso do 14 Bis, os apartamentos não deviam ter mais que 30 m2 (ou até menos). As paredes externas eram muito frágeis, pareciam de papelão. Se alguém fosse empurrado contra elas, corria o risco de despencar lá de cima! Por serem apartamentos pequenos e de baixo custo, passaram a ser habitados por prostitutas, homossexuais, lésbicas, malandros e famílias de baixo poder aquisitivo. Em função disso, as confusões eram constantes: brigas, tráfico de drogas (naquela época, só maconha, já que a cocaína era muito cara e só os bacanas que usavam).
Jogavam muita coisa dos apartamentos para a rua, até botijão de gás chegou a cair lá de cima.
Uma figura que frequentava muito o treme-treme era o Germano Matias, que depois ficou famoso, pois era sambista dos bons. Ele não saía de lá, porque tinha umas meninas no treme-treme. Era o verdadeiro malandro da época: usava chapéu, sapatos e ternos brancos, com calça folgada e de boca estreita, e camiseta colorida. Aliás, naquela época existiam muitos malandros e pouquíssimos bandidos. Você podia andar pela cidade toda, a pé e a qualquer hora da noite, sem se arriscar. Quando muito, podia se envolver numa briga. Mas eram brigas mesmo, de socos, pontapés, cabeçadas e rasteiras, e... sem armas!
Mas, tudo isso acabou! O Tico, coitado, morreu ainda jovem: foi comprar leite no bar do seu Zé e um carro, que descia a rua, perdeu a direção, entrou no bar e matou ele, que estava lá dentro.
A dona Filó também morreu. Encontrei o Zico, filho dela e meu amigo, há pouco tempo num encontro de ex-alunos do Marina Cintra e ele disse que ela sempre perguntava por mim, enquanto era viva. Ficou o remorso, porque eu gostava muito dela!
O Nenê (Reinaldo Sanchez), um grande gozador e piadista, também reencontrei nessa época. Ele estava morando no Rio, onde era dentista e também escrevia, como hobby; Veio a São Paulo fazer o lançamento de um livro e conversamos bastante. Mas, logo depois ele morreu de repente, de infarto (fiquei sabendo através do Orkut, vejam só!).
O teatro Maria Della Costa fechou! E o Treme-Treme? Será que vão derrubar? Se ele não cair, pelo menos vai perder a hegemonia. As casas antigas e os cortiços estão começando a sumir e outros prédios estão chegando!
Ou seja, a cara da Paim está mudando e vai deixar saudades!
Por Walfrido de Souza
27 comentários:
Walfrido, tive um amigo o Pericles que morou no 14 bis entre 64 e 75 e muitas vezes nesse periodo eu estive no 14-bis no apto. do meu amigo, onde ele morava com a mãe dele Dona Nair, realmente por lá a a prostituição era forte. Parabéns pelo relato que trouxe-me velhas recordações.
Bem-vindo Valfrido.
Mais um memorista se revela e vem nos dar o prazer de suas memórias.
A Paim também foi palco de minha infância.
Nessas casas que você diz estarem abaixo do nivel da rua, no fundão, morava um grande amigo meu,o Romualdo (Aldo) hoje já morando no andar de cima. Na casa da frente morava o Silas que escreveu a partitura da minha marcha-rancho mais bonita.
Atrás da Cantina Possilipo morava outro grande amigo, o Waltinho Cozzolino.
Valfrido, não pare de escrever tuas lembranças, eu sei que tens muitas.
Parabéns!
Walfrido. Aquele pedaço do Bixiga ficou famoso por esses prédios que você citou e, eu também os vi, pois em 1976 trabalhei bem próximo a Rua Paim. Mas ficou a fama por toda a extensão do bairro naqueles quarteirões próximos. Até mesmo aqueles prédios da Avenida Nove de julho pouco antes do túnel eram chamados de pombal, ou treme-treme. Fui a várias clientes daquela região em que morava somente a mulher. Eram trabalhadoras, como empregadas domesticas, costureiras ou de repartições publicas. Elas sofriam de preconceito de serem também chamadas prostitutas pelo fato de morar sozinhas. Será que é preciso fazer como na cidade de Sorocaba que nas residências próximos ao meretrício colocaram placas dizendo. Prédio de Famílias? Seu texto é magnífico. Mário Lopomo.
Walfrido, fui muitas vezes ao Posillipo, nos seus ainda bons tempos. Mas, já no final, um amigo que foi lá viu um rato andando no rodapé. Chamou o velho garçom, e este:- Deixa pra lá o coitadinho, já é da casa! Era mesmo, o fim. Na Paim morava um amigo pintor, Nabil Hadife. A casa, das poucas do local, ainda lá está, feia e desbotada. Mas desse amigo nada mais soube. Abraços.
Olá, Walfrido!
