Imagens: ruinas do teatro das nações; Tânia Porto; Gracinda Freire, Berta Loran; José Vasconcelos
Em 1971, eu estava voltando a São Paulo, depois de uma temporada de quatro meses no Rio de Janeiro no Teatro Serrador, com a comédia “Esses Homens Traidores e seus galhos Maravilhosos”, peça que contava com um bom elenco formado, por Gracinda Freire, Miriam Rodrigues, Milton Morães, Eu e o grande humorista José Vasconcelos.
Na mesma época, eu, juntamente com humorista e hoje apresentador Raul Gil, mais a comediante Berta Loran, participávamos, também, de um quadro fixo no programa Sílvio Santos que, naquele tempo, era apresentado no auditório da TV Globo de São Paulo, que ficava no antigo cine MIAMI, na Praça Marechal Deodoro, com esse horroroso mas, útil minhocão, ainda em obras.
Nessa mesma época, eu fiz por cerca de 12 meses, um comercial da conhecida Loja de presentes GG – Gabriel Gonçalves que, depois da apresentação dos artigos que estariam em destaques com os preços mais baixos durante a semana e no fechamento do Comercial, a voz do locutor perguntava: É na Gabriel Gonçalves não é? Então, entrava a minha cara onde eu dizia o bordão: EVIDENTEMENTE.
Mas, voltando ao Teatro das Nações, essa peça foi escrita especialmente por um amigo, na época casado com uma atriz e vedete carioca Tânia Porto, contava a história de um funcionário, classificado como roupeiro, que existia em todo teatro de revista e era contratado para ajudar a estrela e vedetes na troca de roupas de cena, como também costurar e fazer arranjos em peças de roupas, danificadas pela troca constante nas cenas e, nos intervalos das seções, eram também os responsáveis pela ida na rua para compra de lanches ou atendendo a outras necessidade do elenco.
Nessa peça, esse personagem chamava-se Sofia, era um gay vivido na peça por mim, e toda a peça era em torno de sua história. Ele era alguém muito dedicado ao trabalho, mas possuía uma ambição de um dia tornar-se um grande artista.
O elenco era formado por Tânia Porto, eu a Adib que, além de atriz, era a coreografa, Miguel Rosenberg, Lúcia Nery, seis bailarinas e um conjunto muito bom de músicos oriundos de ótima escola de músicos em Tatuí – SP. ( infelizmente eu não me lembro mais do nome do conjunto).
Bem, falei tudo isso para dizer que, no dia da estréia, a seção foi dedicada aos críticos teatrais.
Eu e mais um irresponsável resolvemos sacanear todo mundo; então, comprei em uma farmácia da Alameda Grete, que ficava ao lado, três vidros de um purgante que não tem gosto, cheiro e era incolor, chamado Gutalax, (não sei se ainda existe).
Despejei todo o conteúdo do mesmo nos refrigerantes que foram servidos ao pessoal presente.
Resultado: uma hora e meia depois, foi uma grande correria aos banheiros. Tivemos que correr, às pressas, à farmácia comprar mais papel higiênico.
É costume na estréia de uma peça de teatro os convidados e amigos dizerem merda, no lugar de desejar sucesso para o elenco e responsáveis pela peça.
Naquele dia, não só desejaram como também, literalmente, fizeram.
Por Arthur Miranda (tutu)
Em 1971, eu estava voltando a São Paulo, depois de uma temporada de quatro meses no Rio de Janeiro no Teatro Serrador, com a comédia “Esses Homens Traidores e seus galhos Maravilhosos”, peça que contava com um bom elenco formado, por Gracinda Freire, Miriam Rodrigues, Milton Morães, Eu e o grande humorista José Vasconcelos.
Na mesma época, eu, juntamente com humorista e hoje apresentador Raul Gil, mais a comediante Berta Loran, participávamos, também, de um quadro fixo no programa Sílvio Santos que, naquele tempo, era apresentado no auditório da TV Globo de São Paulo, que ficava no antigo cine MIAMI, na Praça Marechal Deodoro, com esse horroroso mas, útil minhocão, ainda em obras.
Nessa mesma época, eu fiz por cerca de 12 meses, um comercial da conhecida Loja de presentes GG – Gabriel Gonçalves que, depois da apresentação dos artigos que estariam em destaques com os preços mais baixos durante a semana e no fechamento do Comercial, a voz do locutor perguntava: É na Gabriel Gonçalves não é? Então, entrava a minha cara onde eu dizia o bordão: EVIDENTEMENTE.
Mas, voltando ao Teatro das Nações, essa peça foi escrita especialmente por um amigo, na época casado com uma atriz e vedete carioca Tânia Porto, contava a história de um funcionário, classificado como roupeiro, que existia em todo teatro de revista e era contratado para ajudar a estrela e vedetes na troca de roupas de cena, como também costurar e fazer arranjos em peças de roupas, danificadas pela troca constante nas cenas e, nos intervalos das seções, eram também os responsáveis pela ida na rua para compra de lanches ou atendendo a outras necessidade do elenco.
