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No
último dia primeiro de janeiro após saborear um saboroso nhoque "al
sugo", uma boa fatia de tender com pêssego em calda, maionese de palmito e,
como sobremesa, manjar branco com ameixas pretas, tudo isso regado a boas doses
do "Lambrusco" bem gelado, saí da mesa de almoço e fui curtir a
belíssima tarde, na rede que estava estendida no alpendre da casa que meu cunhado
mantém na cidade de Boituva...
Logo
adormecí e sonhei que o nosso grupo estava de viagem marcada para a Itália, onde
iríamos realizar a nossa costumeira reunião de confraternização anual.
Estávamos
todos no aeroporto de Cumbica, aguardando a hora do embarque e o Modesto chegou
em cima da hora com a Myrtes reclamando do trânsito. Depois de cumpridas as
formalidades legais, fomos todos para a sala de embarque enquanto o Miguel
ultimava os preparativos para despachar os pacotes contendo os presentes para a
cerimônia do "Amigo Secreto".
Na
sala de espera uma pessoa folheava o jornal "O Estado de São Paulo" e,
por curiosidade, dei uma vista d’olhos na manchete da primeira página e lá
estava escrito, em letras bem visíveis: "Embarca hoje para a Itália a
delegação do "Memórias de Sampa" onde realizarão a sua reunião de
confraternização (pág. 2)".
Finalmente
embarcamos no avião da Alitália.- Chegamos à Roma por volta das 07:00 horas da manhã,
sob uma temperatura de 4 graus. Enquanto esperávamos a chegada das malas na
esteira, dei umas voltas pelo saguão do aeroporto de Fiumiccino. Em uma
revistaria estava exposta uma edição do "Il Corriere della Sera"... Lá,
na primeira página, estava a seguinte manchete: "Sbarcherá a Roma oggi una
delegazione di "Memórias de Sampa" per la reunione annuale di
Natale". Após passarmos pelas autoridades italianas, chegamos ao salão de
saída, onde um representante da agência de viagens nos aguardava para
conduzir-nos ao hotel. Estava também o nosso companheiro do SPMC, Giuseppe
Orsini, que veio especialmente de Gênova para nos dar as boas vindas e se
incorporar ao grupo. À noite, seríamos recepcionados por um membro da Prefeitura
de Roma que, por coincidência, mantinha um site quase igual ao nosso SPMC. O
encontro seria no restaurante "Open Baladin", na Via Degli Specchi,
6, onde poderíamos saborear mais de 150 tipos de cerveja artesanal produzidas
por fazendeiros da Toscana.
Mas,
no momento em que íamos embarcar na Van que nos levaria ao Hotel, fui
despertado por minha netinha... A tarde ia caindo lentamente, uma chuva fina
caía intensamente e o cheiro de mato impregnava o ar. Fiquei chateado por não
poder completar o sonho, mas no fundo, tive uma pontinha de esperança... Quem
sabe num futuro próximo a gente possa realizar este sonho?
Vamos
ter fé e, quem sabe, Deus nos conceda mais esse momento de alegria, Um abraço a
todos.
Por
Leonello Tesser (Nelinho)
12 comentários:
Magari fosse cosí! Deve ser um sonho coletivo; todos gostaríamos de participar dessa excursão. Modestamente poderei guiá-los pelos vicoli, pelas ruínas e fontes da velha Roma, com direito a um belo repasto na indicação de nosso amigo Laer, a Osteria Margutta.
Vamos lá, amigo. La speranza non muori mai!
Sonhar, mais um sonho impossível...assim dizia a canção. Quem sabe o impossível venha a se tornar realidade?
Vamos gtorcer e esperar....
Olá, Nelinho!
Que delííííícia! Putz! Viajei nessa!
Vou torcer muito e rezar para que consigamos realizar este seu belo sonho.
Tem uma canção popular que diz:
Para o amor (podemos colocar aqui AMIZADE) não existem fronteiras... Quando quer acontecer, derruba barreiras...
Eu acredito!
Valeu, Nelinho. Show de bola!
Muita paz!
"Chi la dura la vince." Então se a esperança é aúltima que morre, esperaremos. Muito bom! Abraços.
Que título lindo deste têxto, Nelinho!
Você costuma ter "sonhos proféticos"?
Olha... apesar de ser "nova" aqui no Memórias, eu estava no seu sonho?
Se ele não se concretizar, o Luiz não poderá ser nosso cicerone e não nos apresentará os "Vicoli" da Itália, porém tem um Vicoli maravilhoso aqui pertinho de casa. Podemos fazer de conta... que bom saber que "ainda" podemos fazer de conta! Adorei o texto...
Nello, mio caro, Nada é impossível´. Improvável sim, impossível não.
O Saidenberg já foi a Roma, O lárù foi a Polignano A'Mare, eu "mi fui" a Napole, Calábria e Sicilia.
Quem sabe um dia iremos todos juntos à "velha bota" conhecer-lhe todos os encatos e devorar-lhe todas as comidas.
Abração,
Natale
Eu quero saber que negócio é esse de eu chegar atrazado... se vcs partirem sem mim, duas coisas podem ter acontecido: a primeira que eu já não pertenso mais ao grupo do "Memórias..." e do SPMC. (pensaste que eu ia dizer:"porque morri"? não, sou duro na queda.) A segunda é que já estou lá, esperando vcs no Fiumicino. Como antigo "scarpare", já percorri a bota toda, de Roma a Roma e quero te dizer uma coisa, Nelinho, se todos fizerem pensamento positivo, isso não será um sonho de verão e sim UMA REALIDADE EM QUALQUER ESTAÇÃO. Não podemos ficar eternamente no sonho. Isso acaba virando pesadelo, pô! Encantadora narrativa, Nelinho, vc tem o dom de adivinhar o sonho de todo mundo. Parabéns, Nello.
Laruccia
Em 1998 Quando ainda era Lira, estive 10 dias em Roma, em Padua, Assis, Veneza e Turim. Mas se a despesas forem pagas pela prefeitura de Roma (mesmo com a crise de terceiro mundo que assola a Europa, eu topo entrar nesse sonho e sonhar também. Belos sonhos Nelinho.
Um belo sonho, mesmo.
Mas, nesta altura do compeonato devemos imaginar o que ainda podemos, e devemos, e queremos, fazer no nosso belo e ameaçado planeta. Então, porquê não realizar os sonhos, enquanto é tempo? E ho capito, Lia.
Vc falou do Vicolo Nostro, belo restaurante aqui do Brooklin. Belo, mas caro...abraços.
Ma que belo sogno!
Belíssima sacada.
Quem sabe isso não se torna uma realidade?
Na copa de 2014, enquanto muita gente pensa em vir ao Brasil, eu quero fazer o inverso e visitar minhas duas raizes Veneza e Macedonia.
Quem vai nessa?
Parabéns
Luigy
Nelinho, sonhar é preciso, aliás como é bom sonhar! Quem sabe este sonho será concretizado,caso contrario estou com a Lia.Um grande abraço e parabéns pelo texto muito criativo.
Que delícia de sonho, como bem disseram, que seja profético. e que "por caridade" (risos), tenha uma beira pra mim também.
Adorei, Nelinho. Abraços
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