Seja bem vindo!Fiquei feliz com o envio de seu texto.
Que bacana sua lembrança sobre esteslocais em Sampa.
Quantos destes velhos prédios acabaram sendo ocupados por algumas pessaos de má fama e que acabaram levando a má fama à famílias de bem que tb moravam nestes prédios,infelizmente.
Mas,é legal,também, a renovação do centro de Sampa,com novas construções ou reformas dos velhos prédios, reurbanizano e trazendo beleza ao nossa velha cidade, tão querida.
Valeu!
Obrigada.
Muita paz!
Em tempo...
Perdoe-me os erros de digitação.
Meu teclado não é muito bom.
Mais paz!
Muito bom, Walfrido!
Uma gostosa visão da Rua Paim com a sua trindade do pecado - O Edifício Caravelle, o Demoiselle e o 14Bis. O 14Bis é um projeto do Arquiteto Aron Kogan. Os outros dois, não sei quem os projetou.
Nesses prédios, ainda nos anos 60 havia muitas republicas de estudantes e muitos comerciários.
Valeu a recordação.
Bem-vindo!
Abração,
Natale
Pois é, Miguel. Também conheci o Silas, o Aldo e o Waltinho Cozzolino. Aliás, o "Gasolina" que eu cito no texto, deve ser o próprio Waltinho Cozzolino. Como tratávamos ele apenas pelo apelido, não me recordo de o nome dera era Walter, mas o sobrenome era Cozzolino. Portanto, deve ser a mesma pessoa
Que bom, o texto trouxe lembranças para outras pessoas, também. Fiquei contente com a repercussão. Obrigado e abraços.
Wlfrido, estreante no "mamórias...", quero lhe dar as boas vindas e desejar que seus próximos textos sejam tão bom como este. Com detalhes exclusivos vc nos brinda parágrafos atraentes, mesmo não tendo intimidade com os prédios relatados porém, conhecendo-os, fiquei curioso e atento. Quando por la´passar, vou prestar bem atenção. Sua escrita trai um bom conhecimento da arte redacional. Parabéns, Walfrido.
Modesto
Obrigado, Modesto! Para mim, suas palavras são elogios e, ao mesmo tempo, incentivo. Quem sabe, eu continue a escrever e envie mais textos. Escrever é muito bom, ...principalmente quando recebemos elogios! Um abraço!
Miguel e Sonia, obrigado por colocarem as fotos no meu texto. Ficaram ótimas e enriqueceu o relato. Vocês são "feras".
Valfrido,
nestes anos eu estava mais preocupado em jogar futebol o fazia num campinho na esquina da Paim com a Avanhandava, alem do Saracura e rua 13 de maio. Tambem entregava pão na Possilipo (da Padaria do Chiquinho - se lembra ?)
Puxe pela memória e escreva mais, tem o pessoal da 13 de maio.
Valeu, parabens.
Wladimir
Ótimas reminiscências. Parabéns!
Walfrido,
conheci bem a área que você retrata em sua crônica, pois na década de 70, morei num daqueles prédios ao lado da FGV, na 9 de julho. Nessa época estava às voltas com o término da faculdade de economia e com o início da de administração e, portanto, não tinha muito tempo para curtir as redondezas. Eu trabalhava na Comgás, na Rua Augusta, durante o dia e estudava à noite, assim, foi um período bastante duro aquele. Mas conheci os "famosos" prédios, o Teatro Maria Della Costa e a Cantina Posilipo, onde, de vez em quando, em companhia de amigos, fazia uma deliciosa refeição por um preço bastante razoável. Não sei se ainda existe a cantina, mas sei que depois ela entrou em decadência. O teatro foi fechado e, apenas os prédios ainda resistem, enormes e recheados com a mais variada fauna humana que nossa imaginação pode conceber.
Parabéns pela bela crônica que me permitiu uma viagem a um passado distante, como se eu tivesse entrado numa máquina do tempo e voltado a esse pedaço da minha vida do qual já nem recordava mais. Vou aguardar novos textos.
Abraço.
Valfrido.
Também respirei a atmosfera da Paim, com o 'treme-treme' e seus edifícios. Achava interessante a estrutura do prédio (os elevadores paravam entre os lances das escadarias). Também fui aluno do antigo Marina Cintra e tive aulas com as professoras Marise Orsi (portugês) e 'Miss' Odete (inglês), além de outros que mão me recordo de seus nomes. Foi no final da década de sessenta, quando a repressão armada da ditadura militar atuava no Brasil. Loucos tempos aqueles.
O Maria Della Costa (infelizmente fechado), oferecia espetáculos teatrais maravilhosos e, sua propietária, hoje é dona de pousada em Paraty - RJ.
Morei na rua Santo Antonio, bem próximo da Treze de Maio e a rua Paim, por diversas vezes foi meu roteiro para a escola e minhas andanças pelo mundo mágico da Augusta, Frei Caneca e Consolação.
