quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Uma mulher dinâmica - 2ª parte

 
 
imagem: Frigorífico Wilson com o pasto dos animais - Osasco
Começou nossa acomodação no Parque Continental. Depois de 37 anos de Braz, saindo da Rua do Gasômetro em janeiro\fevereiro de 1969, a alegria e felicidade da minha mulher era CONTAGIANTE.
A iniciativa de comprar a casa, tão longe do Braz, foi dela. Eu, cético, olhava meio desconfiado os anúncios do BNH, oferecendo casas sem entrada (financeira e não de madeira) e prestações corrigidas, cem parcelas e pra 15 anos... Queria comprar em outro bairro, mas a grana era curta. Fomos ver e desanimei. Na área enorme do antigo Frigorífico Wilson que tinha ali, pecuária e matadouro, adquirido pelo Grupo Rio, formado por cariocas, (todos descendentes ou parentes de militares) que já vinham amparados pela “elite” do poder constituído. O complexo levou o nome de “Parque Continental” e a grande área, tem uma parte (menor) secionada por um pequeno córrego, onde se encontra a divisa de São Paulo e Osasco. Por isso, quando se menciona Parque Continental, deve-se acrescentar de Osasco ou de São Paulo.
Com a primeira parcela paga e as prestações corrigidas, de 3 em 3 meses, de 1967 até 1969, foi o tempo que o Grupo Rio levou pra entregar as casas, minha e de vários compradores. Sobradinhos de 6x25, dois dormitórios, sala, cozinha, edícula e quintal. Dois anos pra construir centenas de casas, as menores eram do tipo da minha, (mais baratas, evidentemente).
Não fiquei muito tempo nessa, mas, fatos significativos ocorreram nesta casa, reformada, mais um dormitório e fachada que ficou linda, com pedras brancas e entrada pra um carro só.
Sempre trabalhando bastante com meu fusca 1967. Passei o carro pra Myrtes, (depois eu conto como ela tirou a carta), comprei um Opala dourado, 1970, “zerinho”, era o rei da cocada. Minha querida mulher, ficou com o fusca.

Por Modesto Laruccia

8 comentários:

Soninha disse...

Olá, Modesto!

Aos poucos vamos conhecendo um pouquinho mais de susa história e de Myrtes.
Bacana!
Mas, e a Kombi escolar? A Myrtes continuou?
Valeu!
Muita paz!

Laruccia disse...

Calma, querida Soninha, o acima exposto foi apenas um trailer. Já mandei a 3ª parte, que é o início da mini biografia. Se vc não recebeu, deve estar a caminho, (deve ser o trânsito). Gratos pelo comentário, um abraço.
Laruccia

Miguel S. G. Chammas disse...

Mo, estou bastante contente em poder conhecer a saga dos Laruccia. Como bem diz o ditado: "sempre existe uma forte e decidida mulher para dar forças a um chefe de família". Você sabe que é por mim venerado, meu guro, mas a Myrtes a primeira dama das REDONDAS, e ela nem é redonda assim.
Continua escrevendo que juro, continuarei me deleitando na leitura.

Leonello Tesser (Nelinho) disse...

Mais um relato precioso da vida do meu grande amigo Modesto e da Myrtes, vou esperar ansioso a continuação.-

Arthur Miranda disse...

Modesto, pelo que aqui tenho acompanhado nesse relato seu quem deveria e merecia ter ficado com o Opala dourado Zerinho ano 70, era A mulher Dinâmica, conhecida por Dna. Myrtes.
Quem concorda comigo. Por favor levante a mão. Parabéns querido Modesto e para a Myrtes também.

Zeca disse...

Modesto!

Vou lendo com carinho, admiração e respeito - cada vez maior - por essa família tão característica de nossa cidade, de nosso país.
Parabéns a vocês dois pela construção de uma história rica em sentimentos.

Aguardo a 3ª parte.

Abraço.

margarida disse...

Modesto, de parte em parte, logo teremos o livro de sua historia de vida. Parabéns pelo relato. Um abraço.

Wilson Natale disse...

LARÙ, mio caro:
Um comentário machista:
Dona MYRTES tirou a carta de quem?... Ahahahahahahaaaaaaaaaaaaa!!!
Povvera Signora Myrtes! Toccava a lei il Opala zero - chique no urtimo e non a te che doveva rimanere con il fuschetta.
Ahahahahaaaaaaaa!
Vai contando Larù, quero saber a história da Kombi tim-tim por tim-tim.
Baci in testa.
Buon Natale ed un Felice Anno Nuovo!!!
Natale