quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quatro boas horas de São Paulo


imagens: Hotel Mercure; teatro Rute Escobar; cantina C que Sabe; Pizzaria Moraes

No último penúltimo encontro das redondas (pois, tenho certeza que não foi e nem será o último) acontecido dia 18/02 próximo passado, do qual eu me fiz presente com a esposa. Hospedado fiquei no Hotel Mercure, que fica situado bem no coração da Paulista, ou seja, na Rua São Carlos do Pinhal quase esquina com a Brigadeiro, e que pertencente à rede Accor de Hotéis. Por ter chegado bem antes do horário do compromisso , que só iria acontecer às 20:00, tive tempo mais que suficiente para andar pela nossa querida, bela e chique Av. Paulista, como também pela Brigadeiro e 13 de Maio.
Notei então, como é gostoso andar pelas ruas de nossa querida São Paulo, recordando lugares no passado percorridos na pressa da juventude, hoje palmilhada na tranquilidade da terceira idade, já aposentado e, graças a Deus, com boa saúde, já que as quatro melhores coisas da vida são: Saúde, Dinheiro, Mulher e Bicho de pé. Pois de nada adiantaria, Saúde,Dinheiro Mulher, e o bicho... deitado.
Mas, deixando o erotismo de lado e voltando ao passado, digo passeio, que foi muito significativo e agradável, andei pela rua dos ingleses e me recordei do Teatro Rute Escobar, passei pela cantina CE QUE SABE, onde em 1989 gravei uma pegadinha para o programa Silvio Santos , em que eu encenei um cantor que falava muito bem e só gaguejava quando cantava, ao contrário do Nelson Gonçalves.
Pude notar que o Velho Bixiga continua lindo com seus Teatros, suas casas notur
nas e seus restaurantes tradicionais. Andando pela Brigadeiro, notei o prédio onde outrora foi um belo cinema e durante alguns anos foi auditório da TV Bandeirantes, e que participei como recente contratado da emissora, ao lado de outros comediantes de um jogral, escrito pelo famoso redator e comediante, Aluisio Silva Araujo, especialmente para esse show inaugural. Esse mesmo palco e auditório foi cenário para inúmeros shows de famosos artistas, inclusive da incrível Ellis Regina (a maior cantora do Brasil depois da Ângela Maria). Notei que o mesmo, hoje em dia, abriga uma igreja pentecostal evangélica.
Bem em frente a esta igreja lá estava o Velho Moraes, onde dali a pouco, às 20:30 h estaríamos reunidos, nós, os amigos do Blog Memórias de Sampa e do simpático site São Paulo Minha Cidade, para mais um encontro dos redondos com as redondas.
Subi a 13 de maio e fui até ao shopping Paulista que eu ainda não conhecia, ou melhor, o prédio já me era bem familiar, pois abrigou a famosa loja da Sears Roebuck, que eu ainda bem jovem achava muito linda, a única que em minha opinião superava o tradicional Mappin.
Depois, de volta ao hotel pela Av. Paulista, pude admirar de passagem, dois ou três casarões ainda restantes nessa nossa simpática e famosa Avenida, como também o festival de antenas que assolam a maioria dos prédios de nossa querida Cidade, fazendo com que todos perce
bam que, apesar das pessoas poucos se comunicarem entre si hoje em dia, estão vivendo em plena era da comunicação; e foi pensando exatamente nisso que resolvi escrever esse texto.
Comunicando a todos que vierem para compromissos em São Paulo, que venham mais cedo e aproveitem um tempinho para passear um pouco em nossa querida Capital, sem pressa olhar de perto seus detalhes, suas lojas seus costumes, pois é muito bom visitar e passear nessa nossa querida cidade.
Tenho certeza que você vai voltar mais feliz para casa, cantando esse canto que eu ouvi ainda bem pequenino e nunca mais esqueci.

Eh, São Paulo. Eh, São Paulo.
São Paulo da garoa,
São Paulo que terra boa.
eh, eh, eh, São Paulo.

Lembre-se que tudo passa nesse mundo.

Por Arthur Miranda (tutu)

11 comentários:

Luiz Saidenberg disse...