Bom ler suas reminiscências de um bairro tão querido e saudoso como o nosso Bixiga. Daqui da Bahia, envio as minhas saudades e as boas vindas ao ilustre saudosista.
Abraços.
O Treme-treme continua firme e forte. As janelas já não são mais de madeira. O Demoisele talvez seja demolido. O Caravele permanece. Há 8 edifícios sendo construídos na rua. O tráfico continua na galeria do 14 Bis, mas agora são meninos que nem são da rua. Já não existe o campinho de futebol e todos os velhos "bandidos" das décadas de 70 e 80 ou estão mortos ou estão presos. A Cantina Posilipo fechou há bastante tempo. O barbeiro Toni Italiano segue na rua. Enfim, a vida segue seu rumo
Só para complementar, o Teatro Maria Della Costa foi reformado e reabriu já há algum tempo. E também estudei no Marina Cintra, só que na década de 80.
WALFRIDO, SEU TEXTO ME FEZ VIAJAR NA SUA MAIONESE...
EM 1997 EM COMPREI UMA QUITINETE NO 7 ANDAR DO ED. VILLAGIO DE POMPEI, RUA PAIM 307. MINHA KI TINHA 2 JANELAS QUE DAVAM PRO TREME TREME. MOREI 6 ANOS LÁ, DEPOIS VENDI A KI E MUDEI PRA UBERLANDIA ONDE ESTOU HÁ 10 ANOS.
NA MINHA ÉPOCA O AMBIENTE JÁ MEIO PESADO MAS NUNCA TIVE PROBLEMAS.
ERA FREGUÊS E AMIGO PESSOAL DO ROTA, QUE COMANDADAVA AQUELE BAR E RESTAURANTE QUE FICA NO TERREO DO EDIFICIO DEMOISELLE...
SE NÃO ME ENGANO NO ANO 1999 MATARAM UM CARA A TIROS ENQUANTO ELE ALMOÇAVA...
TRISTE.
MAS COMIGO NUNCA ACONTECEU NADA DE RUIM...
ADORAVA A PADARIA 24 HORAS QUE TINHA EM FRENTE AO PREDIO.
HÁ MAIS DE 10 ANOS NÃOVOU A SAO PAULO MAS O ÚNICO LUGAR QUE EU SINTO SAUDADE É DA RUA PAIM.
SAUDADE DO ROTA DONO DO BAR, DOS DONOS DA PADARIA, DO AÇOUGUE QUE TINHA QUASE NA ESQUINA DA FREI CANECA....
CANTINFLAS, O ROTA, DO NO BAR NO TERREO DA GALERIA AINDA ESTÁ FIRME E FORTE?
JOSÉ MARIA BARBOSA
josbarbozajmb@yahoo.com.br
Escrevendo sobre velhos tempos de S. Paulo, topei com este blog, interessado na Paim, Ed. Caravelle, onde morei (ap. 1204, 12º) com 2 amigos de Pouso Alegre (Walburg & Zaguinha, sabe Deus por onde andam, espero que continuem andando, e bem!).
Claro que - depois de meia vida na Alemanha e o resto agora na Espanha, profissão, família, etc.) saltam as lembranças de mil aventuras no pedaço, o Bixiga é demais da conta.
Estive muitas vezes na Pauliceia matando saudades, mas nunca mais voltei à Paim, um dia desses quem sabe…
Trabalhei na pain entre 90 a 93 .aquecedores cumulus ( PORTÃO GRANDE TODO VERMELHO SO LADO DO BAR DO PORTUGUES. tinha TAMBÉM um estacionamento em frente que diziam ser de eder jofre. tinha a hidraulica paulista ao lado da padaria em frente ao treme treme ( 14 BIS) LUGARZINHO SINISTRO HEIN. MUITA PUTA E TRAVECO E LADRÃ DE TOCA FITA.
Os tempos são outros . Quem queria ver o Demoselle ao chão sinto muito em informar . Ele está sendo restaurado e continua super de pé.
Alguém sabe informar wue Paim é esse e qual sua importância para ser homenageado com nome de rua?
Bom cresci na Paim lendo esses relatos me bateu uma saudade enorme.
Quando morrei la tinha uma farmácia do japonês la conheci o meu grande e eterno amor, não ficamos juntos mas ate hoje sinto saudades era o farmacêutico mais lindo da Paim Marquinhos você foi e será meu eterno amor.
Se alguém conhece ele pedi pra me procurar estou com saudades dele.Meu nome e Sandra filha da dona Geraldina
MUITOS VÃO ACHAR ISSO UMA BESTEIRA MAS ESSA E MINHA HISTÓRIA DA PAIM
sandramariabarrosmaria@gmail.com
945799457
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