Quando eu conheci meu pai ele tinha uns 50 metros de altura e, acho, um milhão de anos.
A gente morava na Rua Bogotá, uma travessa da Av. Itaberaba. Eu lembro que o ônibus subia e virava à direita na Av. Itaberaba e, se virasse à esquerda, ia pra Freguesia do Ó, no largo da igreja. Eu me lembro da igreja, porque toda semana santa minha mãe me levava, de madrugada, para ir na procissão... Eu tinha muito medo daquelas imagens e daquela mulher toda de preto, cantando. Mas, eu apertava a mão da minha mãe e esperava tudo terminar bem e sempre tudo terminava bem. Minha mãe não tinha 50 metros, mas era alta também. Eu lembro que ela ficava ouvindo novela, na rádio São Paulo, e toda noite tinha um programa que o locutor falava: “meu inesquecível amor” e ai, começava a ler a carta para a namorada dele. Eu não entendia muito nem de carta nem de namorada, mas, pelo pouco que eu sabia, ele não conseguia nada, pois todo dia ele repetia a mesma coisa.
Aliás, eu era quase um bebezinho e não entendia nada, quase nada.
A mesma coisa também era a vizinha que só ouvia Cascatinha e Inhana ou Jeronimo, o herói do sertão, e todo dia era “índia seus cabelos nos olhos caídos...” ou então, o Mosteiro de São Bento anunciando as horas, Tim Dom Dom, Tim Dom Dom...
Eu era bem pequeno e não tinha muitos amigos, se bem que, toda tarde, eu queria jogar bola, mas os meninos não deixavam, pois eu não fazia nada e, quando fazia, me mandavam chutar pra qualquer lado. Eu era uma espécie de café com leite, eles diziam.
Eu jogava futebol dentro de casa. Ouvia um pedaço do jogo e corria pro quintal repetindo as jogadas que ouvia, repetia em parte, pois, por mais que estivesse um a um no rádio, no quintal estava uns 34 a 2, pro meu time, é claro.
Na minha rua tinha algumas casas e muitos terrenos vazios. Nosso vizinho tinha uma plantação de morangos bem na divisa com a minha casa e ele sempre reclamava que não colhia muito morango e eu reclamava que os morangos demoravam para ficar vermelhos. Meu pai sabia por que faltava morango, mas não dizia nada.
Tinha muitos cachorros na rua, eu tinha medo, meu pai não. Também, tão grande que era, não tinha medo de nada. Depois ele me contou que trazia toda noite, restos de comida do restaurante para os cães e por isso eles gostavam dele.
Meu pai era um cara bonito. Vestia sua capa cinza e punha o chapéu na cabeça e parecia um agente secreto. Nossa casa tinha até um porão onde meu pai fazia e consertava sapatos. Nós íamos à Rua Capitão Salomão e ele comprava uma folha de couro, que vinha enrolada e amarrada com barbante, que eu teimava em trazer para casa. Com isso ele cortava e fazia as solas dos sapatos. Às vezes, ele fazia o sapato todinho. Ele nunca comprava sapato, só fazia.
Tinha um poço dentro de casa, era a única no bairro e minha mãe não precisava sair no quintal quando precisava de água. Meu pai nunca me deixou chegar perto e fez uma engenhoca que só ele e minha mãe sabiam mexer. Eu não podia fazer nada. Até que um dia, eu descobri e levei um baita susto, porque aquilo começou a voltar para traz, o balde despencou no poço, tchibummm, e eu corri pra minha cama. Não sabia me fingir de morto e fingi que estava dormindo, mas não colou porque levei uma bronca dela na hora e outra quando
meu pai chegou.
Aliás, eu era um menino pequenino e não entendia nada, quase nada.
Toda tarde a gente tomava café junto. Meu pai trabalhava no restaurante e trazia sempre pão fresco e queijo Catupiry, aquele redondinho. Como a gente morava longe e não tinha padaria perto, de vez em quando a gente tomava café com leite condensado. Minha mãe punha na medida certa, mas eu deixava escorrer mais um pouco só pra ter um pouco mais de leite e raspar com pão no fim do café.
Eu era muito pequeno, mas já um pouco malandro.
Todo dia tinha que tomar a famosa Emulsão de Scott, ou óleo de fígado de bacalhau. Em vez de esperar minha mãe vir com a colher para mim, eu corria na cozinha e tomava o famoso óleo. Só que um dia, ela desconfiou da minha vontade e que o vidro naquele dia esvaziou muito depressa e, com isso, não pude mais jogar o óleo na pia. Já o Biotonico Fontoura eu tomava na garrafa direto. Nem sujava colher.
