Hoje, um texto de meu amigo José Carlos foi editado no blog
Memórias de Sampa, e nele foi introduzida a imagem atual do prédio comentado no
texto.
Que dor eu senti ao ver os destroços daquele, para mim,
templo do saber, da fraternidade e idealismo.
Quantas histórias vividas nesse prédio em São Paulo na Praça
Franklin Roosevelt 123. Fixando meu olhar na imagem, lembrei, de todas as aulas
recebidas naquela sala da frente no andar superior do prédio.
Lembrei, das brincadeiras da turma do fundão, das batalhas de
conhecimento promovidas pelos professores para afiar nosso saber, das primeiras aulas de Geografia ministradas por professor lusitano de nome João Cipriano
que ali começava sua vida profissional e foi depois de muitos anos o ultimo
proprietário daquele estabelecimento de ensino.
Lembrei, do seu fundador o professor João Batista Negrão
Ferreira, que foi meu orientador, professor, incentivador e amigo durante anos.
Parei o tempo para lembrar de todos os mestres que ali passaram e marcaram cada
um doas anos cursados, minha memoria que já a mesma de antanho, foi registrando
de forma precisa, mas não racional, dos nome de Benevides, Zé Pinto, Donato, Ribeiro,
Marisa Jose, Youssef, Zacharias, Clarice, Vinicius, Ferré, Argemiro, Orlando,
Waldemar, Geraldo e outras dezenas mais que levariam o espaço de algumas laudas
mas que estão guardados com carinho no meu coração.
Lembrei, do velho Chico da Cantina, do Saul que veio em
seguida, até chegar no mau amigo e xará Miguel, que um dia sumiu como fumaça no
espaço e nunca mais encontrei.
Lembrei da fanfarra que conseguimos ganhar, tão pequena, do
Negrão e que com o passar dos anos, mercê dedicação minha, do Daniel, do
Arnaldo Bolão, do Walter Cozzolino, do Cabianca, sobre a regência do Marião e
do Espanha, galgou aos píncaro da gloria transformando-se numa ”senhora e
renomada fanfarra”.
Lembrei do G.A.T.O. (Grupo Amador de Teatro Ozanam) que
fundei e dirigi durante anos com o devido apoio da direção e a participação de
todos os colegas.
Lembrei do G.E.F.O. (Grêmio Estudantil Frederico Ozanam) do
qual também cheguei a ser diretor,
Lembrei de todos os bailinhos pró-formatura que promovi ou
participei, das festas e bailes de formatura, das festas Caipiras e das
Qudrilhas com Casamento que eu ensaiava e apresentava.
Lembre de velhos camaradas como o Edson Gomes, o Durval e o Mario Paulo Galacini, o Fernando Fernandes, o Vermelho mais preto do mundo, o Salvador Braschiarelli, a Norma Toschi, as irmãs Arilda e Nair Krivanek
São tanta as lembranças... O melhor é fechar a pagina e
tentar não lembrar...a saudades também mata.
Por Miguel Chammas