quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Saudade

 
imagem: Paróquia São José do Ipiranga
 
 São 01:15 horas da madrugada; todos aqui em casa já se recolheram para o merecido descanso e eu continuo acordado pois o sono ainda não chegou a me incomodar. Vou à janela para sentir a brisa refrescante da madrugada... Meu olhar se dirige para o final da rua, lá em baixo, e logo começo a recordar os bons momentos que passei neste meu querido bairro do Ipiranga e, também, as pessoas com as quais tive algum contato durante todo esse tempo.
Na esquina das ruas Lino Coutinho e Lucas Obes, ficava a barbearia do Afonso, depois passou para o Antônio Grimaldi e, finalmente, ficou com o Jeremias Sapupo; hoje já não existe mais.
O campinho de terra batida, onde joguei bola, deu lugar a um prédio de apartamentos e uma fileira  de sobrados. Onde estarão os amigos de ontem? O Valdemar, o Nilson, a Irene filha do alfaiate, a Jane com a qual cheguei a manter um breve namorico... Era uma loira muito bonita (há anos fiquei sabendo que ela casou-se com um americano e foi morar em Nova York), a Madalena que morava na Rua Cipriano Barata, tinha longos cabelos cor de ouro, as duas filhas do Sr. Issa que moravam na Lucas Obes, onde ele mantinha um empório, a Inês neta de um casal de alemães que residiam na Rua Agostinho Gomes, graças a essa família passei a gostar da salada de beterraba, a Cidinha filha da Elvira e do Alberto, a Dalva Abdala, o José Cursio companheiro do tempo de coroinha na Igreja São José, o Paulinho Carioca, o Porfirio grande bailarino que dançava nas noites de domingo no CDR São José, o Eurípedes Lastebasse,  com quem disputei memoráveis partidas de xadrez.
  São lembranças que estão adormecidas em algum escaninho de minha memória mas, de vez em quando despertam e trazem consigo uma imensa saudade.


Abraços, Leonello Tesser (Nelinho)

4 comentários:

Soninha disse...

Olá, Nelinho!

Ipiranga era, praticamente, o meu quintal, pois nasci na Vila Prudente, quase Alto da Mooca e íamos, minha irmã mais velha e eu, passear pelo Ipiranga, no Museu Paulista, no Parque Ipiranga, na rua Silva Bueno por causa das lojas... Enfim...
Valeu!
Aguardo novas histórias, ok?
Muita paz!

Unknown disse...

Nelinho, viver com as lembranças, além da saudades, nos dá a certeza do quanto vivemos a fomos felizes. Valeu comprovar mais uma vez a sua fama de galã com as "minas" da época.

Teresa disse...

É uma grande felicidade ter o que recordar e saber dividir as boas lembranças. Continue a publicar suas lembranças que nos fazem muito bem.

Modesto Laruccia disse...

Nelinho, querido, cá estamos novamente trocando letras pelo esforço da Soninha e do Miguel, o único que está sempre presente as "rodadas". Pena que dão sempre o endereço errado pra ele. A pizzaria é no Butantan e ele vai pro Ipiranga. Não faz mal, um dia ele vai acertar.
Como é bom os velhos tempos né, Nelinho? ver passar os anos, embriagar-se ouvindo velhos sambas, marchinhas, tangos, valsinhas, cantores que nos trazem o melhor que essa bendita terra já conheceu. Paraabéns, Nelinho, una giornata da vero belíssima. Arrivederci auguri. Parabéns.