No domingo, 21 de novembro passado, a televisão nos mostrou alguns lances do show daquele que foi, juntamente com seus três companheiros, do quarteto mais famoso do mundo, os Beatles.
Momentos de raríssima simplicidade e simpatia.
Esteve no Brasil a figura enigmática de 'Sir' Paul McCartney e sua banda, em Porto Alegre e São Paulo.
Cantando velhos sucessos da famosa e hoje extinta banda, além de composições de sua carreira solo, Paul nos remeteu às saudades das décadas de sessenta e setenta com canções como 'Black Bird', do White Album, 'The End' do Abbey Road, dentre outras.
Ficamos nós, telespectadores, prejudicados pela curta duração a apresentação televisiva, posto que, o show no estádio do Morumbi durou mais de três horas e nós, pobres telespectadores, tivemos de nos contentar com míseros cinquenta minutos de edição, intercalados por cortes na edição e dos intervalos comerciais.
Mas, tudo bem. Mesmo que tenha sido uma curta apresentação (televisiva), os paulistanos puderam inebriar-se com a contagiante simpatia do ex Beatle que, num português carregado de sotaques, brincou com a platéia que encheu os gramados e as arquibancadas do estádio do Morumbi.
Os ingressos não foram para muitos. Com a média de R$ 400,00 (quatrocentos reais) por cabeça, estimou-se um público de cinquenta mil pessoas, em média, em cada um dos dois dias do show, domingo e segunda-feira.
Olhando atentamente para o semblante do Paul, veio-me à lembrança uma sua composição em parceria com John Lennon, intitulada 'When I'm Sixty-Four' que, numa tradução literal quer dizer 'Quando eu tiver sessenta e quatro (anos)', música inclusa no album Sargent Pepper's Lonely Hearts Club Band, de mil novecentos e 'bolinha', aonde está a explícita alusão preocupante de alguém com idade avançada (naquela época ainda não existia a expressão 'melhor idade'), com a perda dos cabelos e a incógnita de um futuro cheios de incertezas.
No show que assisti pela televisão, pude ver um Paul McCartney bem distante daquela suposta realidade que inspirou-lhe a música. Estava no palco um Paul McCartney 'menino', no alto de seus sessenta e oito anos de idade, com cabelos, lépido e bastante energético.
Bi-remanescente dos Beatles (só restam ele e Ringo Starr) compôs com os outros integrantes, em uma das mais antológicas bandas de rock dos anos sessenta e, em meio a polêmicas e alguns outros escândalos, foram mídia e manias na juventude que muitos de nós tivemos.
John, Paul, Ringo e George formaram o quarteto mais famoso do mundo e nos encantou com as muitas baladas e rocks que retratavam situações amorosas ou casos engraçados.
Perdemos os Beatles, mas, em nossa nova realidade literária, fazemos parte onde alguns participantes já superaram os 'sessenta e quatro' e estão aí, igualmente compondo suas lembranças e memórias para a nossa alegria e entretenimento.
São autores como Modesto, Miguel, Leonello, Tutu, Margarida, Lopomo, Soninha (ops, essa é ainda muito jovem), Saidenberg, Zeca Paes, Wilson Natale, Laer e muitos outros (que me perdoem os que aqui não citei) que, no alto de seus 'sessenta e tantos' ou mesmo 'setenta e alguns' sempre nos brindam com shows literários e na íntegra e sem que para isso tenhamos de gastar uma fortuna com ingressos e nem precisemos estar na chuva para nos deleitarmos com suas belas crônicas e causos do cotidiano paulista.
Beatles, Pelé, Elvis Presley e Roberto Carlos, são e serão sempre únicos na mídia artística e musical.
Na literatura, detenho-me na companhia de amigos e amigas que me inspiram a escrever e transmitir os sentimentos e as saudades de uma época mágica e muito romântica.
Espero estar ao lado de todos, mesmo quando estiver com mais de 'sessenta e quatro anos'.
Minhas sinceras homenagens a todos que me permitiram fazer parte de um grupo tão seleto, jovial e inspirador.
Por Nelson Assis
Momentos de raríssima simplicidade e simpatia.
Esteve no Brasil a figura enigmática de 'Sir' Paul McCartney e sua banda, em Porto Alegre e São Paulo.
Cantando velhos sucessos da famosa e hoje extinta banda, além de composições de sua carreira solo, Paul nos remeteu às saudades das décadas de sessenta e setenta com canções como 'Black Bird', do White Album, 'The End' do Abbey Road, dentre outras.
