Olá, queridos amigos!
É hora e vez do Clube da Luluzinha, com estes 3 textos deliciosos.
Entrego-lhes, com meu carinho de sempre!
Muita paz!
Sonia Astrauskas
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Ônibus Moema
Quando o ônibus Moema parava no ponto em frente ao Colégio
Estadual Professor Alberto Levy, na Aveinida Indianópolis, em questão de
minutos quase que lotava, praticamente só com os alunos e os
professores do colégio.
Entre muitos risos, namoricos, fofoquinhas e cochichos e, também com a
distribuição de olhares mais sérios de alguns professores o ônibus seguia o seu
percurso. Consigo lembrar de alguns amigos e professores: na altura da Avenida
Maracatins esquina da Avenida Moema desciam os irmãos Margarido e às vezes a
professora de ciências dona Elza, na Praça de Moema e próximo à Praça desciam o
Sergio, Rosana, Arturo, Ana, Maria Cezira,sua irmã Maria Rosires, Nelsinho e
pelo menos uma ou outra vez a professora de história dona Lucília ,também
descia na Praça, mais adiante o Victor, Nicoleta e alguns professores,acho que
nesse ponto também descia a professora de latim Maria Lucia ,mais para o final
da rua
descia o Marcio, na Rua Canário quase esquina da Rua Pavão descia a Cristina e
no final da Rua Canário com a Rua Gaivota desciam quase que os últimos
passageiros: minha irmã Maria Mercedes, eu e, também a professora de francês
dona Carmem.
professores do colégio.
Por Márcia Ovando
Pensamentos...
Escrever
e “poetar” são duas coisas que gosto. Ler, então, é a glória... É estar a
caminho do céu. Tento perceber a poesia que se insinua no meio das palavras
digitadas!
E
música e letra, então? Letra é diferente de poesia. Mas, há sempre poesia na
letra para designar os versos entoados. A palavra cantada chama-se letra, que
deriva da palavra escrita.
Ah! Como é maravilhosa a elegância
intelectual! Encontrei-a na juventude
(época do seu maior esplendor) quando se respirava o português castiço. Desisti
várias vezes... Não tinha tempo... Recomecei...
Frequentar
uma faculdade... que sonho! A USP foi
fundada depois da revolução de l930. Arrebanhou pensadores do mundo todo para
formar uma escola nacional... infelizmente, foi perdendo suas raízes depois da
ditadura. Com ela, também, dispersaram-se meus sonhos! Hoje, até me pergunto:
quais eram eles? Não encontro resposta. Acredito que era apenas, sede de saber,
de me encontrar, de viver, de conversar com meus iguais. Mas, cadê essa gente
boa que falava a mesma língua, sonhava os mesmos sonhos e vivia numa outra
dimensão? Assim como eu?
Será
que morreram com seus sonhos realizados? Foram mortos? Jamais saberei...
Eu só
sei que, do mundo que esperamos aqueles anos todos, daquela nostalgia, daquele
medo do “e, agora”, restou a consciência de uma geração de que foram anos
únicos e privilegiados!
Tínhamos
tantos sonhos, que tenho inveja de você que ainda tem pela frente tanta coisa
com o que se emocionar!
Por Lia
Beatriz Ferrero
Ainda uma homenagem tardia
Hoje
quero parabenizar a autora deste blog, Soninha, pela iniciativa em homenagear o
ilustre Sr. Modesto Laruccia nesses dias que antecederam seu aniversário. Desde
o nove de janeiro, a cada manhã que chegava era uma alegria ler os mais
diversos testemunhos dos amigos e vibrar percebendo como ele é querido. Houve,
nesse meio de tempo, a comemoração do aniversário de Sampa e o nosso
homenageado também apareceu na “Vejinha” dando seu depoimento sobre suas
vivências nesta cidade que todos amamos. Tudo notado e anotado no blog; assim
pudemos aprender um pouco mais sobre ele e a cada texto em sua homenagem,
Modesto respondia com afeto e consideração. Obviamente que cumprimento os
amigos todos de Modesto, pois, com o trabalho de formiguinha de cada um, a
Sônia pode nos brindar com todos os depoimentos.