Não gostava de tomar banho, minha mãe sempre esfregava minhas orelhas dizendo que iria nascer um pé de rabanete. Graças a Deus não nasceu, por isso, tomo banho todo dia até hoje. Se bem que eu goste muito de rabanete.
O que me intrigava era relógio. Eu não sabia ver as horas, mas sabia os números e quando meu pai queria saber as horas, pedia que eu visse no despertador e eu voltava todo imponente: O pequeno está no 5 e o grande no 3. Então ele falava que eram cinco e quinze. Mistério. O ponteiro grande valia mais que o pequeno. Outro mistério, é que o relógio de pulso do meu pai não tinha números, e ele sabia olhar as horas do mesmo jeito. Meu pai, além de ter mais de 50 metros, ter mais de um milhão de anos, sabia tudo. Até olhar números sem ter números.
Eu gostava de andar de ônibus e a gente pegava o 68 Itaberaba, que ia até o Largo do Paissandu.
Ficava feliz quando achava no chão do ônibus o canhoto dos bilhetes que o cobrador jogava fora e eu brincava de ônibus todo dia, lá em casa. Quando pagava as passagens, meu pai enrolava os bilhetinhos e colocava na aliança. Às vezes, ele deixava eu segurar os bilhetes até que um dia, veio o fiscal para picar os bilhetes e eu não sabia onde tinha deixado. Meu pai brigou com o fiscal e teve que pagar de novo. Nunca mais ele me deixou segurar os bilhetes. Pai é legal mas, as vezes, fica difícil conviver com ele.
Como a gente tinha que atravessar o Tiete, numa ponte de madeira, tinha um medo danado quando o ônibus passava e era um Pla pla, pla pla, pla pla, até que saia do outro lado. Interessante também quando o ônibus parava na Rua Santa Marina, com a porteira fechada, para esperar o trem passar. A gente ficava um tempão lá parado. Num dia de muita espera, eu não tinha nada que fazer, descobri a barriga de um gordo que subia e descia, subia e descia, e descobri que a minha subia e descia também. Nunca tinha percebido isso. A gente vai crescendo e descobrindo as coisas importantes da vida.
Eu sempre gostei de perguntar coisas. Pegava o jornal que meu pai trazia e ficava perguntando o que era isto e aquilo. O que eram aqueles desenhos, minha mãe me falou que eram letras, e juntando as letras tínhamos palavras, e assim fui aprendendo a ler e estou aprendendo até hoje. Minha mãe, além de ter toda aquela altura, quase um milhão de anos, sabia muita coisa e, com a ajuda dos dois, eu aprendi a juntar as letras e formar palavras. Assim, quando eu entrava no ônibus já sabia ler Ca sa fre tin , I Ta Be Ra BA , A GA ZE TA e muito mais .
A gente ia à casa da minha avó e descia do Itaberaba, pegava o Água Rasa no Largo do Paissandu e chegava logo, porque não tinha muitos carros na rua. Minha avó era gozada, porque falava umas palavras tão esquisitas que eu não entendia nada. Depois, eu descobri que ela era espanhola e não falava nada da Brasilei... opa de Português, ( eu não compreendia isso naquele tempo ). Eu não tinha avô. Minha mãe dizia que ele tinha ido pro céu e eu ficava triste, pois ele tinha ido embora e deixado minha avó sozinha que nem falar direito sabia.
Eu peço desculpas por tanta ingenuidade, mas eu era criança e não compreendia nada.
Até que um dia, um dia não, uma noite, meu pai me embrulhou no cobertor e nós saímos correndo. Ouvi um falatório, e o seu Nicomedes, aquele vizinho que só ouvia Cascatinha e Inahana, correu com o carro, tinha um carro de polícia na frente e no dia seguinte me acordaram dizendo que eu tinha ganhado uma irmãzinha. Grande coisa! Era uma segunda feira e eu queria era ter ficado dormindo. Acho que foi a partir daquele dia que eu fiquei com raiva de acordar cedo na segunda feira. Não pela minha irmãzinha, mas pelo meu pai e minha mãe que me acordaram fora de hora. Essa segunda feira foi num 13 de abril de 1953.
Hoje, passados muitos anos, após tudo isso, eu descobri que meus pais não tinham um milhão de anos, nem quase 50 metros de altura. Descobri que sinto saudades daquela casa, daquele bairro e, às vezes, tento ir para lá.
Perco-me no trânsito, nas novas avenidas e novos viadutos. Pelo desejo vou, pelo trânsito, fico por aqui.
