Por fim
acabei aceitando,
Que meu
corpo, não é imortal.
que
ninguém, nesse mundo é o tal.
Todo
mundo envelhecerá
E por
mais que alguém sempre tente,
ninguém
ficará pra semente.
Por fim
acabei aceitando,
que se
ainda estou vivo no mundo,
É para
tentar dar um pouco de mim.
ser
alguém para o meu semelhante
caminhar
e seguir sempre avante,
e um dia
por certo partir.
Por fim
acabei aceitando
que meus
pais e irmãos não durariam para sempre.
que meus
filhos todo dia um pouco,
caminhariam
sem precisar de mim.
Que eles
não eram como antes eu supunha,
propriedade
exclusiva só minha.
E que a
liberdade e livre escolha
era um
direito deles também.
Por fim
acabei aceitando
Que todos
meus bens e meus dons
foram a
mim confiados e concedidos
apenas
por empréstimo.
E que
nesse mundo eu sou apenas
um
simples caseiro.
Cuidando
da propriedade do nosso
Proprietário
e Senhor.
Por fim
acabei aceitando.
que um
dia deixarei esse mundo,
sem nada
do que eu juntei
que meus
bens, e todos meus tesouros
partilhados
seriam um dia
por
outros que no futuro estarão por aqui.
Por fim
acabei aceitando,
que meu
apego aos bens materiais
só
dificultariam um dia ainda mais,
a minha
despedida, e a minha viagem de volta.
Por fim
acabei aceitando, que meu carro,
minha
conta bancaria,
A minha
casa na praia.
Nada
disso realmente jamais foi propriedade minha,
estava
tudo consignado.
Não foi
fácil ! Mas eu aceitei.
Tive que
aceitar até que eu nunca sou nada.
e que o
mundo continuaria sua longa caminhada
sem
precisar mais de mim.
Virei um
campo de Lutas
e no meio
das escaramuças
eu de
repente parei.
Parei,
quando notei,
o meu
orgulho ferido,
a
prepotência abalada
a minha
aparência mudada,
pelos
muitos anos vividos
Então
matei minha arrogância.
a minha
enorme ganância
me enchi
de enorme esperança.
e
procurei encontrar só a Paz.
Pois se
não é muito fácil mudar.
mais
difícil ainda é, aceitar.
Para
meditação durante a semana santa.
Por Arthur
Miranda (tutu)
9 comentários:
Tutu, graças a Êle você acabou aceitando.
Eu também aceite e depois da tormenta, passei a viver melhor.
Obrigado por me lembrar dessa aceitação. Lembrá-la nos faz crescer espiritulmente
Oieeeee...
Realmente, é o melhor que temos a fazer...
Fazer o bem, sempre. Mesmo que seja uma pequena parte, pois sempre germirarão as boas sementes, por menores que sejam.
As grandes mudanças acontecem primeiramente nas pequenas atitudes e, se quisermos transformar o mundo, realmente temos de dar o primeiro passo.
Muito boa esta sua reflexão.
Parabéns!
Obrigada.
Muita paz!
Essa delicada introspecção, nos faz repensar o quanto de tempo e saúde temos perdido ao tentar "ajustar" nossas vidas na vã possibbilidade de alcansar o inatingível ápice daquilo que julgamos ser o melhor pra nós. Obrigado pelo alerta, Arthur e parabéns pelo extraordinário texto.
Laruccia
Arthur, começar a aceitar é o melhor caminho para nos aproximarmos de Deus. Realmente não levaremos nada na bagagem para vida eterna, apenas aquilo que somos em amor , em atitudes e em crenças.Parabéns pelo texto e um grande abraço.
Tutu antes se você o mundo era um. Depois de você esta sendo outro, sim outro, um mundo com você presente.
Ótimo Arthur!
Não somos o único no universo. Somos apenas mais um seguindo as leis que o regem.
Acreditamos ser imortal mesmo a vida dizendo-nos que não.
Um dia a gente "acorda" e se assusta; incomoda-se, chora e aceita. Não somos imortais, nem os únicos e descobrimos que há uma vida a se viver em toda a sua plenitude. Entendemos então que tudo muda, o corpo muda, mas a nossa alma continua a mesma e ela não é deste mundo.
Abração,
Natale.
Arthur, tua reflexão me fez rever alguns conceitos que eu tinha a respeito de nossa existência, lutamos as vezes para alcançar algum bem material que no final não irá conosco quando soar a nossa hora, parabéns pelo belo texto, abraços, Leonello Tesser (Nelinho).-
Arthur, tua reflexão me fez rever alguns conceitos que eu tinha a respeito de nossa existência, lutamos as vezes para alcançar algum bem material que no final não irá conosco quando soar a nossa hora, parabéns pelo belo texto, abraços, Leonello Tesser (Nelinho).-
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Arthur!
Quem de nós,
um dia,
não percebeu
que havia virado
um campo de lutas?
E isso acontece!
E muito!
Belíssima meditação e belíssimo lembrete aos que preferem ignorar os sinais da inexorável passagem do tempo... e da proximidade, cada vez maior, da data na qual preferimos nem pensar...
Parabéns!
Excelente!
Abraço
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