Hoje,
Sônia, passados quase 30 dias desde o início das mensagens, receba os
cumprimentos por esse gesto de carinho e estenda-os a todos que participaram,
contribuindo para que a alegria e a emoção aflorassem em nossos corações.
Obrigada,
Sônia, obrigada, autores do blog.
Por
Cida Micossi
segunda-feira, 23 de abril de 2012
3 textos
Queridos
amigos!
Venho
me desculpar pelo período de ausência, mas, é devido ao meu trabalho
profissional, que me tem levado por várias cidades do interior de São Paulo e,
nem sempre, posso dispor de bom sinal de internet.
Trago,
agora, três belíssimos textos, de nossos queridos amigos Ignácio, Saidenberg e
Nelinho, recompensando todo o período de ausência.
Entrego-lhes
com meu carinho de sempre.
Muita
paz! BeijosssssAUDADEssssss!
Sonia
Astrauskas
A sorte grande
Hoje completo mais um ano de vida, 76 anos muito bem vividos, cheios de altos e baixos como sempre acontece com todo mundo, mas, no cômputo geral graças a Deus nada tenho a reclamar, pois os bons momentos foram superiores em número e grau aos instantes de tristeza e frustrações.
Como todo bom brasileiro faço as minhas fézinhas no proíbido "Jogo do Bicho" e também nos jogos da Caixa Econômica Federal a espera da tão sonhada "Sorte Grande”, mas hoje, analisando friamente vejo que eu já ganhei a minha, a porta de minha casa se abre e por ela passam meus filhos, meus netos, meus parentes diretos, todos vem me dar os parabéns e abraços pela passagem de meu aniversário, recebo em especial também o beijo carinhoso de minha querida esposa, o telefone toca a todo instante trazendo votos de felicidades de amigos e parentes distantes.
Além de tudo isso devo ainda agradecer a Deus por me dar força e saúde para continuar lutando no dia a dia e, em especial, por me conceder o privilégio de contar com a amizade de todos os companheiros do "São Paulo Minha Cidade" e do nosso cantinho particular "Memórias de Sampa".-
Por tudo isso creio que já ganhei a "Sorte Grande".
Por Leonello
Tesser (Nelinho)
O cine que me fez perder a cabeça
O cine
que me fez perder a cabeça.
Olho para minha estante, na sala. Do alto, duas grotescas faces me
contemplam, com seus grandes olhos e as ferozes bocas,
agudos dentes à mostra.
As cores são vivas, mas formam um conjunto harmonioso. São duas
cabeças em tamanho natural, máscaras tailandesas, da dança Khon. Que
conta sobre o mítico drama Ramayana, ou Ramakyan, a luta de Rama, na
sua reencarnação como Shiva, contra as forças do mal.
Quem as fez fui eu, num exercício de ceramista amador. Não só fiz as
duas, como pretendo fazer outra, formando um trio.
Fiz por achar bonitas, raras por aqui, embora tradicionais no ex-
reino do Sião, tão distante. Será por isto, mesmo?
Porquê recorrer a um folclore assim longínquo, sem nada a ver com os
tradições brasileiras?
Terei perdido enfim a cabeça, para espelhá-la nas destas máscaras?
Mas, não terão nada mesmo a ver, apenas uma caprichosa fantasia? Eu
discordo, pois minha relação com essas faces
ferozes é antiga. E tem muito em comum com a São Paulo de décadas atrás.
Quando existia um belo cine chamado Santa Cecilia, na Av. Olimpio da Silveira.
Estamos agora no final da década de 50. Casualmente quase, numa tarde
de sábado, adentro o Santa Cecilia, sem dar-lhe seu devido valor de
-literalmente- templo do cinema.
Estou acostumado a frequentá-lo, mas mesmo assim, mais uma vez
chamam-me a atenção a mesa central com patas de elefante
e as enormes poltronas, com descança braços elefantinos...
