Completar 460 anos é maravilhoso, mas também muito exaustivo, não?
Consegui uma entrevista com a minha querida cidade de São Paulo, vamos
conferir:
- Boa tarde São Paulo!
- Boa tarde!
- Como você se sente com 460 anos de vida?
- Sinto-me feliz e orgulhosa por poder hospedar tanta gente, dar empregos,
oferecer hospitais, escolas, moradias, abastecer com alimentos, enfim, minorar
um pouco o sofrimento de tantos que aqui chegam.
- Sente-se realizada?
- Não, não! Gostaria de poder oferecer muito mais!
- É difícil satisfazer a todos, não é?
- Muito difícil! Eu preciso da ajuda dos administradores e governantes para
diminuir as enchentes, acabar com a violência, melhorar o transporte público e
solucionar os congestionamentos do trânsito.
- É difícil mesmo! E você encontra essa ajuda?
- Nem sempre! Apesar de eu ser a maior cidade da América Latina, falta recursos
e pessoas honestas e dispostas a trabalhar para acabar com todos esses
transtornos.
- É verdade! Mas vamos mudar um pouco a nossa conversa!
- Você sente saudades de como você era antigamente?
- Sinto! Anos atrás eu era uma cidade tranquila, mas sempre trabalhei muito. A
Avenida Paulista era o palco das mansões dos fazendeiros, principalmente dos
cafeicultores! Eles abasteciam os paulistanos com produtos agrícolas!
- Muitos vieram da Europa com a esperança de recomeçar a vida aqui e a maioria
obteve sucesso! Eu era mais romântica!
- Havia mais respeito entre as pessoas!
- É verdade, São Paulo! Lembro-me que os homens cumprimentavam as mulheres
tirando o chapéu; havia mais romantismo. Mas diga-me uma coisa: apesar de
cansada você tem projetos para o futuro?
- Sim, e muitos! Eu não posso parar, afinal sou a locomotiva do Brasil, não é o
que dizem?
- Você nunca pensou em colocar uma placa nas chegadas das estradas de:
“Lotado”?
- Nunca! Tenho um coração muito grande e sempre cabe mais um.
- É por isso que eu te amo tanto, São Paulo. Bem, obrigada pela entrevista e
mais uma vez: parabéns! Que Deus a abençoe!
Por Yvone de Moraes Joubert.
(não temos foto da autora)
Olá, Yvone!
ResponderExcluirSeja bem vinda entre nós.
Muito bacana esta sua idéia sobre entrevistar Sampa, nossa querida cidade, tão forte e, ao mesmo tempo, tão frágil.
Como mãe, acolhe a todos os que bela poem os pés... Exatamente oomo mãe, exige de seus filhos a disciplina necessária para manter tudo em ordem, embora nem sempre todos a compreendam.
Valeu!
Muita paz!
Yvone,muito criativo seu texto,adorei!
ResponderExcluirNessa entrevista surreal,a cidade se mostra acolhedora e muito sincera, principalmente com a falta de empenho dos governantes.
Você agora juntou-se aos bons, seja bem vinda.Um abraço.
Muito boa essa ideia e o texto está agradabilíssimo de ser lido. Parabéns Ivone
ResponderExcluirMuito legal mesmo, Yvone. Texto origina e criativo, que busca soluções. Um beijo e meus parabéns, Vera Moratta.
ResponderExcluirYvone, seja bem vinda e parabéns pela linda entrevista com esta cidade tão querida. Um abraço.
ResponderExcluirYvone, bemvinda!
ResponderExcluirÓtima e sensível entrevista com a cidade de São Paulo.
Abração,
Natale
Parabéns !
ResponderExcluirEmocionante, sem palavras pela criatividade.
Roberto J. Pugliese
www.vidaexpressovida.blogspot.com.br