imagem: Instituto Biológico de São Paulo
Sempre
fui adepto de brincadeiras com noivos e noiva, meus leitores já devem conhecer
esta característica mercê de textos anteriores.
Muito
bem, sexta feira passada fui à São Paulo para buscar umas receitas médicas que
haviam sido deixadas para mim no Convênio. Como meu filho, Alfredo,
aniversariou dia 08 de maio, combinamos, então, de nos encontrarmos para por as
conversas em dia e molhar as goelas, um tanto quanto secas pelo papo, com copos
de Itaipavas prá lá de geladas.
Quando
estávamos marcando o encontro perguntei ao Alfredo onde seria o encontro e ele,
de pronto me disse: - Pai, vamos nos encontrar em frente às catracas da Estação
Vila Mariana do Metrô. Conheço um barzinho “da hora” ali perto!
Local
decidido, horário combinado, nada mais havia a fazer do que esperar a data
aprazada.
Dia 08/05
pontualmente às 17h00, cheguei ao ponto do encontro. Meu filho, como soe
acontecer, chegou um pouco (desta vez, pouco mesmo) atrasado. Depois dos beijos
normais encetamos a caminhada até o tal barzinho.
Quando
chegamos ao local, “surpresa!”, era um bar muito meu conhecido anos atrás.
Contei isso a ele e ouvi dele: - Pô pai, onde você não conhece?
Entramos
e sentamos a uma mesinha. Pedimos a primeira birra e começamos a tagarelar.
No meio
da conversa comecei a me lembrar da última vez que ali estive e, depois de
algumas gargalhadas, decidi contar ao Alfredo o que aconteceu naquele dia.
Foi
assim: Estávamos nos anos 70, não me lembro exatamente a data, sei apenas que
iríamos participar do casamento de um casal de grandes amigos, Valfrido e Léo.
Ele
morava naquela época na Vila Mariana em uma casa no final de uma vila
residencial e a festa do casório seria realizada na sua casa.
No dia,
finda a cerimônia religiosa, nos dirigimos ao local do rega bofe. Lá chegando,
me deparei com o Vado, primo do noivo e também muito meu amigo.
Então,
conversa vai, conversa vem, resolvemos fazer uma brincadeira com o noivo. Qual
seria a brincadeira? Roubar a noiva por uns momentos de boas gargalhadas.
Resolvidos,
esperamos a noiva aparecer no início do corredor da Vila, fomos abraçá-la e com
nossos abraços amigáveis fomos empurrando-a para dentro do meu carro.
A Leo,
baiana arretada, percebeu e aceitou a brincadeira. Entrou no carro. Entramos
também e sem dizer nada a mais ninguém, raptamos a noiva e a levamos para o bar
onde eu estava agora sentado junto com meu filho. A brincadeira não terminou
ali, eu ainda deixei o Vado e a Leo no bar tomando uma caipirinha oferecida pelo
dono do bar pelo inusitado da visita e fui até minha casa no Bixiga Busscar uma
câmera fotográfica para registrar a ocorrência.
Na minha
volta, depois de algumas fotos, entramos no carro e nos dirigimos até o
Instituto Biológico no final da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves. Lá
chegando assustamos a Leo pedindo que ela entrasse de sapatos e tudo no
laguinho artificial, mas logo em seguida desmentimos e entrando no carro
voltamos para a casa do noivo que, naquela altura, espumava de raiva e prometia
quebras a minha cara e a cara do Vado. Depois de uns poucos momentos de
suspense o clima desanuviou, o casamento prossegui no meio de muitas
gargalhadas regadas a cervejas e salgados diversos.
Mais uma
vez o bom senso havia prevalecido aos dissabores de uma boa e amigável
brincadeira.
Por Miguel Chammas
7 comentários:
Oieee...
Legal você ter se encontrado com seu filho e poder colocar as conversas em dia e ainda poderem tomar uma cervejinha gelada, em local bacana de Sampa...
matar a saudade, relembrar os momentos felizes de tempos de outrora...
Bacana! Valeu!
Muita paz! bjssssss
Miguel e suas brincadeiras casamenteiras.
É um belo lugar o Biológico, que conheci até seus torreões qando pequeno, no ano em que meu pai trabalhou ali. Abraços.
Bela historia Miguel, muito gostoso poder recordar esses bons momentos da vida ao lado dos nossos filhos. Valeu. Parabéns.
Querido Miguel, desejo muitas felicidades e saúde, para você pelo seu aniversário, que acontecera no próximo dia 26 de maio, para podermos comemorar muitos encontros com as redondas juntamente com os demais companheiros do Blog e do site.
Tutu e Denise.
Eita tempinho bom!!!
Perdía-se o amigo, mas não a piada!
Ahahahahahaaaa!
Gostei do texto. Um local e uma lembrança em dois tempos. O presente e o passado.
Aqueles eram os tempos das loucuras sadias, pelo simples prazer de ser feliz.
Hoje, por qualquer coisa, faz-se uma tragédia.
Eu continuo gostando daquele acabar em pizza, com direito à revanche que, também, acabava em pizza! Ahahahaaaaa!
Abração,
Natale
Miguel, gostei do seu encontro com seu filho, é sempre nobre a retenção da velha amizade entre pai e filho, quando os dois se merecem, tenho certeza.
Quanto ao "sequestro", Chammas, vc deveria pegar, pelo menos, 2 a 3 anos de "galera". E não em casa mas sim, com trabalhos forçados. Coitado do noivo. A noiva, também pegaria 1 ano como cúmplice. Parabéns, Miguel, gostei da fábula.
Laru
Miguel, como pai sinto como é emocionante o encontro com um filho, posso avaliar tua alegria, agora esse "sequestro" em dia de casamento deve ter sido sensacional, loucuras da mocidade feitas sem malícia ou maldade, parabéns pela história, abraços, Nelinho.-
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