Lá dentro, a verdadeira e antiga influência das minhas futuras
máscaras bravias: guardiões tailandeses cercam a platéia, com suas
faces de demônios e olhos luminosos, que se apagam gradativamente
quando se inicia a projeção.
Isto impressionou-me fortemente, mas com o tempo perdi a noção da
verdadeira imponência e riqueza da ornamentação do cine.
Recuperei-a, deslumbrado, alguns dias atrás.
Meu caro Fabio Santoro, cinéfilo inveterado, enviou-me páginas de A
Revista, edição de 1999. Nelas, um belíssimo texto de Roberto Bicelli
sobre duas glórias da velha Pça. Marechal: o Circo Piolim...e o Cine
Sta. Cecilia.
E, enfim, as fotos! Maravilha! Emocionado, revi, pela primeira vez em
cinquenta anos, os suntuosos salões e platéia de meu cine favorito.
Numa exuberância oriental fantástica, um sonho das mil e uma noites, o
velho "Santa" voltava à vida. E que vida!
Sobre a platéia, uma abóbada celestial. Estrelas a luzir, como uma
noite alucinada de Van Gogh nos domínios dos marajás moguls, ou no
antigo Reino do Sião, que hospedou, num caso verdadeiro, a professora
inglesa Ana.
Tudo muito além do que jamais poderia supor nossa vã imaginação, ou
nossas pobres lembranças.
Agora, sim, sentimos- que perda absurda, a estúpida destruição do
esplendoroso cine, pecado destes que jamais poderão ter perdão.
Então, só mesmo chorando...ou fazendo máscaras exóticas de uma cultura
estranha, uma humilde mas sincera homenagem póstuma ao grande Santa
Cecilia.
Olho para minha estante, na sala. Do alto, duas grotescas faces me
contemplam, com seus grandes olhos e as ferozes bocas,
agudos dentes à mostra.
As cores são vivas, mas formam um conjunto harmonioso. São duas
cabeças em tamanho natural, máscaras tailandesas, da dança Khon. Que
conta sobre o mítico drama Ramayana, ou Ramakyan, a luta de Rama, na
sua reencarnação como Shiva, contra as forças do mal.
Quem as fez fui eu, num exercício de ceramista amador. Não só fiz as
duas, como pretendo fazer outra, formando um trio.
Fiz por achar bonitas, raras por aqui, embora tradicionais no ex-
reino do Sião, tão distante. Será por isto, mesmo?
Porquê recorrer a um folclore assim longínquo, sem nada a ver com os
tradições brasileiras?
Terei perdido enfim a cabeça, para espelhá-la nas destas máscaras?
Mas, não terão nada mesmo a ver, apenas uma caprichosa fantasia? Eu
discordo, pois minha relação com essas faces
ferozes é antiga. E tem muito em comum com a São Paulo de décadas atrás.
Quando existia um belo cine chamado Santa Cecilia, na Av. Olimpio da Silveira.
Estamos agora no final da década de 50. Casualmente quase, numa tarde
de sábado, adentro o Santa Cecilia, sem dar-lhe seu devido valor de
-literalmente- templo do cinema.
Estou acostumado a frequentá-lo, mas mesmo assim, mais uma vez
chamam-me a atenção a mesa central com patas de elefante
e as enormes poltronas, com descança braços elefantinos...
Lá dentro, a verdadeira e antiga influência das minhas futuras
máscaras bravias: guardiões tailandeses cercam a platéia, com suas
faces de demônios e olhos luminosos, que se apagam gradativamente
quando se inicia a projeção.
Isto impressionou-me fortemente, mas com o tempo perdi a noção da
verdadeira imponência e riqueza da ornamentação do cine.
Recuperei-a, deslumbrado, alguns dias atrás.
Meu caro Fabio Santoro, cinéfilo inveterado, enviou-me páginas de A
Revista, edição de 1999. Nelas, um belíssimo texto de Roberto Bicelli
sobre duas glórias da velha Pça. Marechal: o Circo Piolim...e o Cine
Sta. Cecilia.