Ficamos nós, telespectadores, prejudicados pela curta duração a apresentação televisiva, posto que, o show no estádio do Morumbi durou mais de três horas e nós, pobres telespectadores, tivemos de nos contentar com míseros cinquenta minutos de edição, intercalados por cortes na edição e dos intervalos comerciais.
Mas, tudo bem. Mesmo que tenha sido uma curta apresentação (televisiva), os paulistanos puderam inebriar-se com a contagiante simpatia do ex Beatle que, num português carregado de sotaques, brincou com a platéia que encheu os gramados e as arquibancadas do estádio do Morumbi.
Os ingressos não foram para muitos. Com a média de R$ 400,00 (quatrocentos reais) por cabeça, estimou-se um público de cinquenta mil pessoas, em média, em cada um dos dois dias do show, domingo e segunda-feira.
Olhando atentamente para o semblante do Paul, veio-me à lembrança uma sua composição em parceria com John Lennon, intitulada 'When I'm Sixty-Four' que, numa tradução literal quer dizer 'Quando eu tiver sessenta e quatro (anos)', música inclusa no album Sargent Pepper's Lonely Hearts Club Band, de mil novecentos e 'bolinha', aonde está a explícita alusão preocupante de alguém com idade avançada (naquela época ainda não existia a expressão 'melhor idade'), com a perda dos cabelos e a incógnita de um futuro cheios de incertezas.
No show que assisti pela televisão, pude ver um Paul McCartney bem distante daquela suposta realidade que inspirou-lhe a música. Estava no palco um Paul McCartney 'menino', no alto de seus sessenta e oito anos de idade, com cabelos, lépido e bastante energético.
Bi-remanescente dos Beatles (só restam ele e Ringo Starr) compôs com os outros integrantes, em uma das mais antológicas bandas de rock dos anos sessenta e, em meio a polêmicas e alguns outros escândalos, foram mídia e manias na juventude que muitos de nós tivemos.
John, Paul, Ringo e George formaram o quarteto mais famoso do mundo e nos encantou com as muitas baladas e rocks que retratavam situações amorosas ou casos engraçados.
Perdemos os Beatles, mas, em nossa nova realidade literária, fazemos parte onde alguns participantes já superaram os 'sessenta e quatro' e estão aí, igualmente compondo suas lembranças e memórias para a nossa alegria e entretenimento.
São autores como Modesto, Miguel, Leonello, Tutu, Margarida, Lopomo, Soninha (ops, essa é ainda muito jovem), Saidenberg, Zeca Paes, Wilson Natale, Laer e muitos outros (que me perdoem os que aqui não citei) que, no alto de seus 'sessenta e tantos' ou mesmo 'setenta e alguns' sempre nos brindam com shows literários e na íntegra e sem que para isso tenhamos de gastar uma fortuna com ingressos e nem precisemos estar na chuva para nos deleitarmos com suas belas crônicas e causos do cotidiano paulista.
Beatles, Pelé, Elvis Presley e Roberto Carlos, são e serão sempre únicos na mídia artística e musical.
Na literatura, detenho-me na companhia de amigos e amigas que me inspiram a escrever e transmitir os sentimentos e as saudades de uma época mágica e muito romântica.
Espero estar ao lado de todos, mesmo quando estiver com mais de 'sessenta e quatro anos'.
Minhas sinceras homenagens a todos que me permitiram fazer parte de um grupo tão seleto, jovial e inspirador.
Por Nelson Assis
8 comentários:
Nelson meu grande amigo bixiguiano, como sempe vc conseguiu escever mais um texto sensácional, e eu, mesmo não tendo curtido esse grupo musical, vivi e acompanhei seu estrondoso sucesso.
Com relação aos autores da "jovem-guarda da terceira idade" citados neste texto, devo dizer que é uma turma por demais bacana e que sente, sinceramente, a falta de sua presença física com a gente.