Prefiro voltar, deixar que minha cabecinha fique naquele espaço mágico de tempo e pedir desculpas se alguém chegou até aqui neste relato, ingênuo até.
É que deixei de ser criança, mas continuo não entendendo muita coisa.
A única coisa que eu entendo é que hoje é 2 de novembro e estou sentindo muita falta dele.
Por José Carlos Munhoz Navarro
A gente morava na Rua Bogotá, uma travessa da Av. Itaberaba. Eu lembro que o ônibus subia e virava à direita na Av. Itaberaba e, se virasse à esquerda, ia pra Freguesia do Ó, no largo da igreja. Eu me lembro da igreja, porque toda semana santa minha mãe me levava, de madrugada, para ir na procissão... Eu tinha muito medo daquelas imagens e daquela mulher toda de preto, cantando. Mas, eu apertava a mão da minha mãe e esperava tudo terminar bem e sempre tudo terminava bem. Minha mãe não tinha 50 metros, mas era alta também. Eu lembro que ela ficava ouvindo novela, na rádio São Paulo, e toda noite tinha um programa que o locutor falava: “meu inesquecível amor” e ai, começava a ler a carta para a namorada dele. Eu não entendia muito nem de carta nem de namorada, mas, pelo pouco que eu sabia, ele não conseguia nada, pois todo dia ele repetia a mesma coisa.
Aliás, eu era quase um bebezinho e não entendia nada, quase nada.
A mesma coisa também era a vizinha que só ouvia Cascatinha e Inhana ou Jeronimo, o herói do sertão, e todo dia era “índia seus cabelos nos olhos caídos...” ou então, o Mosteiro de São Bento anunciando as horas, Tim Dom Dom, Tim Dom Dom...
Eu era bem pequeno e não tinha muitos amigos, se bem que, toda tarde, eu queria jogar bola, mas os meninos não deixavam, pois eu não fazia nada e, quando fazia, me mandavam chutar pra qualquer lado. Eu era uma espécie de café com leite, eles diziam.
Eu jogava futebol dentro de casa. Ouvia um pedaço do jogo e corria pro quintal repetindo as jogadas que ouvia, repetia em parte, pois, por mais que estivesse um a um no rádio, no quintal estava uns 34 a 2, pro meu time, é claro.
Na minha rua tinha algumas casas e muitos terrenos vazios. Nosso vizinho tinha uma plantação de morangos bem na divisa com a minha casa e ele sempre reclamava que não colhia muito morango e eu reclamava que os morangos demoravam para ficar vermelhos. Meu pai sabia por que faltava morango, mas não dizia nada.
Tinha muitos cachorros na rua, eu tinha medo, meu pai não. Também, tão grande que era, não tinha medo de nada. Depois ele me contou que trazia toda noite, restos de comida do restaurante para os cães e por isso eles gostavam dele.
Meu pai era um cara bonito. Vestia sua capa cinza e punha o chapéu na cabeça e parecia um agente secreto. Nossa casa tinha até um porão onde meu pai fazia e consertava sapatos. Nós íamos à Rua Capitão Salomão e ele comprava uma folha de couro, que vinha enrolada e amarrada com barbante, que eu teimava em trazer para casa. Com isso ele cortava e fazia as solas dos sapatos. Às vezes, ele fazia o sapato todinho. Ele nunca comprava sapato, só fazia.
Tinha um poço dentro de casa, era a única no bairro e minha mãe não precisava sair no quintal quando precisava de água. Meu pai nunca me deixou chegar perto e fez uma engenhoca que só ele e minha mãe sabiam mexer. Eu não podia fazer nada. Até que um dia, eu descobri e levei um baita susto, porque aquilo começou a voltar para traz, o balde despencou no poço, tchibummm, e eu corri pra minha cama. Não sabia me fingir de morto e fingi que estava dormindo, mas não colou porque levei uma bronca dela na hora e outra quando
meu pai chegou.
Aliás, eu era um menino pequenino e não entendia nada, quase nada.
Toda tarde a gente tomava café junto. Meu pai trabalhava no restaurante e trazia sempre pão fresco e queijo Catupiry, aquele redondinho. Como a gente morava longe e não tinha padaria perto, de vez em quando a gente tomava café com leite condensado. Minha mãe punha na medida certa, mas eu deixava escorrer mais um pouco só pra ter um pouco mais de leite e raspar com pão no fim do café.
Eu era muito pequeno, mas já um pouco malandro.
