Acordei hoje com uma
sensação de ressaca. Não bebi. Mas, acordei com a sensação de ter estado
envolta numa grande festa, partilhar de comentários e brincadeiras que hoje me
fazem refletir. O que é bom é o que Henri Bergson denomina a função social do
humor...
A vitória do Corinthians na Copa Libertadores da América foi escrita brilhantemente, como um roteiro mesmo, digno de novela; um povo sofredor e humilhado, sem muito o que comemorar, tinha sua chance de provar para o mundo e, o pior de tudo, para as outras pessoas de seu país, que não importa o nível da classe social ou educação formal, naquele momento, eram os melhores e... CHUUPA! É catártico, é passional, é emocionante, é a reviravolta do último capítulo no qual, finalmente, a justiça é feita. Mas... SURPRESA! Não é uma novela, é vida real e hoje, no dia seguinte ao da vitória, o que carregam é o orgulho de serem campeões... o ORGULHO.
Orgulho é uma palavra sui generis, que ultimamente tem sido usada muito mais com valor pejorativo para valorar a personalidade de uma pessoa como orgulhosa ou não, como adjetivo. Mas, orgulho é algo lindo de se sentir, é um substantivo abstrato, que você só sente em relação à outra pessoa ou situação; é, portanto, uma porta de saída para o outro num mundo cada vez mais individualizado, é algo generoso. E olha que lindo; hoje milhões de pessoas estão orgulhosas, no melhor sentido da palavra.
Mas a vida real, a de cada um, continua, a injustiça social continua, o descaso com a situação alheia continua. Não vou entrar aqui na questão do salário dos jogadores; eles merecem, possuem talento e tem quem esteja disposto a pagar por isso, que sorte a deles.
Nós temos, no Brasil, uma saúde pública decadente, uma polícia que amedronta, uma educação que não educa, falo no geral, sempre há os que fazem com verdade, mas o que grita aos olhos e à realidade é o descaso dos governantes, dos “donos desse time” com seus “jogadores”. Cadê a fúria torcedora nessa cobrança? A expectativa nessa melhoria? Cadê o investimento nesse grande “time”? Pagamos um dos maiores valores de impostos do mundo para a melhoria da nossa Nação. Cadê esse investimento? Ele se desvia! Sozinho?
A ressaca me trouxe a questão: Por que nós nos orgulhamos por tão pouco? Por que não temos pelo nosso partido político a mesma paixão que temos pelo nosso time de futebol, independente de qual seja ele? Por que não acompanhamos a carreira do nosso político como acompanhamos a dos jogadores, cobrando de perto, exigindo resultados, mostrando a indignação pelo corpo mole e indiferença para com o nosso time? Se temos essa força, e temos, vi e senti ontem, por que não a usamos?
Ontem, após a vitória do Corinthians, fui ver os fogos e tive uma sensação de renovação, de transformação de algo novo surgindo, SENTI FORÇA! Sim, fui tomada pela catarse e foi genuíno. E hoje, ao acordar, a ressaca me trouxe a angústia de saber que essa força se dissipou e só voltará na união de um próximo jogo. Por que, se somos capaz de tê-la juntos?
Desde ontem meus perfis estão repletos de imagens da Nação Corinthiana, mas, essas nações, Palmeirense, São Paulina, Santista, Fluminense, Atleticana... Corinthiana e outras tantas, só existem por que fazem parte de uma nação muito maior, que as acolhe e as permite existir: A NAÇÃO BRASILEIRA.
Gostaria muito que cada torcedor escolhesse seu governante, lutasse por ele e o cobrasse como faz com seu time. Assim, perceberíamos a nossa a força. A FORÇA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL!
Por que não lutamos para, finalmente, podermos nos orgulhar da Nação Brasileira?
A vitória do Corinthians na Copa Libertadores da América foi escrita brilhantemente, como um roteiro mesmo, digno de novela; um povo sofredor e humilhado, sem muito o que comemorar, tinha sua chance de provar para o mundo e, o pior de tudo, para as outras pessoas de seu país, que não importa o nível da classe social ou educação formal, naquele momento, eram os melhores e... CHUUPA! É catártico, é passional, é emocionante, é a reviravolta do último capítulo no qual, finalmente, a justiça é feita. Mas... SURPRESA! Não é uma novela, é vida real e hoje, no dia seguinte ao da vitória, o que carregam é o orgulho de serem campeões... o ORGULHO.
Orgulho é uma palavra sui generis, que ultimamente tem sido usada muito mais com valor pejorativo para valorar a personalidade de uma pessoa como orgulhosa ou não, como adjetivo. Mas, orgulho é algo lindo de se sentir, é um substantivo abstrato, que você só sente em relação à outra pessoa ou situação; é, portanto, uma porta de saída para o outro num mundo cada vez mais individualizado, é algo generoso. E olha que lindo; hoje milhões de pessoas estão orgulhosas, no melhor sentido da palavra.
Mas a vida real, a de cada um, continua, a injustiça social continua, o descaso com a situação alheia continua. Não vou entrar aqui na questão do salário dos jogadores; eles merecem, possuem talento e tem quem esteja disposto a pagar por isso, que sorte a deles.
Nós temos, no Brasil, uma saúde pública decadente, uma polícia que amedronta, uma educação que não educa, falo no geral, sempre há os que fazem com verdade, mas o que grita aos olhos e à realidade é o descaso dos governantes, dos “donos desse time” com seus “jogadores”. Cadê a fúria torcedora nessa cobrança? A expectativa nessa melhoria? Cadê o investimento nesse grande “time”? Pagamos um dos maiores valores de impostos do mundo para a melhoria da nossa Nação. Cadê esse investimento? Ele se desvia! Sozinho?
A ressaca me trouxe a questão: Por que nós nos orgulhamos por tão pouco? Por que não temos pelo nosso partido político a mesma paixão que temos pelo nosso time de futebol, independente de qual seja ele? Por que não acompanhamos a carreira do nosso político como acompanhamos a dos jogadores, cobrando de perto, exigindo resultados, mostrando a indignação pelo corpo mole e indiferença para com o nosso time? Se temos essa força, e temos, vi e senti ontem, por que não a usamos?
Ontem, após a vitória do Corinthians, fui ver os fogos e tive uma sensação de renovação, de transformação de algo novo surgindo, SENTI FORÇA! Sim, fui tomada pela catarse e foi genuíno. E hoje, ao acordar, a ressaca me trouxe a angústia de saber que essa força se dissipou e só voltará na união de um próximo jogo. Por que, se somos capaz de tê-la juntos?
Desde ontem meus perfis estão repletos de imagens da Nação Corinthiana, mas, essas nações, Palmeirense, São Paulina, Santista, Fluminense, Atleticana... Corinthiana e outras tantas, só existem por que fazem parte de uma nação muito maior, que as acolhe e as permite existir: A NAÇÃO BRASILEIRA.
Gostaria muito que cada torcedor escolhesse seu governante, lutasse por ele e o cobrasse como faz com seu time. Assim, perceberíamos a nossa a força. A FORÇA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL!
Por que não lutamos para, finalmente, podermos nos orgulhar da Nação Brasileira?
Por Camila Capparelli Graziano