
Trata-se de pessoas queridas, meus familiares muito próximos, os quais eu só troquei os nomes.
Em 1948 Marlene Miranda Araújo conheceu e resolveu mais tarde casar-se com Armando Pinto de Castro.
Casaram-se em 1949 na igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó e no Cartório civil da Freguesia que, na época, ficava localizado na Rua Diogo Domingues, local onde permaneceu por muitos e mui

Casaram-se e tiveram dois filhos, o Edílson Pinto de Castro e Iran Pinto de Castro.
Depois de, Marlene passou a usar o Pinto do seu marido, em seu nome e assim virou Marlene Miranda Araújo Pinto de Castro.
Tudo ia bem e eu jamais vi ou ouvi Marlene reclamar do inconveniente de, agora, ser obrigada a usar o Pinto do seu marido.
Os anos foram passando sem nenhum problema até que Armando, seu marido, falece

Marlene, então viúva, vendo o tempo passar começou a namorar com o Romualdo e desejar casar-se com o mesmo ,e com isso, a oportunidade de abandonar ou deixar de usar o Pinto do marido que, afinal, já estava morto há mais de quatro anos.
Como sempre, fora muito amiga da ex sogra e sabedora que esse Pinto advinha da família da mãe do falecido, ela sempre relutou muito em retirá-lo, apesar de não mais gostar de ostentá-lo, já que achava que com isso prestava homenagem a memória de sua ex sogra agora, também já falecida.
Para melhor entendimento:
Sua ex sogra chamava-se Dona Carmem Pinto e seu ex sogro João Castro.
Sendo assim o Pinto de seu ex marido pertencia a sua mãe Dona Carmem e o Castro pertencia ao pai dele João Castro, já que o mesmo não tinha Pinto.
Nessa nova união com Romualdo, não houve uma casamento oficial, por ser o mesmo desquitado (ainda não havia divórcio no Brasil).
Marlene, então, não pode tirar o Pinto do falecido e foi obrigada, mesmo vivendo com outra pessoa, a continuar usando o Pinto do Armando.
Mais tarde com Romualdo dos Santos (Romualdo era dos Santos e também não tinha Pinto), ela teve mais um casal de filhos.
O Jerônimo Araújo Pinto de Castro Santos (o primeiro a nascer) e Márcia Araújo de Castro Santos, essa sem Pinto, pois Marlene não admitia que sua filha pudesse ter Pinto assim novinha, sendo assim não permitiu que o escrivão no cartório botasse o Pinto na recém nascida, naturalmente com o apoio de todos os familiares.
Não sei se estou sendo claro?
Mais tarde, quando os filhos do primeiro marido se casaram, ela lutou e impediu que as netas pudessem ostentar o Pinto.
Dizia ela.
- Pinto só nos filhos e netos, neta minha jamais vai ter Pinto.
E assim, hoje em dia, sua filha, suas netas e bisnetas têm o Pinto dos irmãos e prim

os em sua volta, mas elas cresceram sem Pinto.
E pobres de seus filhos, netos, e bisnetos condenados a ter de carregar seus Pintos até o fim da vida.
Muitos podem até achar que ela exagerou, conheço algumas pessoas que até gostam do Pinto.
Mas confesso, sinceramente, eu também não gostaria e a meus pais jamais perdoaria se eles tivessem aprovado um Pinto desses, em meu nome.
Por Arthur Miranda (tutu)
Mas confesso, sinceramente, eu também não gostaria e a meus pais jamais perdoaria se eles tivessem aprovado um Pinto desses, em meu nome.
Por Arthur Miranda (tutu)
Tutu, usando uma expressão dos tempos do enlace do Pinto, acho, sinceramente, que és um bom pintacuda.
ResponderExcluirTens o dom do humor e fazes de uma tragédia efetivamente pintada numa comédia (me desculpe a apelação) pintoresca....
Olá, Arthur!
ResponderExcluirQue difícil, né?!
Esta questão de nomes e sobrenomes é bastante interessante...Os filhos e outros descendentes tem de suportar um leque de gozações, insinuações e outros, por conta de seus nomes...
Fez-me lembrar...meu filho tem o nome do avô paterno e, quando era pequenino, não gostava...então, quando alguém lhe perguntava seu nome ele sempre dizia outro e nunca o seu próprio nome...mais tarde, no colégio, qdo os colegas e professores passaram a cahamá-lo por um apelido (Neto), por causa do Neto no sobrenome, ele gostou e adotou...
Hoje, ele gosta do nome e o usa com muito orgulho.
Meu filho é o Vicente Astrauskas Neto...guardem este nome...será um famoso publicitário.
Valeu, Arthur.
Obrigada.
Muita paz!
Ô loco, Arthur!!!
ResponderExcluirQuanto pinto nessa história! É mulher com pinto, homem com e sem o dito cujo e, até os bebês, acabam entrando na briga onde avós, mães e pais decidirão qual ostentará, com ou sem orgulho, o seu próprio pinto...
Enfim, entre os pintos todos, parece que ninguém se feriu e todos continuam gozando de perfeita saúde, física e mental! Tenha ou não tenha pinto, use ou não use o mesmo!
Parabéns pelo texto que conseguiu me fazer rir um pouco neste início de uma nova semana. Não sei se você é Arthur Miranda Pinto; mas tenha ou não tenha pinto (no seu nome!), tenha uma excelente semana.
Abraço.
Muito gozado, Tutu ! Você fez uma autêntica suruba nomenclatural !
ResponderExcluirTodo cuidado com o Pinto é pouco, deve ser usado( como nome ) com moderação !
Abração.
Marlene Araújo, talvez constrangida teve que usar o nome Pinto em publico. São coisas de nome ou sobrenome. Essas coisas com o tempo se acostumam. Tanto assim que ela passou a usar o pinto do marido. Marlene foi diferente de outras mulheres que usavam o pinto que não do marido. Ela gostava tanto do pinto do marido que mesmo viúva, agora estando com Raimundo se recusou a deixar o pinto do marido de lado. Gosto de pessoas assim: Conseguindo “algo bonito” como o nome Pinto nada de deixar na mão, ou melhor no nome de outras pessoas. Nem mesmo as netas ela permitiu que usassem o pinto do avô. Marlene é daquelas mulheres decididas. O que é meu não se divide com ninguém.
ResponderExcluirMuito divertido seu texto, tutu, vc. conseguiu elevar as alturas todos os Pintos da família. Pinto é um sobrenome de origem espanhola ou portuguesa. Por incrível que possa parecer, tinha vizinhos, no Braz, italianos, (barezes) com sobrenome de Pinto. Na sua história, hove um exgerado desejo de ostentar o Pinto no nome. Isso só fez desencadear uma "pintalhada" pra nenhum galo botar defeito. Gostei da narrativa, Arthur, parabéns
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