Todo dia tinha que tomar a famosa Emulsão de Scott, ou óleo de fígado de bacalhau. Em vez de esperar minha mãe vir com a colher para mim, eu corria na cozinha e tomava o famoso óleo. Só que um dia, ela desconfiou da minha vontade e que o vidro naquele dia esvaziou muito depressa e, com isso, não pude mais jogar o óleo na pia. Já o Biotonico Fontoura eu tomava na garrafa direto. Nem sujava colher.
Não gostava de tomar banho, minha mãe sempre esfregava minhas orelhas dizendo que iria nascer um pé de rabanete. Graças a Deus não nasceu, por isso, tomo banho todo dia até hoje. Se bem que eu goste muito de rabanete.
O que me intrigava era relógio. Eu não sabia ver as horas, mas sabia os números e quando meu pai queria saber as horas, pedia que eu visse no despertador e eu voltava todo imponente: O pequeno está no 5 e o grande no 3. Então ele falava que eram cinco e quinze. Mistério. O ponteiro grande valia mais que o pequeno. Outro mistério, é que o relógio de pulso do meu pai não tinha números, e ele sabia olhar as horas do mesmo jeito. Meu pai, além de ter mais de 50 metros, ter mais de um milhão de anos, sabia tudo. Até olhar números sem ter números.
Eu gostava de andar de ônibus e a gente pegava o 68 Itaberaba, que ia até o Largo do Paissandu.
Ficava feliz quando achava no chão do ônibus o canhoto dos bilhetes que o cobrador jogava fora e eu brincava de ônibus todo dia, lá em casa. Quando pagava as passagens, meu pai enrolava os bilhetinhos e colocava na aliança. Às vezes, ele deixava eu segurar os bilhetes até que um dia, veio o fiscal para picar os bilhetes e eu não sabia onde tinha deixado. Meu pai brigou com o fiscal e teve que pagar de novo. Nunca mais ele me deixou segurar os bilhetes. Pai é legal mas, as vezes, fica difícil conviver com ele.
Como a gente tinha que atravessar o Tiete, numa ponte de madeira, tinha um medo danado quando o ônibus passava e era um Pla pla, pla pla, pla pla, até que saia do outro lado. Interessante também quando o ônibus parava na Rua Santa Marina, com a porteira fechada, para esperar o trem passar. A gente ficava um tempão lá parado. Num dia de muita espera, eu não tinha nada que fazer, descobri a barriga de um gordo que subia e descia, subia e descia, e descobri que a minha subia e descia também. Nunca tinha percebido isso. A gente vai crescendo e descobrindo as coisas importantes da vida.
Eu sempre gostei de perguntar coisas. Pegava o jornal que meu pai trazia e ficava perguntando o que era isto e aquilo. O que eram aqueles desenhos, minha mãe me falou que eram letras, e juntando as letras tínhamos palavras, e assim fui aprendendo a ler e estou aprendendo até hoje. Minha mãe, além de ter toda aquela altura, quase um milhão de anos, sabia muita coisa e, com a ajuda dos dois, eu aprendi a juntar as letras e formar palavras. Assim, quando eu entrava no ônibus já sabia ler Ca sa fre tin , I Ta Be Ra BA , A GA ZE TA e muito mais .
A gente ia à casa da minha avó e descia do Itaberaba, pegava o Água Rasa no Largo do Paissandu e chegava logo, porque não tinha muitos carros na rua. Minha avó era gozada, porque falava umas palavras tão esquisitas que eu não entendia nada. Depois, eu descobri que ela era espanhola e não falava nada da Brasilei... opa de Português, ( eu não compreendia isso naquele tempo ). Eu não tinha avô. Minha mãe dizia que ele tinha ido pro céu e eu ficava triste, pois ele tinha ido embora e deixado minha avó sozinha que nem falar direito sabia.
Eu peço desculpas por tanta ingenuidade, mas eu era criança e não compreendia nada.
Até que um dia, um dia não, uma noite, meu pai me embrulhou no cobertor e nós saímos correndo. Ouvi um falatório, e o seu Nicomedes, aquele vizinho que só ouvia Cascatinha e Inahana, correu com o carro, tinha um carro de polícia na frente e no dia seguinte me acordaram dizendo que eu tinha ganhado uma irmãzinha. Grande coisa! Era uma segunda feira e eu queria era ter ficado dormindo. Acho que foi a partir daquele dia que eu fiquei com raiva de acordar cedo na segunda feira. Não pela minha irmãzinha, mas pelo meu pai e minha mãe que me acordaram fora de hora. Essa segunda feira foi num 13 de abril de 1953.
Hoje, passados muitos anos, após tudo isso, eu descobri que meus pais não tinham um milhão de anos, nem quase 50 metros de altura. Descobri que sinto saudades daquela casa, daquele bairro e, às vezes, tento ir para lá.