E, enfim, as fotos! Maravilha! Emocionado, revi, pela primeira vez em
cinquenta anos, os suntuosos salões e platéia de meu cine favorito.
Numa exuberância oriental fantástica, um sonho das mil e uma noites, o
velho "Santa" voltava à vida. E que vida!
Sobre a platéia, uma abóbada celestial. Estrelas a luzir, como uma
noite alucinada de Van Gogh nos domínios dos marajás moguls, ou no
antigo Reino do Sião, que hospedou, num caso verdadeiro, a professora
inglesa Ana.
Tudo muito além do que jamais poderia supor nossa vã imaginação, ou
nossas pobres lembranças.
Agora, sim, sentimos- que perda absurda, a estúpida destruição do
esplendoroso cine, pecado destes que jamais poderão ter perdão.
Então, só mesmo chorando...ou fazendo máscaras exóticas de uma cultura
estranha, uma humilde mas sincera homenagem póstuma ao grande Santa
Cecilia.
Por
Luiz Saidenberg
Dona Zezé, Odete, Eu...anos 50
D. ZEZÉ
Estudar
no centro da cidade de São Paulo em 1950 e viajar de bonde sózinho, ida e volta
para casa, parar para ver as vitrines e fotos das cenas de filmes nos cinemas,
andar pelas movimentadíssimas ruas de São Bento e Direita em pleno meio-dia,
era uma aventura para um sujeitinho de 11 anos, recém começando a usar calças
compridas, sapatos e meias o dia todo e que começava a usar odorono nas axilas,
e doido prá barba começar a crescer; naqueles longínquos anos 50s éramos
alertados por nossos pais sobre os perigos da cidade: "Olha para os dois
lados quando for atravessar uma rua, atravesse nas esquinas ou nos faróis, se
não precisar atravessar não atravesse, não converse com estranhos, segure com a
mão os níqueis no bolso, não vá perder a caderneta escolar, não ande nos
estribos dos bondes, espere o bonde parar para descer, quando passar em frente
a uma igreja faça o 'em nome do padre', se eu souber que você gazeteou aula EU
TE MATO, de sgraçado!!!"... (minha mãe era do tempo da 'gazeta', o verbo
'cabular' ainda não era muito usado pelos mais velhos, mas ela tinha alguns
argumentos extremamente ameaçadores, cabular, portanto, nem pensar!)
Eram
muitas recomendações que a gente ia cumprindo na medida do possível, embora
algumas, qual tentações demoníacas, fossem difíceis de serem obedecidas
"já que ninguém está vendo...", mas sempre tinha alguém vendo,
geralmente uma vizinha que estava na hora errada e no lugar errado:
"D.
Zezé, não vai ficar braba com ele, coitado... mas eu vi o Inácio descendo do
bonde andando no ponto em frente ao Arquidiocesano..." Esse tipo de
informe agia como um gatilho que disparava a fúria materna, fazendo com que o
couro comesse solto, com farta distribuição de chineladas (às vezes tamancadas,
daqueles tamancos de madeira!) e tapas; minha mãe nem esperava eu entrar dentro
de casa: o espetáculo começava no portão da rua, gritos, choro, ranger de
dentes, cachorros latindo, vizinhança implorando, mas sem insistir muito:
- Chega,
Zezé! 'ocê' vai matar essa criança...
Ah,
aqueles eram tempos em que nossas mães nos castigavam fisicamente e sem
remorsos e nós sabíamos porque estávamos apanhando e aceitávamos o castigo sem
reclamar (muito!) porque a gente tinha a convicção que aquela explosão de ódio
não duraria muito, porque mãe é mãe, pombas!
- Para de
chorar, vai lavar o rosto que você está com os olhos vermelhos... fiz um manjar
de coco, está na geladeira... vai lá comer um pedaço...
- Pode?
Posso pegar um pedaço grande?
- Pega um
pedaço normal, tem mais gente prá comer... não abuse, quer apanhar de novo?...
***************
Geladeira!
