imagem: José Beira aos 20 anos de idade, em seu querido Tatuapé
Os
campos de futebol da várzea da Rua Melo Peixoto, o campo do Paulistinha, onde
disputei vários festivais, virou a Radial Leste e outros vários campos de
futebol viraram bairro chique Anália Franco.
A
capelinha onde eu tocava o sino sumiu da praça, o cine Leste das matinês aos
domingos e seção das moças às quartas, virou um enorme espigão, o Grupo Escolar
Visconde de Congonhas do Campo, onde aprendi a ler e escrever, ainda esta lá,
mas escondido atrás de muros tão altos que mais parecem uma prisão.
Procurei
a sede do Cruzeirinho onde havia bailes memoráveis e muitos amores. Virou um
enorme estacionamento.
Meu
Tatuapé sumiu.
Passei
na Rua Tuiuti para ver o casarão onde cheguei com um mês de vida... Outro
espigão.
Prédios,
prédios e mais prédios foi o que virou meu Tatuapé querido.
A caixa
d’água com o galo da empresa de Maio e Gallo sumiu junto com a empresa.
Sumiu a
famosa porteira e o sinal “din din din” da passagem de nível dos trens da
Central do Brasil. Virou shopping e estações.
Sumiu
tudo que me lembra de meus dias felizes da infância e juventude.
Para
onde foi meu Tatuapé?
Ficou
parado na minha memória, pois eu saí há 40 anos do Tatuapé, mas aquele Tatuapé
dos anos 50/60 jamais sairá de mim.
Por José Camargo Beira