Um dia, se Oxalá permitir, você estará entre nos para comer umas redondas e jogar conversa fora,
Nelson, Falar de Paul Ma Cartney é ir ao inicio dos anos 1960, quando essa banda até então desconhecida encantava os jovens. Mas muita gente como eu, que gostava da musica brasileira e tinha enraizado a Bossa Nova como o maior movimento musical do Brasil, não dávamos importância, mesmo porque em seu inicio os Beatles tocava um rock pesado o chamado Rock Pauleira, muita gritaria, sua musicas não eram vertidas para o português talvez porque havia muita complexidade para se fazer a versão. Mas quando chegou 1965, e eles começaram a mudar o repertorio para musicas mais românticas e um ritmo mais calmo, e com letras simplesmente fantásticas, Como: Michel, Yestedey, Ana, ai não deu para ficar sem ouvir, esses maravilhosos rapazes de Liverpool. E com as versões em português que eram interpretadas por Renato e Seus Blue Caps, a coisa ficou mais deliciosa. Pena que o conjunto ficou apenas até o ano de 1970, graças há uma intrometida oriental que dividiu o grupo, e o conjunto de desfez. Uma pena que John Lenon, a maior cabeça do conjunto foi assassinado ainda jovem, por que senão teríamos mais coisas lindas vindo em parceria com Paul. Ver Paul aos 68 anos com toda a sua simpatia e cantando coisas do seu tempo de Beatles foi uma benção musical. E como gostava de dizer, Vinicius de Moraes. A sua benção Paul McCartney!
Nelson, gostava do Beatles, como também adorei o que vi pela TV do Show do Paul Mc Cartney. Mas sinceramente hoje em dia gosto muito mais do Beatles literários revivendo suas memórias aqui no Blog, e assim como o Miguel, fico aguardando ansioso o dia que esse nordestano uma mistura de nordestino com Paulistano, esteja presente também no nosso encontro das redondas. Ou você prefere ser visto como Baitano. kkk. Parabéns.
Nelson: Beatles for ever and ever and everrrrr!
Fui, sou e serei "ever" um beatlemaníaco!
Ví pela TV o show do Paul e voltei aos anos 60,70. E sempre é bom falar e rememorar os rapazes de Liverpool.
Gostei demais do texto!
Em tempo: Tenho enviado e-mails a você, mas não tenho retorno seu desde que clonram o meu hotmail.
O meu endereço de e-mail é igual. Só que em vez de "hotmail" você coloca "uol".
Ou pode ser que eu, qdo formatei o meu computador, tenha escrito seu e-mail errado.
Abração,
Natale
Bela homenagem, Nelson.
Os Beatles, com seu incrível talento foram mesmo um marco divisório na moderna música popular, e a porta de entrada para conjuntos mais audaciosos e e devairados, porém sem a mesma musicalidade. Agradeço a citação de meu nome, e lembro que no início do Quarteto de Liverpool, li numa Manchete crônica de Fernando Sabino, falando dos "ululantes cabeludos", que como prenunciavam o final dos tempos...ele ainda não tinha visto nada!
Um abraço.
Nelson, belíssimo texto, digno do homenageado que nos brindou com sua simpatia e suas músicas que já fazem parte da história da humanidade. Eles foram um fenômeno, ainda não igualado. Tornaram-se conhecidos e amados no mundo inteiro, até mesmo em países mais fechados e, mesmo após o desmantelamento da banda, continuaram e continuam agradando a todas as idades e arregimentando fãs por todo o mundo. Sua trajetória foi curtíssima, mas deixaram sua marca na história da música e da humanidade. E Paul é hoje o continuador dessa história...
Parabéns!
Abraço.
Olá, Nelson!
Para mim, foi uma emoção saberde Paul aqui no Brasil. Pena eu não poder ter isoaos shows. Mas, fiquei feliz em poder ver pela TV o show de Sampa...
Beatles marcou o começo de minha adolescência e influenciou em meus gostos musicais...
Gosto demais de suas canções e adorei poder ouvir algumas delas na voz do sessentão, quase setentão Paul...
Valeu, Nelson!
Obrigada.
Muitapaz!
Nelson, tenho exatamente 10 anos a mais que o Paul. Lembro, morando na rua do Gasômetro, com a Myrtes e filhos em volta da tv, no programa do açucar União, com Bibi Ferreira, ela apresentou um vídeo de um conjunto musical inglês, o lançamento em primeira audição para o Brasil: "Help". Menino, vibrei, no dia seguinte fui procurar e não encontrei o disco, (ainda não tinha saído). Só sabia que help era socorro mas, não importava, achei (e até hoje)uma música fantástica.
Sua narrativa veio mesmo a propósito. Meu filho Maurício foi assistir o show e foi isso mesmo que vc descreveu, FANTÁSTICO.
Pena que tivemos que esperar ele envelhecer pra ve-lo, ao vivo, mas, mesmo assim valeu a pena.
Sua escrita, como sempre, melhor do que o show. Abraços.
Modesto
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