Nessa peça, esse personagem chamava-se Sofia, era um gay vivido na peça por mim, e toda a peça era em torno de sua história. Ele era alguém muito dedicado ao trabalho, mas possuía uma ambição de um dia tornar-se um grande artista.
O elenco era formado por Tânia Porto, eu a Adib que, além de atriz, era a coreografa, Miguel Rosenberg, Lúcia Nery, seis bailarinas e um conjunto muito bom de músicos oriundos de ótima escola de músicos em Tatuí – SP. ( infelizmente eu não me lembro mais do nome do conjunto).
Bem, falei tudo isso para dizer que, no dia da estréia, a seção foi dedicada aos críticos teatrais.
Eu e mais um irresponsável resolvemos sacanear todo mundo; então, comprei em uma farmácia da Alameda Grete, que ficava ao lado, três vidros de um purgante que não tem gosto, cheiro e era incolor, chamado Gutalax, (não sei se ainda existe).
Despejei todo o conteúdo do mesmo nos refrigerantes que foram servidos ao pessoal presente.
Resultado: uma hora e meia depois, foi uma grande correria aos banheiros. Tivemos que correr, às pressas, à farmácia comprar mais papel higiênico.
É costume na estréia de uma peça de teatro os convidados e amigos dizerem merda, no lugar de desejar sucesso para o elenco e responsáveis pela peça.
Naquele dia, não só desejaram como também, literalmente, fizeram.
Por Arthur Miranda (tutu)
8 comentários:
Tutu,o esgoto da Avenida São João, nesse dia, deve ter tido um grancde trabalho.
O pwerfume no teatro devia estar intragável.
Depois vc comenta meus textos e diz que eu era malvado?
Aí, hein, Arthur?! Então você e o seu companheiro fizeram uma verdadeira "merda" com os críticos! Espero que eles não tenham descoberto essa brincadeira, senão poderiam vingar-se jogando a dita cuja no ventilador e metendo o pau na peça... risos.
Mas conte mais! Você deve ter muitas outras histórias interessantes como essa para contar.
Abraço.
Boa Arthur!
O mundo do teatro atrás dos palcos. Um mundo que fervia e enlouquecia, antes que subisse o pano. Raras vezes fui a uma estréia para críticos e convidados. Mas lembro que a tensão dessas estréias estendia-se sobre os convidados. Era terrorismo puro.
E que bom que você nos trouxe a apaixonante Berta Loram - vedette, comediante - e uma grande atriz dramática (pena que esse lado da atriz foi pouco explorado pela TV.)
E que bom que, nessa estréia, a sorte veio de graça (rss). "Muitos caminhões de merda" desceram pelas latrinas do Teatro das Nações... Ahahahahaaaaa! Pena que vocês não tiveram a idéia de, em vez do papel higiênico, dar aos críticos uma folha de jornal, especificamente a folha de crítica teatral.
Gostei do teu texto!
E quanto a Gabriel Gonçalves, lembro de um dos últimos cormeciais para TV que terminava assim: E GG, VOCÊ JÁ SABE!...
Abração,
Natale
Tutu. Eu que vivi grande parte da minha vida metido no meio artístico, anos 1960 (TV Excelsior) e anos 1970 bandeirantes, percebia que as merdas caídas nos palcos não eram fétidas. Era merdas invisíveis embora a imaginação fizesse com que os artistas "meneia-se a cabeça para ambos os lados se esquivando da merda" Era um tempo de boas merdas. Um tempo que a TV Excelsior era considerada uma escola de artistas e criatividade de programas. Pena que o dono metido na política tenha sido um perseguido da ditadura militar e quando ele Mario Simonsen veio a falecer houve um desanimo dos propulsores financeiros Banco Bozzano Simonsen, que foi asfixiado a emissora até vir a falência. Como ela teimava em continuar teve aquele incêndio criminoso que fez o Peirão de Castro no programa de esportes sair correndo para não morrer queimado. Quando a TV Excelsior acabou morreu um pedaço da historia da TV.
Belo passado artístico, Tutu. Parabéns. Só não o parabenizo pela brincadeira. Vc tomou o mote "merda " demasiado literalmente...abraços.
Olá, Arthur!
Que legal suas histórias!
Conviver com estas personalidades artísticas...que honra!
Quanta coisa você tem para contar.
Estamos aguardando muitas outras de suas aventuras.
Mas, que sacanagem, heim! Purgante?
Credo!
Valeu, Arthur!
Obrigada.
Muita paz!
Nessa escatológica narrativa, temos a impressão de o odor nauzeabundo se espalhou pelo teatro todo. A corrida ao banheiro (que não deviam ter muitos), fez muita gente desfivelar as calças, cruzar as pernas e torcer, gritando na porta de um dos banheiros: "depressa que já está escorrendo pelas pernas, se a tua está dura suspenda por uns minutos, por favor". O outro responde: "Não dá, está muito mole e estou aproveitando com uma lavagem completa com lubrificação intestinal. Cague aí no chão, mesmo, não se preocupe com o "perfume". Esperimente peidar..."
Desculpe, Arthur, foi vc que começou(rsrsrsrsrs).
Mô
Mô...você foi fundo na merda!
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