Que belo, e nostálgico passeio, Arthur, além de contar com seu sempre presente humor. Uma bela volta por Cerqieira César- o Bexiga de cima- e Bela Vista, o Bexiga de baixo. De qualquer forma, pelo Bexiga.
Isto é sempre muito legal, e compreende uma vasta e agradável área de S. Paulo, bem diferente da desolação em que se tornou o Centrão. E para coroação, tudo termina em pizza, mas não uma redonda qualquer: a famosa do velho Moraes.
Um abração.

Luiz Saidenberg disse...

Desculpe, Cerqueira!

Miguel S. G. Chammas disse...

Tutu, teu passeio pelas ruas do Bixiga provaram, para quem ainda duvidasse, que esse bairro é único.
Valeu tua vinda ao nosso encontro, ela abrilhantou nossa mesa.
Amigo, fique atento pois outros encontros virão, aliás, como começamos a alinhavar dia 18, um deles, inclusive, deverá ser em Lorena, na mansão de um famoso humorista de todos os tempos.

Soninha disse...

Olá, Arthur!

Que coisa passear por Sampa!
Desta forma como vc fez, assim, despreocupado, sem a pressão de horários de idas e vindas, apenas observando, admirando o que Sampa tem de melhor.
A forma nostálica e bem humorada com que vc descreveu,aguçou nossa vontade de também passear por Sampa...sempre amada São Paulo.
Realmente, o encontro foi MARA!
Valeu!
Obrigada.
Muita paz!

suely schraner disse...

Uma caminhada mesclada de amor pela cidade e encantos poéticos. Eu gostei. Abraço, Arthur.

Wilson Natale disse...

Coisa boa unir o agradável de um encontro ao agrádável revisitar a cidade!
Bom demais, não é?
Eu continuo em Rio Claro até sexta.
Ótimo texto Arthur!
Abração,
Natale

Laruccia disse...

Tutu, o último parágrafo de seu ótimo passeio, foi um alerta a esse extrezado e macarrônico membro da tribo "trigliceriana", que sou eu. Fiquei na Brigadeiro, desde o Ginásio do Ibirapuera até a pizzaria, por 40 minutos, maldizendo todos os demônios que dominam o trânsito naquela hora. Se tivesse feito o que vc fez, teriamos tempo pra um passeio, não tão longo mas, o suficiente pra não entrar raivoso e saborear a companhis de todos com menos estresse. Vc, que vem de tão longe, da-nos lições de como viver menos estrezado. Tutu, seu despretencioso texto é, simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO.
Laruccia

Luiz Saidenberg disse...

Meu querido Modesto, não sei se retornaremos ao bom Moraes. Mas, se tal suceder, recomendo-lhe o que fiz. Vim pela República do Líbano, subi a Manoel de Nóbrega defronte ao Ginásio do Ibirapuera, fiz uma conversão na Al. Santos, e pronto: estava na Paulista. Descer a Brigadeiro, desse ponto, já é bem mais fácil...abração.

Zeca disse...

Arthur,

com certeza você e sua esposa foram os que melhor aproveitaram o dia do encontro! Acomodados num bom hotel, na região da Paulista e, ainda, com um belo e relaxante passeio, a pé, pelas ruas do bairro que, certamente, trazem muitas lembranças e saudades a todos nós. Pelo que tenho lido aqui, o Bixiga tem histórias relacionadas a todos os autores do Memórias de Sampa.
E o texto, leve e saboroso, serve como uma espécie de "entrada" para o que viria logo após: o encontro com os amigos e as saborosas pizzas do Moraes. Cada vez mais sinto pena de mim, por mais essa perda... mas outras virão!

Abraço.

Arthur Miranda disse...

E ainda para deixar a coisa mais gostosa, gostaria de acrescentar que a estadia no confortável Hotel Mercure, ficou sem custo, já que participamos do A/Clube programa de recompensas que aceita os pontos conquistados nas despesas com o cartão ItauCard, kkkkk. Ah! Que delicia de vida. Sou pobre, mas sou teimoso, vivo sendo feliz atoa. E graças a todos vocês, sou feliz mais uma vez.

Leonello Tesser (Nelinho) disse...

Tutu, fiquei com inveja do teu passeio, cheguei em cima da hora no Moraes, mas juro que ainda vou fazer o percurso que você e a Denise fizeram, quanto ao Mercure vou ter que pagar por estadia pois não tenho o Itaú Card, ra.ra.ra.ra., parabéns pelo texto, a companhia de vocês foi muito agradável, venha sempre, abraços, Nelinho.