Falei em geladeira, 'né'? Fomos a primeira família do quarteirão a ter uma
geladeira; era uma Clímax que logo à sua chegada foi rodeada por quase todos os
vizinhos do quarteirão e, em seguida, fornida com diversas garrafas de água,
que é o que nós tínhamos em abundância. A Climax era uma geladeira cujo motor
fazia um barulhão dos infernos e a cada dois minutos alguém abria sua porta e
olhava prá dentro:
- ...' ce
viu? tem uma lâmpada que acende ... será que ela fica acesa com a porta
fechada?
- Tem um
ventinho frio! acho que 'tá' começando a gelar...
- Quando
estiver gelando mesmo, vamos fazer sorvete de limonada?
Então, de
repente: CLICK!
- Ih,
mãe! a geladeira parou de funcionar...
- Como
parou de funcionar? O motor não está funcionando?
- Não!
Parou mesmo, mas a lâmpada acende quando se abre a porta.
- Que
inferno! Toma 200 réis, vai lá na farmácia do 'seu' Zé e liga pro seu pai. Fala
que a geladeira DELE, QUE ELE COMPROU (entonação irônica) não está funcionando
(falei prá não comprar essa m...!)...
Aqueles
dias foram dias de aprendizado. Ficamos sabendo que geladeiras mantém a
temperatura independentemente de o compressor estar ou não funcionando,
bastando não deixar ar frio escapar, ou seja, mantendo a porta fechada ela
ligaria e desligaria automaticamente. Descobrimos também que a lâmpada não fica
o tempo todo acesa e também soubemos da grande dificuldade em convencer minha
mãe que não deveria tirar a geladeira da tomada durante a noite (se eu desligo
o rádio quando vou dormir, porque não posso desligar a geladeira?!). O
aprendizado continuou com liquidificador, enceradeira, a apavorante panela de
pressão (muita gente já morreu quando a panela explodiu, dizem!), com o
chuveiro elétrico e o fim dos banhos de bacia com canequinha (mais mortes,
agora por eletrocussão), com o fogão à querozene (explodiu e tocou fogo na
casa; morreu todo mundo, deu no Coripheu) e, posteriormente, com o fogão à gás!
(não deixe o gás aberto, que tudo pode explodir ou vamos morrer todos
'intochicados'!); à medida que a situação da família ia melhorando, novos
equipamentos iam sendo adquiridos, desfazendo ou criando mitos, tudo isso
naqueles primeiros anos da década dos 50s, anos de transição de uma vida num
cortiço do Bexiga para uma nova maneira de viver, menos sacrificada, com um
pouco mais de lazer e com mais conforto.
ODETE E
EU
Quando
fiz 12 anos, meus pais fizeram aquela festinha manjada, com bolo,
refrigerantes, gelatina, balas de coco, Toddy gelado, sanduiches de carne
louca, palitinhos de pickles, azeitona e salsicha, cantoria de 'parabéns prá
você', churrasco e chopp para os adultos... Entre as pessoas da festinha, um
casal recém chegado do interior, parentes de minha madrinha, 'seu' Fiinho e D.
Daisy, pais de duas meninas: Odete e Elisabete. A Odete era uma mulatinha
linda, de 3 para 4 anos, que grudou em mim:
- Tio, conta uma histólia...
- Tio, conta uma histólia...
- Era uma
vez...
- É
histólia de quê?
- Da
Branca de Neve...
- 'Num'
quelo, 'num' gosto... conta uma de monsto...
Isso foi
em 1952. Em 1971, 30 de janeiro, casei-me com a Odete, aquela menininha, que
hoje, aos 63 anos, continua linda e me complementa; estamos juntos a 41 anos,
meus filhos já têm cabelos brancos, tenho 5 netos, dois criados por nós, o mais
velho, o Gabriel, e sua irmã, a Gabi, ambos criados aqui em casa como filhos
(são filhos do Marco Túlio, pai solteiro!), chamam a Odete de mãe e eu de
"vô", mas não tem importância, não sou invejoso, não devo e nem posso
esquentar a cabeça... porque ainda estou vivo e sou feliz, graças a Deus!
E
"vamo qui vamo"!
Por Joaquim Ignacio
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