imagem: EMEF Rui Barbosa - Vila Guilherme
No ano de 2000, eu estava um pouquinho ( para ser modesto) fora do peso.
Nesta época eu lecionava à noite na EMEF Rui Barbosa , nos altos da
Estrada da Conceição na Vila Guilherme.
Sempre fui um amigo professor e um professor amigo. Durante as aulas eu
era o professor amigo, aquele que atende mas mantem a ordem e a disciplina.
Fora das aulas era o amigo professor, amigo antes de ser professor.
O estacionamento da escola ficava em um terreno de frente para a escola,
do outro lado da rua.
Um belo dia, já no horário de verão, e portanto dia claro, apesar das 18:30 horas, estacionei o carro e me preparei para atravessar a avenida, no exato momento em que vinha um destes caminhões que vende produtos de limpeza, anunciando a todo volume a aos altos berros os seus produtos.
Como estes veículos andam bem devagar, tentei atravessar; quando fui, achei que não dava e parei, no mesmo instante que o motorista parou também.
Como eu parei ele foi, e como ele parou eu fui também, e novamente deu-se o impasse; parei eu, parou ele, e para não ficar neste vai e para, para e vai, o motorista do caminhão falou no alto falante: " ATRAVESSA GORDINHO".
Eu sorri e fui. Ao chegar do outro lado da rua, ele brincou de novo :" BOA NOITE,GORDINHO".
Um grupo de alunos que já estava na porta da escola, caiu na risada, eu sorri também, entrei e fiz meu trabalho normalmente.
Um belo dia, já no horário de verão, e portanto dia claro, apesar das 18:30 horas, estacionei o carro e me preparei para atravessar a avenida, no exato momento em que vinha um destes caminhões que vende produtos de limpeza, anunciando a todo volume a aos altos berros os seus produtos.
Como estes veículos andam bem devagar, tentei atravessar; quando fui, achei que não dava e parei, no mesmo instante que o motorista parou também.
Como eu parei ele foi, e como ele parou eu fui também, e novamente deu-se o impasse; parei eu, parou ele, e para não ficar neste vai e para, para e vai, o motorista do caminhão falou no alto falante: " ATRAVESSA GORDINHO".
Eu sorri e fui. Ao chegar do outro lado da rua, ele brincou de novo :" BOA NOITE,GORDINHO".
Um grupo de alunos que já estava na porta da escola, caiu na risada, eu sorri também, entrei e fiz meu trabalho normalmente.
Dia seguinte cheguei na escola e percebi que havia um número incomum da
alunos na porta da escola, mas não atinei com nada, parei o carro normalmente
no estacionamento e fui para o meio fio, a fim de atravessar a avenida, quando
parei para ver se não vinha vindo ninguém, a moçada lá do outro lado, em coro
entoou:" ATRAVESSA GORDINHO". Sorri e atravessei, chegando ao outro
lado, a turma me recebeu com um sonoro:" BOA NOITE GORDINHO". E foi
aquele mundo de risada, cujo som delicioso, escuto até hoje pelos ouvidos
d'alma e com saudade no coração.
Por Marcos Aurélio Loureiro
5 comentários:
Olá, Marcos!
Boas lembranças... Acrescidas de sons, cheiros, vozes, rostos que nos levam novamente para tempos idos em que fomos felizes, não é mesmo?
Valeu por estas suas memórias. Traga-nos mais.
Muita paz!
Sonia Astrauskas
Nada melhor que lembrar dos professores. Principalmente daqueles que nos eram tão queridos. Poucos se davam ao trabalho de sorrir para os pobres mortais que dependiam dele para crescer na vida. Pelo visto, você deve ter deixado muito boas lembranças.
Marcolino, mesmo sofrendo bulling, uma lembrança é sempre boa de ser lembrada. Ela nos faz reviver momentos já passados e nos dá a certeza de termos vivido, sempre, com muita intensidade.
Valeu te ler e compartilhar esse teu momento.
Felicidade poder colher no jardim das lembranças, flores perfumadas de tempos vividos com sabedoria e paciência. Parabéns pela lição de vida professor!
Pois é Marcos, só hoje abrí o site, faz muito tempo que não escrevo nada, meu trabalho me tomo todo o expediente, mas teu comentário é interessante, o mais importante é que você assimilou com esportividade a brincadeira da turma, eu me recuso a chamá-lo de gordinho, eu diria simplesmente "avantajado", um grande abraço, Nelinho.
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