segunda-feira, 5 de maio de 2014

O eterno conjunto de sons




Música, divina expressão do ser humano ao ser despertado em épocas distantes, desde um simples  ruído natural passando pelos relâmpagos e trovões, espicaçando a curiosidade dos habitantes das cavernas, os primeiros seres viventes. Aprendendo a falar, berrando feito um irracional, (de quem aprendeu muita coisa), da fala, ouvindo e copiando os pássaros,  vai para o canto, embelezando, melodiosamente,  seu relacionamento com outros seres.

Pensando nestes encantadores momentos de ternura e devoção, estou em casa, no Parque Continental, zona oeste de nossa querida cidade de São Paulo, sem me preocupar em  descobrir o nascimento de novos músicos e instrumentos musicais. Apenas ouço melodias compostas para mim... Sim, para mim, sempre direcionadas a mim. Ouço-as com respeito religioso, não permitindo que outros ruídos venham interferir na minha audição e contemplação, degustação espiritual que a música me satisfaz.

Se estou ligado à minha caixa de som, coloco um CD de concerto, uma ópera, ou a  execução solo de um grande artista do piano, violino, trompete, saxofone, violão ou guitarra ou,  senão, uma emissora que tenha uma programação voltada unicamente à música clássica; enquanto travo minha saborosa batalha com o computador, vou trazendo pra dentro de minha alma, alegrias, tristezas, nostalgias, saudades, melancolias enfim, um estado de torpor que certas melodias, na sua magia, no seu modo de ser, no seu poder de penetração, deixam sua marca indelevelmente registradas em nossa existência espiritual.

Gosto de música, minha predileção, como a leitura, em qualquer hora do dia ou da noite. Música ao vivo, assisti muitas vezes; é a realização de uma verdadeira ode instrumental, onde mais de cem professores se empenham em proporcionar a você, presente na plateia, um envolvente momento que se prolonga, a “di ‘nfinitun”, pra que você deguste os segredos acondicionados dentro de, desde um simples “triângulo” até o mais barulhento dos tímpanos a ribombar seu coração, numa ALEGRIA CONTAGIANTE. 
Se você ouve um trecho de Mendelson, no seu Concerto pra violino e orquestra, nº 4, é de uma extraordinária beleza. E o Mendelson morreu com, apenas, 48 anos...

Não querendo me estender e cansar meus amigos, só quero lembrar  “O Cisne de Tuonella” , o “andante” do concerto pra piano e orquestra nº 2, de Shostakowiski.




Por Modesto Laruccia

4 comentários:

Soninha disse...

Olá, Modesto!

Eu adoro música... A boa música.
igualmente fico ouvindo música em qualquer situação... Em casa, no carro, no computador, no celular quando estou caminhando pela praia, etc.
Adorei o texto.
Beijinhos em Myrtes.
Muita paz! Abração.

margarida disse...

Modesto, gosto de muitas coisas nesta minha vida, mas a musica é que mais me atrai. Todas as minhas atividades diárias se tornam mais agradáveis ao som de uma boa musica. Muito bonito e suave seu texto, até ouvi uma musica enquanto o lia. Um abraço amigo.

Miguel S. G. Chammas disse...

Modesto, só hoje consegui um tempinho para poder ler seu texto. Diga-se de passagem um lindo e perfeito texto. Na verdade a musica é parte do gás que nos ajuda a viver, ela faz parte de nossas vidas desde o primeiro momento (o vagido do recém nascido é musica vibrante aos nossos ouvidos.) e nos acompanha até a mote. Foi excelente te ler novamente. Bacio amici.

Leonello Tesser (Nelinho) disse...

Caro Modesto, como você eu também gosto muito de música, na parte clássica minha predileção são para as valsas vienenses e alguns trechos de óperas famosasmas não deixo de gostar também dos ritmos populares: lembra-se do famoso samba: "Õ Antonico vou lhe pedir um favor...." parabéns pelo texto.