Perco-me no trânsito, nas novas avenidas e novos viadutos. Pelo desejo vou, pelo trânsito, fico por aqui.
Prefiro voltar, deixar que minha cabecinha fique naquele espaço mágico de tempo e pedir desculpas se alguém chegou até aqui neste relato, ingênuo até.
É que deixei de ser criança, mas continuo não entendendo muita coisa.
A única coisa que eu entendo é que hoje é 2 de novembro e estou sentindo muita falta dele.
Por José Carlos Munhoz Navarro
10 comentários:
Navarro, quanta ternura nesse seu gostoso relato,você descreveu com um jeitinho gostoso de criança,quase tudo da vida de todos nós os nascidos no Ò. Me emocionei muito lendo e me lembrando dos meus falecidos avôs e avós e principalmente do meu querido papai e de minha querida mãe,e de minha irmã Ondina, falecida a muitos anos. Valeu! Tudo muito lindo mesmo. Parabéns
Zé Carlos, seus textos são dignos de um comentário longo, mas diante desse gostoso e alegre descrever de palavras infantis, achei por bem ficar em sigilo, lendo e relendo e rindo também. Você me fez lembrar-se daquele humorista da televisão, que dizia: "Eu sou criança, não sou de nada!" Zé, você para escrever, é um Crânio!
Navarro: Texto mais gostoso de se ler!
Navarro adulto escreve. Mas é o Navarro criança que conta a sua história.
E, pelo visto, temos algumas coisas em comum: Um pai "Calzolaio" (sapateiro) e o mesmo terninho da moda com a calça de suspensórios. Veja a foto do meu logo. Embora você esteja com papai e mamãe e eu, a lado do meu irmão (precisei cortá-lo para que a foto enquadrasse), nossa roupa e postura é a mesma (risos).
Valeu por esse texto. Impossível não lê-lo até o fim.
Abração,
Natale
Belas memórias, Navarro. As coisas de criança, que nunca entende nada...mas no fundo entende tudo. Acho que quando adultos, aí sim, ficamos sem nada entender! Vc diz que continua não entendendo...mas, e quem entende? Abraço.
Navarro
A felicidade está em permanecer criança.Um olhar terno para o passado. Um privilégio ler tão boas lembranças. Parabéns!Ótimo texto!
Zé meu irmão, que bom eu não ter tido oportunidade de avisar a Sonia sobre tua decisão.
Se assim eu fizesse, nos não teriamos condições de dividir, com todos os nossos amigos, este lindo texto.
Texto aliás, que como soer acontecer, vc escreveu com as cores do coração.
Desculpa este teu irmão que, pela primeira vez, não consegue atendender uma decisão sua, e por favor, escreva mais.
Navarro, que coisa boa de ler! Um texto envolvente, escrito com a candura de uma criança pequena, tão pequena que não entende nada! Mas quanta sabedoria se encontra nessas palavras! A sabedoria do coração, que consegue traduzir as saudades de um adulto transpondo-as para as palavras de uma criança! Por mim continuaria lendo, sem pressa de terminar. E tentando agir como uma criança livre dos vícios dos adultos, peço que nos traga sempre presentes como este!
Abraço.
Olá, José Carlos!
Para mim, mesmo tendo já se passado quase 21 anos da morte de meu amado pai, até hoje rezo por ele e sinto imensa saudade.
Lembro de tantas coisas importantes que formarão nossa personalidade, minha e de meus irmãos...coisas dele, palavras, situações, hábitos, manias, tudo enfim, que ficaram e permanecerão parasmpre em nossa memória e que serviram de referência para que eu pudesse educar meus filhos também.
Boas lembranças, caro amigo!
Penso que sempre haveremos de sentir saudadedas pessoas que foram importantes em nossa formação e em toda a nossa vida. Principalmente, de nossos pais.
Muita paz!
Navarro, quando a gente cresce, lembra muita coisa de quando era criança. Descreve-las, também, não é muito difícil. O difícil é escrever como se fora uma criança. Descrever seus pais com 50 metros de altura, descobrindo grandes distâncias em pequenos trechos, leva a crer que vc não cresceu, seus pais e as distâncias é que encolheram, diminuiram... Vc continua o mesmo, do mesmo tamanho, graças a Deus. Os outros encolheram, encurtaram e desapareceram. Vc ficou pra fazer esta linda crônica. Parabéns, Navarro.
Modesto
Navarro, mais uma vez voce nos brinda com uma narrativa brilhante, que mais posso acrescentar ao que já foi dito nas linhas anteriores? parabéns pelo texto, abraços, Nelinho.
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